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domingo, 20 de setembro de 2020

Lindicássia Nascimento, Presidente da SPB, recebe o do Titulo de Cidadania concedido a Dalinha Catunda.





 

Sobre ontem, 17 de setembro de 2020.

Eu tive a oportunidade grandiosa com uma responsabilidade imensa, de receber das mãos do presidente da câmara de vereadores de Barbalha, Odair José Matos, a comenda do TÍTULO DE CIDADANIA da poetisa Dalinha Catunda.

A solenidade aconteceu de forma remota, devido o período do distanciamento social.

A vídeo- conferência, aconteceu às 9: 30 hs. No plenário da câmara, estiveram presentes: o vereador presidente Odair que foi o autor do título, além do vereador Joao Ilanio Sampaio, o poeta Sérgio Pereira, o líder comunitário e ator, Jerônimo Gonçalves, o professor Josier Ferreira da Silva, a assessoria jurídica, a assistência e a imprensa.

 

Muitos amigos e amigas da poetisa Dalinha, estiveram presentes na live e felicitando a nova Barbalhense.

O CAMINHAR DA SOCIEDADE DOS POETAS DE BARBALHA


 O CAMINHAR DA SOCIEDADE DOS POETAS DE BARBALHA

1
Com fé rogo a Santo Antônio
A quem tenho devoção
Para iluminar-me a mente
Nessa minha redação
Dando-me capacidade
Na ode à SOCIEDADE
Que faço de coração.
2
Dezessete de setembro
2010 na folhinha
Nascia a SOCIEDADE
Como de fato convinha
Os POETAS DE BARBALHA
Celebram cada batalha
E pra frente ela caminha.
3
Num Encontro Literário
Chamado “Canta Cordel”
Dali nasceu a ideia
E logo foi pro papel
Brotou na literatura
Mais um ponto de cultura
E Barbalha é seu vergel.
4
Foi Josélio de Araújo
Também Ernane Monteiro
Com José Sebastião
Os que atuaram primeiro
Assim começou a história
Numa gestão provisória
De Hugo Melo o roteiro.
5
É Doutor Napoleão
Médico e historiador
O patrono da entidade
Homem de grande valor
Nos encontros culturais
Aprecia os rituais
Pois da arte é defensor.
6
O saudoso Mestre Bula
Marcou a SOCIEDADE
Mudou-se para outro plano
Mas aqui deixou saudade
Grande foi sua importância
Pois mesmo com a distância
O Mestre é celebridade.
7
seguiu A SOCIEDADE
Tocando a vida pra frente
Foi Josélio de Araújo
O primeiro presidente,
Depois Zé Sebastião
Hoje em outra dimensão
Sua falta a gente sente.
8
Meu nome na Cordelteca
Da nobre instituição
O segundo presidente
Foi quem deu a sugestão
Ficou, Dalinha Catunda
Minha gratidão profunda
A José Sebastião.
9
Lindicássia Nascimento
Cheia de disposição
Lançou a candidatura
E ganhou a eleição
Com seu jeito de mulher
Que sabe bem o que quer
Mudou da casa a feição
10
Agora a SOCIEDADE
Na gestão da presidente
Figura nas grandes mídias
Pois é notícia presente
Lindicássia em sua meta
Divulga cada poeta
Seu trabalho é consistente
11
Mesmo sendo bem difícil
A direção feminina
A presidente tem voz
É briosa e determina
Às vezes com energia
Outras com diplomacia
O que for certo ela assina.
12
O MUGUNZÁ COM POESIA
VERSO E PROSA INTINERANTE
Foi obra de Lindicássia
Uma ideia interessante
Culinária e tradição
Poetas e interação
Um movimento importante
13
Em dois mil e dezessete
Lá pro mês de abril nascia
A caminhada ecológica
Que de Lindicássia é cria
E essa bonita jornada
Foi por ela batizada
Como TRILHA DA POESIA.
14
E cresce nos intercâmbios
A cada nova passada
Tem a Escola dos Saberes
Como ótima aliada
O quadro de beneméritos
Cada membro com seu mérito
Faz a casa mais amada.
15
Academias unidas
Dividem conhecimentos
Essa boa convivência
Registra-se nos eventos
Essa troca cultural
A real ou virtual
Ajuda em nossos intentos.
16
A Grande SOCIEDADE
DOS POETAS DE BARBALHA
Faz jus a literatura
Com ela não se atrapalha
O SESC virou parceiro
Cordel lança o ano inteiro
Se faz presente e não falha.
17
Dos poetas atuantes
Quero citar Zé Joel
Que toca bem a viola
Esse eu chamo menestrel
Com sua benevolência
Fez da sua residência
A CABANA DO CORDEL.
18
Duma saudade profunda
Não deixarei de falar
Foi-se Fátima Vieira
A nossa vice exemplar
No rádio com a leitura
Ela espalhava cultura
Vazio está seu lugar.
19
O poeta Dão de Jaime
Recordo bem o momento
Foi lá na feira do Crato
Em dia de lançamento
Foi meu primeiro contato
Registrado num retrato
No dia daquele evento.
20
Discorro sobre o passado
Sem esquecer o presente
Da nova SOCIEDADE
De atividade recente
Alcançando novas metas
Fez vídeos com os poetas
A desperta presidente.
21
A VARANDA DA POESIA
Teve boa aceitação
E a dos poetas da casa
Foi a primeira edição
Curtidas davam sinais
Lá nas redes sociais
Da grande repercussão.
22
Daí surgiu a segunda
Lindicássia achou por bem
Fazer logo uma terceira
E o projeto foi além
A edição com convidados
De variados Estados
Bombou nas redes também.
23
Ainda é uma menina
A nossa Sociedade
Mas sinto que ela cresceu
Mesmo com dificuldade
E cresce a cada dia
Nos braços da poesia
Que inunda essa cidade.
24
Nesses meus versos finais
Quero parabenizar
Poetas e poetisas
Desse valoroso lar
E a atual presidente
Que soube ser competente
Para o Sucesso alcançar.
Fim
Cordel de Dalinha Catunda
Capa de Lindicássia Nascimento

