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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Vinha que poeta bebe/É vinho de inspiração


*
Com a musa conivente
Aos poucos eu me embriago
Cada palavra que trago
Confesso sorvo contente
Desse divino presente
Eu sinto a penetração
E dou luz a criação
Que minha verve concebe
VINHO QUE POETA BEBE
É VINHO DE INSPIRAÇÃO.”
*
Mote de Vânia Freitas
Glosa de Dalinha Catunda

domingo, 23 de dezembro de 2018

Marcas Indeléveis


MARCAS INDELÉVEIS
*
Relíquia preciosíssima!
Eu tive tanto cuidado...
Era meu vaso chinês
Um presente inusitado.
Lá se foi minha ilusão
Quando vi cair ao chão,
E ficar fragmentado.
*
Primeiro fiquei atônita,
Sem poder acreditar.
Depois do atordoamento
Cheguei a me ajoelhar,
Caco por caco peguei,
Nem sei bem como juntei!
Mas resolvi restaurar.
*
De posse dos fragmentos
Em total concentração,
Eu colei cada pedaço,
Cheguei a ferir a mão,
Mas nada me consolava
Pois do vaso só restava
A minha desilusão.
*
Me esmerei pra consertar
Aquele meu mimo antigo.
Botei no mesmo lugar,
Mas quando olho maldigo.
Profundamente marcado,
Vejo o brinde do passado,
Indo quase pro jazigo.
*
Foto e versos de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com


PRA ELA EU TIRO O CHAPÉU


PRA ELA EU TIRO O CHAPÉU
*
Em meio à ventania
Ela chegava marota
O meu corpo percorria
Fez eu me sentir garota
De prazer eu suspirava
Enquanto ela me molhava
Eu vibrava a cada gota.
*
Pescoço solto pra trás
Rosto virado pro céu
Olhos semicerrados
Minha boca aberta ao léu
Ela naquele momento
Descia com atrevimento
Rasgando de vez meu véu.
*
Sentindo a chuva cair
Com toda sua potência
Ungindo minhas entranhas
Sem ferir minha inocência
Reacendi o prazer
De com ela me envolver
Na mágica experiência.
*

Fotos e Versos de Dalinha Catunda

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

LÁ VEM O TREM...














LÁ VEM O TREM...
*
O ultimo vagão do trem
Descarrilha e nos comove
E a outra composição
No mesmo trilho se move
São doze vagões passando
Feliz quem for embarcando
No dois mil e dezenove.
Antônio Cassiano
*
O trem que inda está passando
Da dor não me quis poupar
Pois passou me atropelando
Só não fez foi me matar
Quase perdi o meu brilho
Mas já me firmei no trilho
Para o novo trem pegar.
Dalinha Catunda

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

FRAGRÂNCIA DE VERSOS


FRAGRÂNCIA DE VERSOS
*
A poesia perfumada
Que nossa vida inunda
Nos versos cheios de cores
De uma mente fecunda
Aromam a minha vida
E digo bem comovida
Grata, Dalinha Catunda!
 Bastinha Job
*
Querida Bastinha Job
Linda flor do meu jardim
O bálsamo dos meus versos
É aroma que não tem fim
Brota de cada poeta
Quem tem essa mesma meta
E não apenas de mim.
Dalinha Catunda
Cad: 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com


FLORES VIRTUAIS


FLORES VIRTUAIS
*
Tem mimo que vem de longe
Mas toca-me o coração
Pois são desvelos de amigos
Que acaloram a ilusão
Mudando a rotina do dia
Perfumando a alegria
Instigando a emoção.
*
São presentes virtuais
São as benfazejas flores
Que chegam por novas vias
Trazendo os mesmos valores
Celebrando as amizades
Suavizando saudades
Ou prenunciando amores.
*
Versos de Dalinha Catunda cad.25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

sábado, 1 de dezembro de 2018

Interação de Bastinha Job e Dalinha Catunda


Interação de Bastinha Job e Dalinha Catunda
*
BASTINHA JOB
Há tempos estou vagando
No meu caminho a esmo
Já não encontro a mim mesmo 
Sou vontade,sem comando 
No mar da vida remando 
Meu navio não ancora
É preciso sem demora 
Recuperar meu conceito:
" FECHOU A PORTA DO PEITO
E JOGOU A CHAVE FORA."

*
DALINHA CATUNDA
Eu estava me trocando
Quando meu amor chegou
E de soslaio me olhou
Aos poucos foi se engraçando
Já estava se animando...
Foi quando pedi na hora:
Me ajude a fechar agora
Meu soutien com respeito!
“FECHOU A PORTA DO PEITO
E JOGOU A CHAVE FORA”
*
Mote de Heliodoro Morais
*

dalinhaac@gmail.com

terça-feira, 27 de novembro de 2018

ERA EU E MÃE



Era eu e mãe...
*
Me lembro mãe costurando
Naqueles tempos de então
Eu sentadinha ao seu lado
Fazia costura a mão
Muitas vezes embainhava
Chuleava e caseava
E até pregava botão.

Versos e foto de Dalinha Catunda
Cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O CORRUPIÃO


O CORRUPIÃO
*
No finalzinho do tarde
Ou no amanhecer do dia
Ouço um lindo passarinho
Com sua bela melodia
Cantando lá na palmeira
A bela carnaubeira
E me trazendo alegria.
*
Seu cantar é envolvente
De fato chama atenção
Tem a beleza na cor
É pássaro do sertão
Ele é mais uma riqueza
Habitando a natureza
Chamado corrupião.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

MUITA PAZ MUITA UNIÃO!


