PRA
ROLA SÓ DOU XERÉM
SE
COMER NA MINHA MÃO.
*
Nem
bem o dia amanhece
Já
está em meu quintal
O
seu canto matinal
É
canto que me enternece
Mas
comida só merece
Quem
tem rumo e direção
Não
cedo alimentação
Pra
quem sempre vai e vem:
PRA
ROLA SÓ DOU XERÉM
SE
COMER NA MINHA MÃO.
*
Depois
da barriga cheia
Vai
ciscar noutro lugar
Isso
não vou aturar
Nela
vou meter a peia
Pois
rola que me chateia
Não
prendo em meu alçapão
Eu
mando lamber sabão
E
deixo de querer bem:
PRA
ROLA SÓ DOU XERÉM
SE
COMER NA MINHA MÃO.
*
Se
a pomba-rola se vai
Meu
mundo não vai cair
Eu
vou ficar a sorrir
Perdendo
é ela quem sai
Meu
“dicumê pomba atrai
E
nem me preocupo, não
É
que rola no meu chão
Basta
assoviar que vem:
PRA
ROLA SÓ DOU XERÉM
SE
COMER NA MINHA MÃO.
*
De
pomba eu posso gostar
Porém
vou logo avisando
Não
venha ficar ciscando
Se
não for para ficar
Rola
só vou adotar
Se
me provar afeição
Pois
sem essa condição
Eu
prefiro ficar sem:
PRA
ROLA SÓ DOU XERÉM
SE
COMER NA MINHA MÃO.
*
Mote
e glosas de Dalinha Catunda
Xilo de Valdério Costa
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