O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
Seguidores
segunda-feira, 31 de maio de 2021
LUA MATUTINA
quarta-feira, 26 de maio de 2021
ERA DOMINGO NO PARQUE
ERA
DOMINGO NO PARQUE
*
Era
domingo no Parque
Recordo
com precisão
Você
me deu um abraço
E
apertou a minha mão
Tinha
dança e poesia
Animando
aquele dia
De
cultura e tradição.
*
Foi
uma tarde animada
Era
festa no lugar
Promessa
de emoção
Entrevi
em seu olhar
Olhando-me
animado
Quebrava
o chapéu de lado
Sempre
a me cumprimentar.
*
Nesse
dia entrei na roda
Me
enfeitei pra cirandar
Você
acenava eufórico
Inquieto
em seu lugar
Eu
de maneira brejeira
Dançava
toda faceira
Somente
pra me mostrar.
*
Pra
você joguei um beijo
E
uma flor arremeti
No
ar você segurou
E
eu radiante sorri
Era
o cravo, era a rosa
Entre
um verso e uma prosa
Girando
no Cariri;
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
terça-feira, 25 de maio de 2021
ARTESÃS E CIRANDEIRAS
ARTESÃS
E CIRANDEIRAS
*
Cirandeira
do Cordel
Não
é apenas do lar,
Pois
além de entrar na roda
Sabe
pintar e bordar.
Bolsa
bordada de chita,
Pra
se apresentar bonita,
Ela
sabe ornamentar.
*
Uma
borda, outra pinta
Outra
de crochê faz flor
Tem
delas fazendo brincos
Todas
têm o seu labor
Cada
qual a mais prendada
Para
dançar enfeitada
E
cirandar com amor.
*
Versos
e fotos de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
quinta-feira, 20 de maio de 2021
EM CACHOEIRAS DE MACACÚ
EM
CACHOEIRAS DE MACACÚ
*
Atrás
do morro do pico
Aponta
o sol radiante
A
neblina derretendo
Presencio
a todo instante
A
beleza do horizonte
O
raio do sol no monte
Ilumina
o meu semblante.
*
Do
beiral do meu alpendre
A
cambaxirra cantou
No
pé de jacatirão
O
bem-te-vi se assanhou
O
gavião sorrateiro
Abre
as asas no coqueiro
Vendo
que o dia raiou.
*
Redes
de aranhas tecidas
Presas
no arame farpado
Trazendo
beleza as cercas
Esse
trabalho rendado
Só
vendo quanta beleza
Cenário
da natureza
Que
é por Deus elaborado.
*
O
canto da Seriema
Ecoa
ao amanhecer
Despertador
natural
Canta
mesmo pra valer
É
ave que faz zoada
Parece
até gargalhada
Pois
canta sem se conter.
*
Canários
se reproduzem
Eu
vejo o bando passar
Os
melros sempre em grupo
Encantam
com seu cantar
E
no maior zum, zum, zum
Um
magote de Anum
Balburdia
faz ao voar.
*
Quando
chega o fim do dia
Volta
pro ninho a trocal,
E
a garça voa em bando
Num
belo show, sem igual
O
sol desmaia cansado
Anunciando
alquebrado
De cada dia o final.
*
Nova
fauna, nova flora
Eu
vejo aqui no Sudeste
O
verde é permanente
Diferente
do Nordeste
Ganho
mais conhecimento
Mas
tenho meu pensamento
Na
minha vidinha agreste.
*
Versos
e fotos de Dalinha Catunda
dalihaac@gmail.com
segunda-feira, 17 de maio de 2021
SOU DO SERTÃO
SOU
DO SERTÃO
.
Eu
sou Dalinha Catunda
sou
semente do sertão
Sou
flor de mandacaru
Tenho
rastro neste chão
Eu
aqui não me embaraço
Aprendi
jogar o laço
Destreza
tenho na mão.
.*
Versos
de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
sexta-feira, 14 de maio de 2021
CIRANDANDO
CIRANDANDO
*
Viro
menina, brincando,
De
roda, posso afirmar,
E
no vaivém da ciranda
Boto
a saia pra girar.
Com
fita e flor no cabelo
Desato
a voz a cantar.
*
Pegando
de mão em mão,
Marcando
o passo faceira,
Com
roupa bem colorida,
Danço
em volta da fogueira.
Danço
na roça e cidade,
Nasci
pra ser cirandeira.
*
Se
quiser dançar comigo,
O
canto que contagia,
Eu
estendo minha mão.
A
ciranda traz magia,
Em
cada mão atrelada,
Um
carrossel de alegria.
*
Versos de Dalinha Catunda.
dalinhaac@gmail.com