A DUPLINHA - ENTRE FLORES E VERSOS

 ENTRE FLORES E VERSOS

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BASTINHA JOB

E eu sou preta por fora

Cheiro mais do que coentro

Sou bem vermelha no meio

E tenho um pinguelo dentro

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DALINHA CATUNDA

Que diabo de flor é essa

Que não sei e nunca vi

Só se for a flor que nasce

Pras bandas do Cariri

Que fede mais que tabaco

E até mata cabra fraco

Chamada flor de pequi.

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BASTINHA JOB

Não é pequi essa flor

É uma arroxeada

De vez em quando,Anilda

Dá nela uma recitada

Acho até que ela é cara

Assim minha flor é rara

Dizem qu'ela é sagrada!

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Dalinha Catunda

A tua flor não é rara

Nem aqui nem no Japão

Pois nasce em feijão de rola

Simples flor lá do sertão

Chamada ximbiu de freira

Que nasce em trepadeira

Priquitinho em meu torrão.

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BASTINHA JOB

Pequi e nem priquitinho

Não dá em pé de feijão

Mesmo ele sendo de rola

A flor não se mete não

Já disse seu tom de roxo

Não nasce em ramo choço

E pé que não dá tesão!

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DALINHA CATUNDA

Porém dá em trepadeira

Essa flor roxa e tão bela

E Catulo da Paixão

Já fez poema pra ela

Agora responda já

É flor de maracujá

Inspiração de Varella?

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BASTINHA JOB

Agora, sim acertou

É a flor do Maranhense

A linda flor de Catulo

Que nunca foi cearense

De tão rara não abunda

Tal qual Dalinha Catunda

Que já é caririense!

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DALINHA CATUNDA

Bastinha cara poeta

Parceira que boto fé

Firmou morada em Crato

Mas nasceu em Assaré

Da escola de Patativa

Do cordel é uma Diva

Que sempre aplaudo de pé.

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Versos da DUPLINHA

Foto do acervo de Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com