-- DALINHA CATUNDAUMA MUSA BARBALHENSE
- Lindicássia Nascimento
1
Do sertão das Ipueiras
Pra terra das verdes mata
Barbalha de Santo Antônio
De encantos e de cascata
Abraça com alegria
A rainha da poesia
Com o título magnata.
2
Uma musa soberana
Sob o corpo da mulher
Que chegou, deu seu recado
Transcendendo seu mister
Com seu charme feminino
Traçou bem o seu destino
Brincando de bem-me-quer.
3
Adentrou com pé no chão
E por fim se apaixonou
Pela terrinha pacata
O sentimento aflorou
Como menina faceira
Bem astuta, alvissareira
A musa então se encantou!
4
Seu faro cordeliano
Lhe assegurou a certeza
Que nesse belo torrão
Possui na arte a grandeza
A fonte de incentivos
Que lhe daria motivos
Pra pisar com mais firmeza.
5
Fez juras pra Santo Antônio
E Fez promessa também
Passeou alegremente
Como sempre lhe convém.
E nutrida de esperança
Alimentou a pujança
Do querer fazer o bem.
6
Neste campo colorido
Se sentiu bem à vontade
Sentiu o amor dos poetas
Da grande sociedade
Dos poetas de Barbalha
E que com carinho espalha
Sua preciosidade.
7
Construiu nesse sopé
Sua história por amor
Uma linda ligação
Com a benção do Criador
E o encanto da poetisa
Seu sentimento enfatiza
Esse apreço acolhedor.
8
Já trouxe uma cordelteca
E implantou nessa cidade
Demos seu nome por mérito
Por esmero e lealdade
Uma relíquia completa
Que agrada cada poeta
Da nossa sociedade.
9
Dalinha foi mais ousada
Reconheceu com verdade
Em três obras literária
Criou-se cumplicidade
Escreveu a nossa história
De forma justa notória
Divulgou com lealdade.
10
Reconhece nessa terra
A luz da literatura
Nos folhetos de cordel
Revela amor e ternura
Dá vida e rumo ao legado
Com laço que foi criado
Pra memória da cultura.
11
Inseriu esta cidade
No roteiro nacional
O intercambio de poetas
Na sua terra natal
Nossa jovem entidade
Se tornou grande beldade
Com muito potencial.
12
Levantou nossa bandeira
Leva para o mundo inteiro
O retrato dessa história
As vivencias do terreiro
Tão minado de poesia
Nascida da primazia
No Nordeste brasileiro
13
Hoje Dalinha Catunda
É de fato e de direito
Cidadã Caririense
Com muito orgulho no peito
Na gestão do presidente
Que nos deu esse presente
E ganha nosso respeito.
14
Odair viu em Dalinha
Grande carinho e amor
Movido pela cultura
E dela admirador
Atendendo a um pedido
Retribuiu comovido
Agraciando essa flor.
15
Foi por unanimidade
Aceita a cidadania
Os edis assim votaram
Dando vez e voz a cria
Que entende de cultura
Fomenta a literatura
E dar asas a poesia
16
Nossa eterna gratidão
Ao presidente Odair
A essa casa do povo
Que faz de fato existir
Esse aconchego da gente
Que de forma consciente
Jamais sabe se omitir.
17
Nossa musa cordelista
É um ser especial
Tem assento garantido
Em cadeira nacional
Elevou nossa cidade
Através da sociedade
Pra fama internacional.
18
Mulher forte, destemida
Pois aprendeu a voar
Inspiradora de versos
Uma mestra popular
Que no voo da retirante
Descreve a tese elegante
De quem nasce pra somar.
19
Essa é Maria de Lourdes
É Catunda e Aragão
Tem raiz no Cariri
Cearense, desse chão
Poderia assinar Prado
Mas sua mãe deixou guardado
Pra lhe dar mais emoção.
20
E assim é nossa poeta
A rainha do cordel
Zeladora na escrita
É musa de menestrel
Ela fez por merecer
Hoje a vemos florescer
Sob o pomar de carcel.
21
Digo aqui com maestria
Pra ela eu tiro o chapéu
Mulher de forte principio
Sob o teto azul do céu
Que lapida seus fazeres
Pra transformar em saberes
Qual a Maria sem véu.
22
Salve o Rio de Janeiro
Que abriga essa confreira
Salve a grande Academia
Essa casa Brasileira
Que abraça em seu papel
Literatura e cordel
Junto a Gonçalo Ferreira.
23
E salve a bela Ipueiras
O seu berço de alegria
Salve os vates da Barbalha
E os bardos da Academia
Dos cordelista do Crato
Que a trata com aparato
Amizade e empatia.
24
Barbalha te põe no colo
E te afaga com emoção
Dalinha tu tens presteza
Por mérito e convicção
Viva a terra hospitaleira
Por adotar a guerreira
Essa abelha do sertão.
*
Ilustração e cordel de Lindicássia Nassimento,
Presidente da Sociedade dos Poetas de Barbalha, em homenagem a Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com
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