sábado, 19 de setembro de 2020

DISCURSO DE DALINHA CATUNDA COMO CIDADÃ BARBALHENSE


 DISCURSO DE DALINHA CATUNDA COMO CIDADÃ BARBALHENSE


Hoje é um dia de grande contentamento para mim. Quero agradecer a Deus por esta oportunidade que está me oferecendo. Cumprimento e agradeço ao Senhor vereador Odair José de Matos, presidente da Câmara de Vereadores do município de Barbalha, autor do projeto que hoje se concretiza, com a entrega do Título de Cidadania, que ora recebo. Estendo os cumprimentos e agradecimentos aos senhores vereadores que por unanimidade aprovaram o Projeto.
Quero cumprimentar e agradecer imensamente à articuladora do projeto, a presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha, Sra. Lindicássia Nascimento, que não mediu esforços para que este sonho se tornasse realidade. Cumprimento a presidente todos que fazem parte da SPB;
cumprimento a presidente da Academia dos Cordelistas do Crato, Sra. Anilda Figueiredo, bem como aos que compõem os quadros da ACC.
Saúdo e agradeço ao presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, Mestre Gonçalo Ferreira da Silva, que me conferiu a oportunidade de realizar intercâmbio cultural entre Rio de Janeiro, Cariri e Ipueiras, envolvendo as três academias, Saúdo ainda, os confrades da ABLC.
Quero, com muito prazer, cumprimentar e agradecer ao casal Miguel Teles e Josenir Lacerda, que me acolheram em sua residência, no Crato e, me apresentaram a essa imenso região do Cariri, bem como à bela Barbalha, através dos vividos momentos culturais.
Cumprimento e agradeço à família dedicada que tenho no Crato: Fátima Prado, Célia, Ruth e Norma e, por intermédio delas, cumprimento ainda a todos da minha família, do Prado, nesta região.
Agradeço também às Cirandeiras do Cordel, no Cariri, pela parceria e pela oportunidade de difundir nossa arte por esse Brasil afora, encantando e colorindo cada vez mais a cultura popular. E é como detentora do Bem de Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro da Literatura de Cordel, que muitas do grupo somos, que realço a relevância desta comenda, especialmente, porque reafirma nossos esforços para a propagação e crescimento da Literatura de cordel em todo território Nacional.
É difícil dizer tudo que se quer, sem se alongar, sei que nos cumprimentos não constam todos, mas que todos sintam-se cumprimentados pois esta minha conquista é um pouco de cada um de vocês que entrelaçaram suas vidas a minha.
Finalizando os cumprimentos, quero falar um pouco daquele que me concedeu tão valioso título: Odair José de Matos ou simplesmente Odair, parlamentar no Município de Barbalha, presidente da Câmara de Vereadores e que desempenha papel de grande relevância, aproximando o povo de sua verdadeira casa.
-- é professor e agente de saúde e, pela prática de suas funções, é profundo conhecedor das atividades de saúde pública e administrativas do município;
-- valoriza o homem do campo, mora na zona rural e, tem grande apreço pela cultura popular, um mundo que vivencia desde criança;
-- autor do título de Utilidade Pública da Sociedade dos Poetas de Barbalha Em prol da Cultura Barbalhense, foi amigo incondicional de Mestre Bula, poeta decano muito conceituado na história da SPB.
-- autor do Projeto de Lei que instituiu o dia Municipal da Poesia.
-- autor do Projeto de Título de Cidadania, que, ora recebo, nestes tempos de distanciamentos e encontros virtuais.
-- amigo pessoal de Lindicassia Nascimento, presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha, o que tem resultado numa boa parceria, que beneficia, culturalmente, a cidade de Barbalha.
