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domingo, 17 de julho de 2011

UMA TARDE ENCANTADA

As homenageadas, parte do colegiado da ABLC e convidados
Rosário Pinto fotografando o evento
Duca Rachid, Dalinha Catunda e Madrinha Mena
Duca Rachid e Thereza Falcão


UMA TARDE ENCANTADA

A ABLC – Academia Brasileira de Literatura de cordel, viveu neste sábado passado uma tarde como poucas em sua sede. A presença marcante da simpática Duca Rachid e família, da amável Thereza Falcão, que também faz parte da equipe da novela Cordel Encantado, e veio representando Thelma Guedes.

As duas autoras da atual novela das seis receberam a medalha Rogaciano Leite, os versos de alguns poetas e os aplausos de todos que ali se encontravam lotando o recinto.

No final da plenária, numa simplicidade sem par, tanto Duca Rachid, como Tereza Falcão se uniram aos cordelistas e convidados para saborearem as guloseimas típicas do Nordeste como: cocada, bolo de milho, bolo de macaxeira, torta salgadas e sopa de ervilha.

Eu classifico à tarde, como "tarde encantada". Nos encantamos com o sorriso, a amabilidade e elegância de Duca Rachid que, com carinho, atendeu a todos.  Thereza Falcão, bastante atenciosa, representou muito bem Thelma Guedes.
*
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

SALVE O CORDEL ENCANTADO!


SALVE O CORDEL ENCANTADO!
*
Eu sou Dalinha Catunda,
Faço minha louvação
A Duca e Thelma Guedes,
Que deram vez ao sertão
Trazendo com maestria
Entre encanto e fantasia
Cordel pra televisão.
 *
No Cordel Encantado,
Tem princesa e cangaceiro,
Também forró pé-de-serra
Que é o forró verdadeiro,
Tem até Alceu Valença!
E o beato com sua crença
Fazendo grande salseiro.
*
Lendas de reinos distantes
Achegadas de além-mar
Desaguaram no Nordeste
Com o dom miscigenar
O cordel literatura
Fonte de tanta cultura
Que é arte a se propagar.
*
Presenciei no Nordeste
Em festa de são João
Quadrilhas fantasiadas
Com roupas de Lampião
E sem nenhuma querela
Arremedando a novela
Revivendo a tradição.
*
A novela com certeza
Cumpre bem sua missão
Quando coloca no ar
Elementos da tradição
Demonstrando que o cordel
É múltiplo em seu papel
E tem ampla atuação.
*
Agradeço a Thelma Guedes,
Duca Rachid obrigada.
A Rogaciano Leite,
Medalha já consagrada
Pela nossa academia,
Com carinho e alegria
Pra dupla será doada.
 *
Texto de Dalinha Catunda
Imagem: blogtelevisual
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quinta-feira, 7 de julho de 2011

QUE FRIO!


QUE FRIO!
*
O Rio que é tão bonito
Cidade de muita luz
Agora está muito frio
E o frio não me seduz
Sempre que vou pro chuveiro
Grito valha-me Jesus!
*
A cidade está cinzenta
O frio está de matar.
E esta pobre nordestina
Com frio a se a agasalhar,
Rezando pra todo Santo
Pedindo pro frio passar.
*
Eu confesso já mudei
A minha alimentação
Tomo Chá tomo café
E não saio do fogão
Faço sopa e caldo verde
Tentando uma solução.
*
Vou comprar uma passagem
Pro meu sertão vou voltar
Antes que eu morra de frio
Neste gelado lugar
Estou carente de sol,
E louca pra me esquentar.
*
Foto e texto de Dalinha Catunda

terça-feira, 5 de julho de 2011

OURO DO JALAPÃO


O OURO DO JALAPÃO
*
Capim bonito que nasce
Tingindo de ouro o chão
É riqueza que germina
No solo do Jalapão.
É o belo capim dourado,
Que nasce lá no cerrado,
Dando esteio ao artesão.
*
É com esse ouro vegetal,
Que o competente artesão
Trabalha com capricho
Dando forma a criação.
E o famoso artesanato
Aparece com aparato
Promovendo o Jalapão.
*
Bendito capim dourado
Que concede ao artesão,
A glória de retirar
Da terra seu ganha pão,
Dádiva da natureza,
Que Tocantins com certeza
De Deus teve a doação.
*
Quando eu for ao Tocantins,
Vou sair toda faceira.
Vou comprar colar e brincos
E também uma pulseira
Vou sair toda enfeitada
Resplandecente e dourada
Feito cigana estradeira.
*
Foto 1: digow.org – foto 2: feriasbrasil.com.br
Texto:Dalinha Catunda
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terça-feira, 28 de junho de 2011

