SOU DA LINHA DA CIRANDA
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Sou da linha da ciranda
Eu sou mulher cirandeira
Quando boto minha saia
Eu danço toda faceira
Sem a flor no meu cabelo
Eu não vou pra brincadeira.
Com o meu borná do lado
Eu fico toda lampeira
Pra ninguém botar quebranto
Vou logo na rezadeira
Pego com gosto na mão
Da dama que é parceira.
Pra dança ficar bonita
Enfeito minha peneira
Além de cantar ciranda
Eu canto a mulher rendeira
Canto o forró de Gonzaga
Pois também sou forrozeira.
Por fazer minhas bonecas
Me chamam de bonequeira.
Se alguém pisa no meu calo
Eu calo com a peixeira
Sou cultura nordestina
Minha cantiga é brejeira.
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Versos e fotos de Dalinha Catunda.
dalinhaac@gmail.com
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