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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

NUNCA VI PEQUI TÃO BOM















NUNCA VI PEQUI TÃO BOM
*
FRANCILDO SILVA
No arisco ou na Chapada
Nasce um fruto bem gostoso
Um cheiro maravilhoso
Se prepara um pesquisada
Anima a rapaziada
Querendo o bicho comer
Ele é quente pra valer
Se come exageradamente
QUEM COME PEQUI DOENTE
É PERIGOSO MORRER

*
DALINHA CATUNDA
Eita que pequi gostoso
Nunca vi pequi tão bom
Acho melhor que bombom
Que chupado é saboroso
Mas há quem ache horroroso
E não gosta de comer
E para ninguém querer
Mete a língua o impotente:
QUEM COME PEQUI DOENTE
É PERIGOSO MORRER.
*

Mote de Francildo Silva

SÓ POR SER DE LÁ

SÓ POR SER DE LÁ
*
Amigos estou de volta,
Fui rever o meu lugar.
Exercitar a cultura,
Que não encontro por cá.
Reviver a tradição,
Que difunde meu sertão,
E gosto por ser de lá.
*

Versos e foto de Dalinha Catunda

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

EU FIZ DO HOMEM MEU PAR


EU FIZ DO HOMEM MEU PAR
*
Sou do tempo que o olhar
Pedaço não arrancava
Sou do tempo que a cantada
A mulher não exasperava
Sou do tempo do coió
A gente amava que só
Aquele que paquerava.
*
Sou do tempo que dançar
Era bom agarradinho
Se eu quisesse ele quisesse
Dançava-se coladinho
Tinha o bolero brecado
A perna ia do outro lado
E o batom no colarinho.
*
Contudo para dançar
Mas sem gostar do sujeito
Para ele não encostar
Botava-se a mão no peito
Eles achavam um saco
A mulher botar macaco
Só para impor o respeito.
*
Sou do tempo que o homem
Podia um beijo roubar
E a mulher que era tímida
Acabava por gostar
Sou do tempo da bravata
De violão e serenata
De paixão e de luar.
*
Eu sou do tempo do flerte
Do bilhete e do recado
Do tal namoro escondido
Dos medos e do pecado
E da amiga alcoviteira
Que não era tão parceira
E roubava o namorado.
*
Sou do tempo que a mulher
Fugia para casar
Com um filho na barriga
Muitas foram ao altar
Sou prova da transgressão
Caminhei na contra mão
Mas fiz do homem meu par.
*
Sou do tempo que o amor
Fluía naturalmente
Se hoje a mulher tem medo
O homem também já sente
Foi-se a naturalidade
Em tudo se ver maldade
Eu quero um chá de nepente!
*
Versos e foto de Dalinha Catunda



quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

SENTADA NO BANCO DA PRAÇA

SENTADA NO BANCO DA PRAÇA
*
DÃO DE JAIME
Sentada tão solitária
Parecendo uma flor
Pela cara eu percebo
Que está de bom humor
Olhando o povo que passa
Pronta no banco da praça
Esperando seu amor
*
DALINHA CATUNDA
Sentada naquela praça
Eu revivi o meu passado
Lembrei a menina moça
De braços com namorado
Girando pela pracinha
E coisa melhor não tinha
Era meu mundo encantado.
*
Interação de Dão de Jaime e Dalinha Catunda

Foto de Dalinha Catunda