A MARCHA DO PAU

A MARCHA DO PAU
*
Vou voltar pro Ceará
Enfrentar nova batalha
Vou correr atrás do pau
Lá na festa de Barbalha
*
Vou pegar no pau do Santo
Vou tirar uma lasquinha                          
Pra fazer meu chá de pau
Ou não me chamo Dalinha.
*
Na terra de cabra macho
Amigo não leve a mal
O desfile que se faz
 É no levantar do pau.
*
O pau daqui é de metro
Mas é um pau de respeito
Passar a mão faz milagre
Tomar o chá faz efeito
*
Umas gotinhas deste chá
Já casou muito mulher.
Na cidade de Barbalha ,
Não chega para quem quer.
*
Quero ver Santo Antônio
Atendendo a mulherada
E a bandeira lá no mastro
Pelo vento tremulada.
*
Homens levantando o pau
O mulheril aplaudindo
O foguete comendo solto
E o pau do Santo subindo.
*
Já encomendei um kit
Do santo casamenteiro
Vou vender por um bom preço,
Lá no Rio de Janeiro.
*
Texto: Dalinha Catunda
Site desta imagem: cratonoticias.wordpress.com


quinta-feira, 16 de junho de 2011

São João - Sabores e Tradição


São João, Sabores e Tradição
*
Hoje vou dançar quadrilha,
Hoje vou brincar São João.
Vou comer pé de moleque
Vou beber muito quentão,
Me empanturrar de canjica,
Nesta festa que é tão rica
Que esquenta o meu sertão.
*
Batata assada na brasa,
E milho verde também,
Não vou deixar de provar
E oferecer ao meu bem
Nem que dê dor de barriga,
Ou tenha que comprar briga,
Pra comer eu vou além.
*
Pamonha e bolo de milho,
A cocada e a macaxeira,
Nas barracas das quermesses
Quem vende é moça faceira
Que com sorriso oferece,
Ali mesmo faz sua prece,
Pra deixar de ser solteira.
*
Esta festa dos três Santos,
Festa de grande fartura.
É a festança da colheita,
Da bendita agricultura,
Onde o povo nordestino
Festeja feito menino
Os louros desta cultura.
*
No Nordeste Santo Antônio,
São Pedro, também São João,
Com rezas, forrós e danças,
São festejados no sertão.
É nossa festa maior
Não vejo festa melhor
Viva nossa tradição!
*
Texto e imagem de Dalinha Catunda

terça-feira, 14 de junho de 2011

SÃO JOÃO EM IPUEIRAS - CEARÁ


SÃO JOÃO EM IPUEIRAS - CEARÁ
O Colégio Monsenhor Cleano que ao longo de sua existência vem homenageando os valores da terra e resgatando tradições, na cidade de Ipueiras, hoje me deixa lisonjeada ao convidar-me para participar do seu São João, em 18 -06-2011, como homenageada da vez.
Desde já agradeço a diretoria do colégio, na pessoa de Ana Azevedo e estendo os agradecimentos a toda equipe do evento.
Feliz com a homenagem aceitei o convite e confirmo minha ida a Ipueiras-Ce para participar dos festejos juninos do colégio Monsenhor Cleano.

domingo, 12 de junho de 2011

SEMPRE NAMORADOS


SEMPRE NAMORADOS
*
Em seu olhar insistente,
Um olhar apaixonado.
Na sua mão estendida
Um buquê era ofertado
Um beijo apenas na mão
Balançou meu coração
Que ficou enamorado.
*
Não noivamos, nem casamos,
Nem teve papel passado
Porém chegaram os filhos
E o elo foi confirmado.
Vivo assim a minha vida
Sendo eu sua querida
E você meu namorado.
*
Sempre sou surpreendida,
Com sua dedicação.
A cada atitude sua,
Transbordo de emoção
Ser sua namorada
É esta minha estrada,
Ordenou meu coração.
* 
Poema originalmente publicado no Jornal O Povo - 11-06-2011
Texto e imagem de Dalinha Catunda
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quarta-feira, 8 de junho de 2011

MARIA, FESTAS E FITAS

FESTIVAL DE QUADRILHAS NO CORTE BRANCO - IPUEIRAS-CE
MARIA, FESTAS E FITAS
*
DALINHA CATUNDA
*
Igual a tantas Marias
Que viveram no sertão
Eu fui Maria bonita
Nas quadrilhas de São João
E saltei muitas fogueiras
Pras bandas das Ipueiras
Vadiando em meu rincão.
*
ROSÁRIO PINTO
*
Hoje a Maria Bonita
Não veste mais chita
Dança funk, não quadrilha
Não usa mais laço de fita
Fica com João, Pedro e Zé
E não é mais tão bonita.
*
CREUSA MEIRA
*
Eu vejo tantas Marias
Em busca dos seus amores
No meio de tantas festas
Às vezes só sentem dores
Muitas nem conhecem fitas
Outras não usam chitas
E todas adoram flores!
*
Foto de Dalinha Catunda

sexta-feira, 3 de junho de 2011

MEU VESTIDO DE SÃO JOÃO


MEU VESTIDO DE SÃO JOÃO
*
Foi Mexendo em meus guardados
E fazendo arrumação
Que encontrei embrulhado
Meu vestido de São João
Um vestidinho singelo.
Mas eu considero belo
E logo voltei ao sertão.
*
Eu sinto tanta saudade,
Das velhas festas juninas
Onde eu era bem feliz
Junto com outras meninas
Ensaiando nossas danças
Organizando as festanças
Tipicamente nordestinas.
*
Vestia-me de matuta,
Com meu vestido de chita
Nos cabelos duas tranças
Nas tranças laço de fita.
De palha era meu chapéu
E eu me sentia no céu,
Não conhecia desdita.
*
O fogo unia famílias
Fogueira era tradição
O casamento matuto
Não faltava no são João
E o bom forró que rolava
Quando a gente rebolava
Era do rei do Baião.
*
Hoje tudo esta mudado
Veio a modernização,
Acabando com os costumes
Do nosso agreste sertão.
Acabando com a folia,
E com a nossa alegria
Enterrando a tradição.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda