A
REVOADA DAS POMBAS
.
Vi
a pomba bater asas
Esvaziando
o terreiro
Era
só um passarinho
Buscando
novo roteiro
Pomba-de-arribação
Bem
comum lá no sertão
No
ir e vir corriqueiro.
*
Quando
pousou na vivenda
Já
era tempo de estio
Entretanto
fez seu ninho
Acabei
com seu fastio
Cuidada
com bom xerém
Ela
sentia-se bem
Arrulhava
a cada cio.
*
Vi
a rola satisfeita
Sempre
renovando o ninho
E
dava graças a Deus
Por
tê-la em meu caminho
Mas
tudo acabou em nada
Pois
a rola desalmada
Sumiu
em um torvelinho.
*
E
foi-se a pomba vadia
Foi-se
a Burguesa também
Por
rolas eu não lamento
Umas
vão e outras vem
E
foi-se a pomba terceira
Não
será a derradeira
Que
meu alçapão detém.
*
Outro
dia eu avistei
A
vadia em meu quintal.
A
Burguesa toda prosa
Vi
pousando em meu varal
Mas
quem hoje me fascina
É
uma pomba-divina
Conhecida
por trocal.
*
Versos
e foto de:
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
Idealizadora e gestora dos Blogs:
Cantinho da Dalinha e Cordel de Saia