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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

PURO-SANGUE


Puro-Sangue

Era um puro-sangue.
Ímpar em sua beleza.
Porte altivo e elegante,
Trazia um ar de nobreza.

Foi paixão à primeira vista.
Não tive como escapar.
Garboso me farejava,
Fui seduzida a montar.

Conduziu-me com maestria,
De quem domina o oficio.
Montar aquele alazão,
Confesso, não foi sacrifício.

Tinha narinas acesas.
Tinha sede de galope.
Me agarrei ao seu pescoço,
Deixei-me levar por seu trote.

Galopamos feito louco,
Até quase sair do chão,
Daí a pouco o paraíso,
Era a mais bela visão.

Estrelas intermitentes,
Sinos a badalar.
O prazer feito cascata,
Coroava o cavalgar



Foto: farm4.static.flickr.com/3234/2940098323_49f57...

5 comentários:

valterpoeta.com disse...

Oi Dalinha, tudo bem?

Estou enganado ou esse poema fala sobre algo....você sabe, rs
Muito legal e envolvente, feroz e animalesco, sensual e pitoresco.
fogoso e pré-carnavalesco.
Alias, se não conversar com você até o fim de semana, tenha um excelente carnaval. bjs e sucesso!

Cotovia disse...

Bonito, as entrelinhas dizem muito.


Entre o luar e o crepúsculo, o sono e a lucidez, o silêncio do mundo e o barulho de ti, há uma voz muda que percorre a aridez do teu pensamento... Sentes?... É o Pio da Cotovia!

Anônimo disse...

Muito interessante. Uma bela forma de demostrar seu amor ao puro- sangue.
Abraços.

Unknown disse...

LISBOA = PORTUGAL

Olá Dalinha

Aqui estou de novo. Há já uns tempos que não vinha visitar-te. Cheguei agora e continuo a gostar do que encontro. É sem dúvida um bom blogue. Renovo os parabéns. Prometo-te que voltarei, se possível com mais regularidade e assiduidade. Relembro-te, ainda, que estou a «coleccionar» - com muito boa intenção, muito prazer e muita honra - Seguidores. Ora eles estão a fugir. Dizem-me é malandrice do sistema blogger e que anda na blogosfera um grande reboliço. Não sei. O que é verdade é que bazam…

Hoje, porem, quero informar-te que tenho postada no meu blogue a história macabra de um tiro que deram no meu neto número dois, o Rodrigo que vai a caminho dos 13 nos. Boa praça. Permito-me fazê-lo para alertar as pessoas e tentar evitar que lhes sucedam estórias inqualificáveis como esta. Desculpa-me a chatice, mas é com boa intenção, como compreenderás.

Na quarta-feira 17, ele ia a sair da escola pelas quase três da tarde. Sentiu uma «ferroada». Mas, nada de abelha. Fora um chumbo de um tiro de pistola ou espingarda de ar. Ambulância, hospital, radiografia, depois uma TAC, tinha o pequeno projéctil alojado no lado esquerdo do pescoço. Os médicos decidiram não o operar, pois que a posição do projéctil não aconselhava a intervenção. Estava – e está – muito próximo da jugular. Podia ter sido mortal. Felizmente, o Rodas agora está bem. Ainda que tenha de fazer novos exames para ver se o chumbo se moveu. «Brincadeira» de Carnaval? Um tarado a disparar sobre as pessoas? De manhã, uma Senhora fora atingida, no mesmo local, numa perna. Estúpida e criminosa coisa, digo eu.

Está tudo n’A Minha Travessa. Se quiseres vai lá, e deixa cumentário, com o…

Qjs = queijinhos = beijinhos

Dalinha Catunda disse...

Valter e Cotovia, é gratificante escrever um poema e saber que o que não está escrito consegue atingir os que não leem apenas com os olhos.
Ananias e Henrique obrigada pelo comentário e a visita.
Carinhosamente,
dalinha