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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM IPUEIRAS



FESTA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM IPUEIRAS

A festa da padroeira se aproxima e em Ipueiras, já é grande o movimento em torno dos festejos que desde sempre envolveu com paixão o povo ipueirense, que em sua grande maioria é católico.

As barracas das quermesses já começaram a ser montadas, as rádios locais já divulgam em seus jornais a programação da festa que trás como tema: “QUEREMOS COM MARIA DEFENDER A VIDA, A PARTIR DOS EXCLUÍDOS, EM NOSSO SEMI-ÁRIDO”

A festa terá seu início no dia 28 de novembro com uma carreata levando a imagem de Nossa Senhora, saindo do Bairro das Carnaúbas. Os festejos se estenderão até o dia 08 de dezembro dia dedicado a nossa Senhora da Conceição, padroeira de Ipueiras. Uma grande procissão luminosa marcará o encerramento da festa.

Senti o cheiro da festa, porém não pude ficar. Mas estou feliz em saber que as pessoas ainda oferecem suas prendas, os velhos leilões resistem bravamente às mudanças dos novos tempos. Bom verificar também que enquanto a política divide famílias e amigos, a igreja os abriga num mesmo teto.

Pesquisando no: http://www.uniafro.com.br/ns_conceicao.htm
sobre a história de Nossa Senhora da Conceição, que retirada das águas, transforma-se em Nossa Senhora Aparecida achei curioso e bem interessante este trecho histórico que repasso fechando minha crônica.

“A primeira imagem de Nossa Senhora da Conceição chegou ao Brasil em uma das naus de Pedro Álvares Cabral. José de Anchieta foi o apóstolo da doutrina da Imaculada Conceição no Brasil, que desde o início de sua colonização dedicou a este mistério inúmeras igrejas, inclusive 35 catedrais. Ela foi a protetora de nosso país no período colonial e foi proclamada Padroeira do Império Brasileiro por Dom Pedro I. Já no despontar do século XX, com o advento da República, o título cedeu lugar a Nossa Senhora Aparecida, que é uma antiga imagem da Imaculada Conceição encontrada nas águas do rio Paraíba do Sul.”

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

SEU SOL E DONA LUA


SEU SOL E DONA LUA

Seu sol e dona lua,
Começaram a namorar
Depois de pouco tempo
Resolveram se casar.

Mas ficava bem difícil
Para os dois a situação.
Quando o sol se recolhia
Vinha a lua e seu clarão.

Ele lhe dava: boa noite!
E logo no céu sumia
No outro dia bem cedo
Ela lhe dava: bom-dia!

Assim por muito tempo,
Viveram nessa agonia
Enquanto um chegava,
O outro triste sumia.

Seu sol mui enamorado,
Por dona lua se derretia.
E ela tristonha chorava
Quando seu astro partia.

Dona lua foi minguando
Diante de tanta tristeza.
O toque de raios solares
Devolvia-lhe a beleza.

Júpiter sensibilizado
Com tal amor proibido
Criou um grande eclipse
E tudo ficou resolvido.

Toda vez que o céu escurece
Dá-se a verdade mais crua.
Seu sol cheio de amor
Vem cruzar com dona lua.

Depois de certo tempo,
Bela e cheia ela aparece.
E Seu Sol agradecido
Entre raios resplandece.
Imagem:4.bp.blogspot.com/.../s400/sol-e-lua.jpg

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

QUATRO ANOS NO AR



Banner e fotografia, criação de Carlos Roberto Lemberg
http://www.crlemberg.com.br/

QUATRO ANOS NO AR

Dalinha Catunda

Recebi hoje um convite,
E nem penso em recusar.
Com Carlos Roberto Lemberg
Quero mesmo é comemorar,
Os quatro anos de site,
Que esse amigo tem no ar.

Confesso, sinto-me uma estrela,
Nesse universo a brilhar,
Num site que soube tão bem
Nosso Carlos Roberto criar.
E é ele o astro maior,
Que todo esse brilho nos dá.

Bom poeta e webmaster,
E avô coruja também
É um menino nas idéias
Sempre a nos fazer bem.
No www.crclemberg.com.br
Ele dá vez a quem valor tem.

Dia oito de novembro,
Marcado em meu coração
Gravarei esse aniversário
Com grande satisfação.
E espero por muitos anos,
Fazer parte desta constelação.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

MAREIRO



Mareiro

Um cheiro de Mar me atiça
Entrando pela janela
A lua no céu desponta,
Dourada, tão cheia, tão bela.

A saudade se assanha,
Ao cheiro desse mareiro.
O pranto que não se acanha,
Encharca meu travesseiro.


Mareiro por que me atiças?
Por que me vens instigar?
Se sabes que longe dele,
Sou apenas sereia sem mar.

Imagem: ceara.com/postais/praiadofuturo.jpg

domingo, 2 de novembro de 2008

LEVANDO FUMO



LEVANDO FUMO
ELA DEU O TABACO E ELE LEVOU FUMO


Essa vida de bodegueiro,
Não é brincadeira não.
Na venda de fumo de rolo,
Foi a maior confusão.
E quem quase levou fumo,
Foi a mulher do patrão.

