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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A REVOADA DAS POMBAS


A REVOADA DAS POMBAS
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Vi a pomba bater asas
Esvaziando o terreiro
Era só um passarinho
Buscando novo roteiro
Pomba-de-arribação
Bem comum lá no sertão
No ir e vir corriqueiro.
*
Quando pousou na vivenda
Já era tempo de estio
Entretanto fez seu ninho
Acabei com seu fastio
Cuidada com bom xerém
Ela sentia-se bem
Arrulhava a cada cio.
*
Vi a rola satisfeita
Sempre renovando o ninho
E dava graças a Deus
Por tê-la em meu caminho
Mas tudo acabou em nada
Pois a rola desalmada
Sumiu em um torvelinho.
*
E foi-se a pomba vadia
Foi-se a Burguesa também
Por rolas eu não lamento
Umas vão e outras vem
E foi-se a pomba terceira
Não será a derradeira
Que meu alçapão detém.
*
Outro dia eu avistei
A vadia em meu quintal.
A Burguesa toda prosa
Vi pousando em meu varal
Mas quem hoje me fascina
É uma pomba-divina
Conhecida por trocal.
*
Versos e foto de:
 Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
Idealizadora e gestora dos Blogs:
Cantinho da Dalinha e Cordel de Saia

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