Agora me reporto ao que me trouxe de fato a Barbalha e que, aqui me fez criar raízes: a literatura de cordel e o entrosamento, por meio da ABLC:
-- primeiro conheci, a poetisa Josenir Lacerda, através da internet, e descobrimos algumas coisas valiosas em comum, como o artesanato de bonecas de pano e a Literatura de cordel. O vínculo com o Cariri cresce, quando indico o nome de Josenir Lacerda para ocupar uma cadeira na ABLC, indicação muito bem recebida pelo presidente e aprovada pelo colegiado. Passei de certa forma a ser porta-voz da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Cariri. E assim sendo, contribuí para a ida do saudoso Pedro Bandeira, nosso Príncipe dos Poetas; e, ainda, da presidente da ACC, Anilda Figueiredo.
Destes ícones da Literatura de cordel, tenho a honra e o prazer de ser madrinha dos três.
Em seguida chegou Sávio Pinheiro para enriquecer o quadro de poetas da ABLC. E, mais uma vez, com muito prazer, indiquei o nome da presidente da Sociedade dos poetas de Barbalha, Lindicássia Nascimento, que em breve tomará posse como Benemérita e segundo Mestre Gonçalo, com chances de uma futura cadeira de poetisa na casa. Lindicassia é nossa grande promotora de eventos, ninguém mais do que ela sabe fazer as divulgações e levar os poetas e academias parceiros, à mídia virtual.
Esse intercâmbio entre as Academias é de grande importância e, já conseguimos parcerias na implantação de três Cordeltecas:
-- Cordelteca da ACC, que leva o nome de Gonçalo Ferreira da Silva, em Crato;
-- Cordelteca de Barbalha batizada de Dalinha Catunda; e,
-- Cordelteca de Assaré, também Gonçalo Ferreira da Silva;
-- SESCs do grande Cariri, pelos constantes apoios em seus Projetos; e,
-- Escola de Saberes, administrada pelo casal Josier Ferreira da Silva e Jane Lima.
Em grupos, participamos de bienais de livros, de seminários, grandes feiras, dentre outros eventos.
Todos os anos no mês de Janeiro abro as porta de minha Chácara para uma confraternização entre poetas. É O Encontro Nacional de Poetas Cordelistas, na cidade de Ipueiras. Ali, recebo poetas e poetisas das Academias às quais pertenço, poetas independentes e artistas populares que se apresentam para um público voltado para nossa cultura. Agradeço ao Secretário de Cultura Antônio Neto Alves, que desde o primeiro Encontro tem nos prestigiado, enriquecidos, ultimamente, com a Banda de Música, da cidade de Ipueiras.
No Cariri, quero agradecer a Vandinho Pereira que tem me dado oportunidade de divulgar os meus trabalhos e projetos em seus meios de comunicação.
Agradeço ao jornalista Luiz José Teles dos Santos que tem uma coluna com minhas poesias em seu Jornal Gazeta de Noticiais, uma ótima fonte de divulgação.
Quero agradecer à professora e poetisa, Bastinha Job, por quem tenho grande respeito e um carinho especial.
Entre os agradecimentos, agradeço a Deus a família que tenho e que me apoia incondicionalmente, quando deixo de ser a Dona de casa, Maria de Lourdes Aragão Catunda, para ser a artista e pessoa pública, DALINHA CATUNDA.
Sou feliz por ter meu companheiro: Luiz Sebastião Garcia e meus filhos, Paulo Henrique Aragão Catunda e Luiz Henrique Aragão Catunda. Com esse trio e Deus, estou bem servida.
Diante de tudo que já discorri, finalizo, pedindo benção a Barbalha, essa mãe acolhedora que me adotou como filha dos verdes canaviais. Peço a Santo Antônio, padroeiro de Barbalha, para que me faça uma boa filha, e peço a Santa Luzia que conserve meus olhos para que eu possa assistir e me encantar mais vezes com a Festa do Pau da Bandeira, que leva Barbalha para o mundo.

