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domingo, 20 de setembro de 2009

MEU CARNAUBAL


Foto e texto de Dalinha Catunda.

MEU CARNAUBAL

Velhas carnaubeiras,
Ornamento natural.
Da cidade de Ipueiras
Querido torrão natal.
Lembro-me das cantigas,
De eras mais antigas.
O canto do carnaubal!

Tão majestosa, tão bela,
Altaneira e imponente.
Palmas abertas em leque,
Da flora és um presente!
Encanto da natureza,
Admirando tua beleza,
Sinto-me mais contente.

Quantas vezes escutei
Sonoros acordes no ar.
O vento batia na palma,
E a palma a cantarolar.
Ao sol quente do sertão
O vento virava canção,
E vinha me refrescar.

Hoje não mais encontro,
Minha árvore preferida
Ornamentando as praças,
Os jardins e as avenidas
Já não as vejo na cidade,
E para minha infelicidade,
Noto que estão sumidas.

Para matar a saudade,
Desta beleza natural,
Tenho em meu sítio
Um bonito carnaubal.
Adoro as carnaubeiras,
Da cidade de Ipueiras
Da minha Terra Natal.


Dia 21 de setembro é o dia da árvore.
Quero homenagear neste post, a carnaubeira que durante tantos anos predominou em minha cidade, Ipueiras-Ceará. Expulsa do centro, hoje ela só é vista nos arredores e interior da cidade. Mas continua linda e majestosa.

9 comentários:

Ana Maria disse...

Amo a natureza!
Uma carnaubeira enfeita o recinto.
Beijinhos de boa noite!

chica disse...

Lindos versos, linda foto e maravilhosa homenagem!beijos,boa semana,chica

João Alberto disse...

A natureza é bela, a carnaúba é uma planta nativa bastante explorada nos estados do Ceará e Piauí. Foi chamada pelo botânico Pio Correia de “Árvore da Vida”, pois da raiz aos frutos tudo são aproveitados. Bela homenagem Dalinha.
Grande abraço.

Bérgson Frota disse...

Uma bela poesia em lembrança a uma árvore tão querida de Ipueiras. Parabéns.

AFRICA EM POESIA disse...

Dalinha
é assim a vida...
Eiquanto vocês tiram a roupa para receber a Primavera...nós começamos a cobrirnos com o frio
Um beijo para ti Minha amiga...



OUTONO


Estou a ver-te…
Árvore de Outono…
Porque estás nua?
Porque deixaste fugir
As tuas folhas…
E os teus ramos…
Ficaram secos e frios…
Longos e nus…
Porque deixas
Porque sofres?
Porque tem frio?

Porque…
É preciso renascer…
É preciso sofrer…
Para viveres novamente…

E assim árvore nua…
Vais voltar…
Mais frondosa…
Mais bonita…
E…
Vais estar outra vez…
Pronta para a nova primavera…



Lili Laranjo

Sidney Ramos disse...

Olá Dalinha,
Adorei sua homenagem a esta arvore maravilhosa, símbolo de resistência do semi-árido.
Saudades que senti de você e suas palavras sempre de carinho e que traz um ideal de futuro com amor e solidariedade recheado de poesias.
Beijos e abraço.

Ana Paula Marinho disse...

Eita, que linda homenagem!
Viva a natureza e em especial ás árvores. Belo texto. Beijos...

Hélia Barbosa disse...

Querida Dalinha...

Impossível não admirar essa árvore tão majestosa e imponente... Pena que ela, como tantas outras coisas - plantas, animais, traços culturais - vão perdendo espaço nesse nosso mundo moderno...

Ainda bem que existem pessoas, como você, que nos trazem de volta toda essa riqueza e beleza!!

Quero dizer-lhe, minha querida, que muito me emociona e alegra os seus comentários em meu blog...

Você foi uma das gratas surpresas que esse mundo dos blogs me trouxe, de verdade!

Cada comentário seu me motiva a continuar...

Pelo que conheci de você até agora, percebo que nunca fala por falar, só pra elogiar ou ser simpática... Você é muito verdadeira! Isso transparece em você o tempo todo! Por isso suas palavras tornam-se ainda mais lindas e essenciais!

Gosto muito de você, adoro ler seus escritos, adoro as imagens com que você nos brinda e amo muito sua presença!

Beijos, com muito carinho!

SAM disse...

Que linda homenagem, Dalinha! Nostalgia e encanto, sentimento raiz que a sua alma canta. Tão bela e tão altiva, chamada árvore da vida.


Carinhoso beijo, Dalinha!

* Não apareceu a atualização das suas postagens no meu blog..