Um sujeito todo xistoso
Queria tabaco comprar.
A mulher do bodegueiro,
Que não sabia despachar.
Arrumou uma encrenca
Que depois vou lhes contar.

Primeiro eu vou contar,
A aventura de seu Zé.
Que queria comprar fumo,
Mas sabe como é que é,
Com bodegueiro invocado,
Quase levou ponta pé

Seu Zé chegou à bodega,
Querendo fumo comprar.
Espiou bem os bons rolos.
Chegando a se arrepiar
Diante de tanta fartura.
Bom fumo ele iria levar.

Perguntou ao bodegueiro,
Que atendia no balcão.
Quais os tipos de fumo
Qual a melhor sugestão
O bodegueiro prestimoso
Deu-lhe toda a atenção.

Esse aqui é um fumo bom
Acredite meu senhor.
O freguês cheirou o fumo
E em seguida espirrou.
Pediu outro mais forte.
Aquele não lhe agradou.

O atendente atencioso
Não tardou a lhe ofertar,
Um novo rolo de fumo
Para ele então apreciar,
Dessa vez além do espirro,
Ouviu-se um peido no ar.

Pensando que o espirro,
Conseguira o peido abafar
Pediu ao comerciante,
Um mais forte pra cheirar.
E o bodegueiro alterado
Rasgou o verbo a falar.

Meu amigo francamente,
É bem difícil lhe agradar,
No primeiro você espirrou,
No segundo chegou a peidar.
Se usar um fumo mais forte,
No recinto você vai cagar.

Por isso o senhor se retire,
Antes que eu faça besteira.
Estou aqui trabalhando,
E não sou de brincadeira.
Se quer mesmo levar fumo,
Conheço outras maneiras.

O comprador aperreado,
Foi tratando de se afastar
O bom fumo que ele queria,
Mas não consegui comprar,
De outro fumo diferente,
Não estava ali pra provar.


A mulher viu que marido,
Estava cheio de aflição.
De pressa tomou a frente,
Foi atender ao balcão
Mas novamente pintou
Sintomas de confusão.

Ela pouco experiente,
Ignorando mercadorias.
Escutou de um sujeito,
E achou que era putaria,
Uma pergunta inofensiva
Que o pobre diabo fazia

A senhora tem tabaco?
Perguntou o tal cidadão.
Tenho sim desaforado,
Mas não é pro teu bico não.
Tenha comigo respeito,
Ou então lhe enfio a mão.

Que cara mais safado,
Que sujeitinho atrevido,
Merece boas pauladas,
E tapas no pé do ouvido,
Ou mesmo virar defunto,
Por obra de meu marido.

O cabra arregalou os olhos,
Não entendendo a questão.
Quanto mais ele falava,
Mais vinha complicação.
Queria provar com o dedo,
E era ali mesmo no balcão!

Senhora não estou pedindo,
Eu quero mesmo é comprar.
Se for bem cheirosinho,
Pode até o dobro cobrar.
Que sou viciado em tabaco
E pago o que for pra cheirar

A mulher ficou vermelha,
Estava prestes a explodir.
Indignada com a proposta,
Que acabara de ouvir
A cara do sujeitinho,
Até pensou em partir.

O homem ficou passado,
Sem saber bem o que dizer.
A mulher bufava de raiva,
E ele sem nada entender.
Só por causa de um tabaco
Ela estava a se ofender.

A polícia foi chamada.
Veja só que confusão.
O marido e os filhos,
Bateram no cidadão.
Que queria a todo custo,
O tabaco em sua mão.

Quando a polícia chegou,
Botou ordem na bodega.
E o sujeito com razão,
A sua inocência alega.
E os insultos alegados
Com veemência ele nega.

O freguês ficou parado,
E a mulher falou: Qual é?
Minha senhora só queria,
Umas graminhas de rapé
Um pouquinho de torrado,
E depois eu dava no pé.

Foi então que a polícia,
Marido e filho deram fé,
Chegaram a conclusão,
Que o tabaco era rapé,
Torrado pra se cheirar,
E não bicho de mulher

Por isso meu amigo
Preste muita atenção
Na hora de comprar fumo
E querer tabaco na mão.
Pois acaba levando fumo.
Quem deles faz confusão.

Quando tudo se ajeitou,
E acabou a confusão.
Seu Zé saiu satisfeito
Levando o fumo na mão
E até saiu sorrindo
Com aquela arrumação.

A mulher do bodegueiro,
Depois de se acalmar.
Foi logo dando o tabaco.
Que o moço queria usar.
Daquela hora em diante,
Reinou a paz no lugar.

Se você quer levar fumo,
Ou um tabaco de primeira,
Meça bem suas palavras.
E não vá fazer besteira,
Pois fica sempre na mão,
Aquele que faz asneira.


Imagem retirada do blog:
culturanordestina