Barbalha, pelo mundo virtual da modernidade, em 17 de setembro de 2020!

___________________________________________________
Dalinha Catunda
Orgulhosamente, Cidadã da cidade de Barbalha
dalinhaac@gmail.com

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Dalinha Catunda recebe o título de Cidadã Barbalhense


 

*

LINDICÁSSIA NASCIMENTO

Seu faro cordeliano

Lhe assegurou a certeza

Que aqui nesta cidade

Possui na arte a grandeza

De uma fonte de incentivos

Que lhe daria motivos

Pra pisar com mais firmeza!

*

DALINHA CATUNDA

Barbalha, Dona Barbalha

Acolhedora Cidade

Adotar-me como filha

Só me traz felicidade

Lindicássia Nascimento

Projetou esse momento

Grande gesto de amizade.

*

dalinhaac@gmail.com

domingo, 13 de setembro de 2020

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO NÃO ME CHAME PRA BRIGAR


 

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR

1

Eu não sou mulher de briga,

Mas também não corro dela.

Não sou de largar panela

Só para fazer intriga,

E aviso: Não se maldiga!

Se vier me importunar,

Pois não gosto de apanhar,

Provocada eu viro o cão:

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Dalinha Catunda.

2

Eu não atulero insulto

De poeta insolente

Que atiça e de repente

Dele só se vê o vulto

Isso é que me deixa puto

Quando vou pra enfrentar

Vejo o cabra se mandar

Sem deixar rastro no chão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR.

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Gevanildo Almeida.

3

Se vier fazer arenga

Eu já solto os "cachorro"

Você vai pedir socorro

Tô fumando numa quenga

Já puxei a estrovenga

Já comecei a fungar

Pense logo em escapar

Xispa logo seu Tungão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR

Mote dalinha catunda

Glosa rivamoura Teixeira

4

Tive fama de briguenta

Num tempo já bem distante

Sem ter sido arrogante

Tinha cabelo na venta

Quando passei dos quarenta

Decidi me aquietar

Mas não queira provocar

Pois chego com precisão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR

Mote Dalinha Catunda

Glosa Creusa Meira

5

Na munheca me garanto

Tenho força pra valer

Pois, sei bem onde bater

Dizem: Dulce é um espanto

Na sorva eu bato tanto

Faço gente desmaiar

Quando bato é pra torar

Encomende o teu caixão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR.

Mote: Dalinha Catunda

Glosa: Dulce Esteves

6

Eu disfarço no sorriso

Uma cobra em cada presa

Do veneno fiz represa

Não faço plano indeciso

Eu mato se for preciso

Dou bote pra derrubar

E me ergo pra olhar

A presa cair no chão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR

Glosa: Ritinha Oliveira

Mote: Dalinha Catunda

7

Pois comigo é diferente,

Eu não gosto de desface,

Gosto de mostrar a face,

Cara a cara dente a dente,

Quem for bom que aguente,

Na hora de atacar,

Sou igual a carcará,

Pió do quê gavião,

“SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR”

Glosa Assis Mendes,

Mote, Dalinha Catunda,

8

Aprendi quando criança

Se um colega lhe bater

Não é pra você rebater

Mas ter sempre a temperança

E ter muita confiança

Que o verbo amar faz mudar

E a briga pode acabar

Sem usar arma na mão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR.

Glosa - Vânia Freitas

Mote - Dalinha Catunda

9

Sou um cabra nordestino,

sou legítimo, pois é...

Gosto muito de muié,

faz tempo, desde minino...

