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terça-feira, 5 de setembro de 2023

O CÉU MÁGICO DE AURORA

O CÉU MÁGICO DE AURORA

I

À musa peço licença

para essa história contar,

que venha a inspiração,

pois em versos vou narrar,

com argumentos que tenho,

rimas não irão faltar.

II

Vou falar neste cordel

de um céu sempre presente

na vida duma menina

curiosa e inteligente

que, olhando para o céu,

deu asas a sua mente.

III

Por ter nascido bem cedo,

no momento da alvorada,

seu nome foi escolhido

em homenagem à chegada,

e, com o nome de Aurora

ela assim foi batizada.

IV

Aurora ainda criança

ouvia sua mãe cantar

diferentes acalantos

para o seu sono embalar,

de tanto ouvir, aprendia

as cantigas de ninar.

V

A cantiga do gatinho

ela tinha decorado:

“desce já, desce, gatinho,

lá de cima do telhado,

para ver se essa menina

dorme um sono sossegado”.

VI

Quando sua mãe dizia:

“ô dona lua, ô luar,

pega aqui a minha Aurora

para ajudar-me a criar”,

Aurora olhava pro céu

e via a lua a brilhar.

VII

Olhando pro céu, Aurora

se pegava a imaginar

nas alvas nuvens do céu,

carneirinhos a pastar,

para dormir inventou

de carneirinhos contar.

VIII

A menina foi crescendo,

olhando para o infinito

e, querendo desbravar

aquele mundo bonito,

onde cada aparição

desenhava um novo rito.

IX

O céu era com certeza

o seu mundo encantado,

da janela do seu quarto,

podia ser alcançado,

novidade não faltava

no horizonte renovado.

X

Um dia, Aurora acordou

e viu o céu estrelado,

a lua vestindo prata,

deixava o céu prateado,

viu a rainha da noite

deslumbrante em seu reinado.

XI

A lua chamava atenção,

mas as estrelas também,

tinha de grande a pequena,

piscando como ninguém,

feliz sorria Aurora,

com tudo que do céu vem.

XII

Lá no meio das estrelas,

viu uma bem diferente,

brilhava com intensidade,

como era reluzente,

descobriu a Estrela Dalva,

Vênus, para muita gente.

XIII

Viu três estrelas juntinhas,

e queria saber mais.

A mãe logo respondeu

para não ouvir seus ais.      

Elas são As Três Marias,

não se separam jamais.

XIV

Olhando a lua no céu,

noites e noites, ficava

perdida em contemplação,

das formas se admirava,

sem entender as mudanças,

à sua mãe perguntava:

XV

Minha mãe, por que a lua

Nasce, às vezes, diferente?

- A lua tem quatro fases,

são: lua nova e crescente,

a lua cheia e minguante,

disso fique bem ciente.

XVI

Gostava da lua cheia

com o clarão do luar,

gostava da lua nova,

era um barquinho no ar,

gostava tanto da lua,

que aprendeu desenhar.

XVII

Um dia, Aurora acordou

bem antes do sol raiar,

ficou de boca aberta,

sem querer acreditar

naquele céu colorido,

diante do seu olhar.

XVIII

Abriu mais sua cortina,

escancarou a janela,

para ver no horizonte

aquela paisagem bela,

a natureza pintando

no céu a mais linda tela.

XIX

Um painel bem colorido

tomava todo o arrebol,

fazendo os preparativos

para a chegada do sol,

e assim retirava Aurora

do aconchego do lençol.

XX

As cores foram sumindo,

mudando a tonalidade,

no céu do amanhecer,

prenúncio de claridade,

Aurora testemunhava,

cheia de felicidade.

XXI

Raios chegaram primeiro,

o sol em seguida chegou,

os passarinhos cantaram,

bem longe, o galo cantou,

quando o sol rompeu o dia,

a luz celeste brilhou.

XXII

O tempo foi se passando,

mas Aurora não perdia

o interesse pelo céu.

a sua grande mania,

na escola se interessava

por aulas de astrologia.

XXIII

A origem do seu nome

a sua mãe lhe contou:

Deusa do Amanhecer,

porque quando o sol raiou,

trazendo luz e calor,

Aurora, você chegou!

XXIV

No Céu Mágico de Aurora,

sempre cabe mais criança

pra brincar de ser feliz,

com respeito e confiança,

celebrando a alegria,

cultivando a esperança.

XXIV

Cordel Infantil de Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com

*

 

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