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domingo, 4 de setembro de 2011

Gerardo Mello Mourão e Anselmo Vieira

Gerardo Mello Mourão


GERARDO MELLO MOURÃO E ANSELMO VIEIRA

Gerardo Mello Mourão embora universal não deixou de cantar seu sertão e sua gente em prosa e em versos em sua trajetória literária.

Muito me orgulho de ter privado da amizade deste poeta e escritor que com toda erudição que carregava em seus alforjes, pois falava nove idiomas entre eles o grego, soube falar com singeleza das coisas do sertão o que notadamente ficou registrado no seu livro “Rastro de Apolo” e em tantos outros livros de sua autoria.

Para o deleite do leitor que gosta do bom versejar, pincei do livro de Gerardo Algumas sextilhas onde ele cita os cantadores nordestinos entre eles Anselmo Vieira de Sousa.

“Há cantadores famosos
Nas feiras do Cariri,
Jacó Alves Passarinho
De Mutamba, Aracati,
Há Romano de Mãe d’Água,
Sinfrônio do Jaboti.
*
Azulão em Pernambuco
E Inácio da Catingueira,
Serrador, Cego Aderaldo
E mais Anselmo Vieira
Que foi o melhor de todos
Por ser filho da Ipueira.
*
Na viola e na rabeca
Eu também sou cantador,
Mas somos pobres mortais,
Eu, Anselmo ou Serrador,
Não vamos desafiar
Apolo, Nosso Senhor.”
*
 Anselmo Vieira de Sousa é filho de Ipueiras, e foi, segundo o próprio Gerardo, referência para ele. De Anselmo, são poucos registros na história dos cantadores nordestinos. Em minhas pesquisas, o que li sobre o mesmo foi no livro “Cantadores” de Leonardo Mota e nas entrevistas e livros de Gerardo.

Ser filha de Ipueiras e navegar nas ondas poéticas do popular Anselmo Vieira e do culto Gerardo Mello Mourão é uma honra sem tamanho.
*
Texto: Dalinha Catunda.
Foto de Anselmo retirada do livro Cantadores de Leonardo Mota.
Foto de Gerardo Mello Mourão retirada do: flickr.com
Visite também: www.cordeldesaia.blogspot.com
www.rosarioecordel.blogspot.com

                                    
Leonardo Mota e Anselmo Vieira

Um comentário:

OFICINA DE CORDEL disse...

Caríssima Dalinha,que boa visita fiz optando por clicar em teu blog. Saber que parceiras como você estão por aí a preservar e contar a nossa história com amor, respeito e criatividade.
Voltarei sempre.
Abreijos
Jotacê Freitas