Eu sou um cabra mufino

e fácio de me zangar

basta só me tapear,

portanto, num fresque não...

“SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR.”

Glosa – David Ferreira

Mote - Dalinha Catunda

10

Se tu não pode com o pote

Não vá pegar na rudia

Me garanto na poesia

E vou glosar o seu mote

Pode mandar de magote

Já preparei meu jucar

Se você quer apanhar

Mexa com o negro Dão

SE NÃO TEM DISPOSIÇÃO

NÃO ME CHAME PRA BRIGAR

Glosa Dão de Jaime

Mote Dalinha Catunda

 *

Roda de glosas coordenada por Dalinha Catunda

Obrigada a todos que participaram.

dalinhaac@gmail.com

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

“DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS, O TEMPO É DONO DA GENTE.”

“DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.”

Um mote sugerido por, Francisco Sena Garcia a Dideus Sales.

Postei as glosas que seguiram o exemplo da primeira, quanto a disposição das rimas.

.

DIDEUS SALES

Nas manhãs primaveris

Muito distantes do ocaso,

Não se tem pressa nem prazo

De brincar e ser feliz.

Gastamos com coisas vis,

O tempo, constantemente.

Ele impiedosamente

Nos envolve em seus quimonos:

DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.

*

CHICO CANUTO

O tempo tudo apaga

Desmancha, desfaz, destrói.

O mesmo tempo constrói

É está a sua saga

Concertar o que estraga

Mandado pelo deus Crono

Que do tempo tem o trono,

De onde vem o exemplo:

Não somos donos do tempo,

O tempo é nosso dono.

*

DALINHA CATUNDA

Quem perdeu tempo na vida

Preocupada com rumores

Não viveu os seus amores

Não foi mulher atrevida

De pudores desprovida

Resolvi ser diferente

Pecadora recorrente

Da fibra ganhei abonos:

DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.

*

CREUSA MEIRA

A vida só tem sentido

Se percebermos sinais

Os dias não são iguais

E o nosso tempo é medido

Cada dia percorrido

Deixa a marca do presente

No passado que somente

Se vive durante os sonos

"DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE"

*

DALINHA CATUNDA

Quando saí do sertão

Resolvi me aventurar

Quis o mundo conquistar

E segui meu coração

Nele guardei emoção

Que recordo atualmente

O tempo me fez contente

E rainha em muitos tronos

"DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE".

Glosa de Dalinha Catunda*

*

ADAUBERTO AMORIM

O tempo é quem condiciona

O que somos e pensamos,

Se melhor observamos

Ele não estaciona

Nós só pegamos carona

Por algum tempo somente

Pra no verão bem mais quente

lembrar dos belos outonos

DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.

*

CHICO JOÂNIO

“O tempo é o pai da razão”,

Permanente e soberano.

No traçado do seu plano

Sei que todos passarão.

Os tempos no tempo são

Somente o tempo presente.

Quem do tempo é consciente,

Do tempo recebe abonos.

DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.

*

BASTINHA JOB

Não queira extrapolar

Ir além de seu limite

Aceite o meu palpite,

Vamos tudo controlar

Sem querer ultrapassar

Acalmemos nossa mente,

Regrar é palavra urgente

Pois erros não têm abonos:

" DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE"

*

VÂNIA FREITAS

O poeta já cantava

O tempo no seu soneto

Aqui no Cordel me meto

Porque dele sou escrava

Vou na glosa que desbrava

O tempo que minha mente

Gasta lançando semente

Para alegrar os colonos

DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.

*

CHICO DE ASSIS.

Seu destino é andar

E jamais retroagir

É impossível repetir

No mundo em qualquer lugar

Podemos até registrar

O momento diferente

Enquanto ele segue em frente

verões, invernos outonos...

DO TEMPO NÂO SOMOS DONOS

O TEMPO É DONO DA GENTE.

*

DAVID FERREIRA

É preciso ter cuidado

com o tempo que nos dão

para não torná-lo vão

sem ter dele o esperado,

pois, o tempo qu’é nos dado,

depois nos cobram da gente.

Não sejamos renitente

nem pior do que já somos.

“DO TEMPO NÃO SOMOS DONOS,

O TEMPO É DONO DA GENTE.”

*

Xilo de Carlos Henrique

Ciranda de versos coordenada por Dalinha Catunda