NO DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS
MUITA PAZ, MUITA UNIÃO!
*
BASTINHA JOB
É dia de agradecer
Por tudo que nós colhemos
A colheita que tivemos
Ao Próximo oferecer,
Compartilhar é dever
Do homem, do cidadão
Abraçar a cada irmão
Brindar em todas as taças
NO DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS
MUITA PAZ, MUITA UNIÃO!

*
DALINHA CATUNDA
Ao bom Deus eu agradeço
Por sua misericórdia.
Por me livrar da discórdia
Nem sei se tanto mereço,
Porém trago com apreço
Jesus em meu coração.
Anseio com devoção
Em casas, ruas e praças,
NO DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS
MUITA PAZ, MUITA UNIÃO!

*
dalinhaac@gmail.com
cad.25 da ABLC

SERTANEJANDO















SERTANEJANDO
*
Quando escancaro a porteira
Para entrar em meu rincão
A dona felicidade
Faz festa em meu coração
Uma brisa benfazeja
Invade essa sertaneja
Que não esquece o sertão.
*
Cada tarde é deslumbrante
Ver o ocaso acontecer
Por detrás da serra grande
Assisto o sol se esconder
Deixando um resto de luz
Crepúsculo que seduz
No dourado entardecer.
*
Tibungando em minhas águas
Eu vejo o sol desmaiar
Entre um mergulho e outro
Consigo me refrescar
E na boquinha da noite
O Aracati é açoite
Que chega com o luar.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O ARMADOR SOLITÁRIO


O ARMADOR SOLITÁRIO
*
Comprei uma rede branca
Para embalar nosso amor
E nela eu fiz um bordado
Salpicadinho de flor
Mandei quarar e lavar
Só pra nós dois chamegar
Era um sonho promissor.
*
Um armador solitário
Cansou-se de tanta espera 
No alpendre brotou flores
Anunciando a primavera
Nem cheguei armar a rede
Em seco engoli a sede
Sepultei nova quimera.
*
Dobrei a rede bonita
Dentro da mala guardei
Perante o sonho abortado
Confesso não fraquejei
Coração aventureiro
Tem sempre outro roteiro
Nisso eu jamais me enganei.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Do roteiro cultural no Cariri.


Do roteiro cultural no Cariri.
Vandinho Pereira e a tapioca de Miguel.
Chegamos ao Crato na parte da tarde.
Logo que cheguei meu amigo, o poeta Ernane Monteiro, entrou em contato e já foi dizendo que estava agendando uma entrevista com Vandinho Pereira no programa da Verde Vale, o Ceará Diverso. Como dizer não?
Conversei com os companheiros, que concordaram. Daí foi só tomar um banho rápido e pegarmos o caminho do Juazeiro com as bênçãos do meu “Padim.” E lá fomos nós: Dalinha Catunda, Moreira de Acopiara, Rosário Pinto, Tião Simpatia. Lá encontramos o repentista Agostinho de Oliveira afinando sua viola.
Miguel Teles, esposo da poetisa Josenir Lacerda, foi requisitado para nos levar e atendeu prontamente nosso pedido.
Pois bem, a noite não terminaria após o programa, atendendo a vontade de todos, Miguel Teles nos levou para comer da tapioca feita por ele que já tem marca registrada.
Perto e meia noite retornamos ao hotel, felizes e saciados com os mimos e guloseimas do casal, Josenir Lacerda e Miguel Teles.
A palavra final é GRATIDÃO, aos amigos que se desdobram para nos receber bem.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda
Cadeira 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

JOAMES X DALINHA


JOAMES X DALINHA
*
JOAQUIM MENDES - JOAMES
"Somos animais políticos",
Disse um grande pensador;
Mas a política do ódio
Gera conflito e terror;
A verdadeira política
Prega a justiça e o amor!
*
DALINHA CATUNDA
E tudo que eu não queria
Hoje vejo acontecer
A confusão entre amigos
Amizade perecer
Diante dessa disputa
Muitos mudam de conduta
Nem chego a reconhecer.
*
JOAQUIM MENDES - JOAMES
Pois está acontecendo
Minha querida Dalinha,
Há conflito em toda parte,
Confusão onde não tinha,
E não é só em Brasília,
Atinge a toda família,
Inclusive até a minha!
*
DALINHA CATUNDA
Amigo, vou lhe dizer:
Não adianta brigar,
Pelo sujo e o mal lavado
Discutir e se intrigar.
O que acontece de fato,
É que o povo paga o pato,
Inda quer mico pagar.
*

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

FACES DO CORDEL


FACES DO CORDEL
*
Dona de si bem segura
A mulher segue o cordel,
E faz bonito papel,
Respeita a literatura.
Preconceito não atura,
Entra na roda com gosto
Assume de vez seu posto!
Demonstra capacidade
E com criatividade
Ao cordel dá novo rosto.
*
Dalinha Catunda
Cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

SÓ DEUS E MUITA ORAÇÃO/FAZ O PEITO SERENAR


SÓ DEUS E MUITA ORAÇÃO
FAZ O PEITO SERENAR.
*
Quantas vezes eu falei
De uma dor inventada
E da saudade forjada
Porém nunca imaginei
Que a dor tem sua própria lei
E chega sem avisar
É vento a nos devastar
Sofre e chora o coração
SÓ DEUS E MUITA ORAÇÃO
FAZ O PEITO SERENAR.
*
Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC
dalinhaac@gmail.com
http://cordeldesaia.blogspot.com/

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

SÃO TANTOS “COISOS”..


SÃO TANTOS “COISOS”...
*
Não vou sair pra coisar
No dia dessa eleição
Pois é tanto “coiso” ruim
Que cheguei à conclusão
Que na hora de  “coisar”
Para errado não votar
Vou mesmo de anulação.
*
Se tem um “coiso” com arma,
Tem um “coiso” cangaceiro,
Temos o “coiso” laranja,
No lugar do prisioneiro.
Temos a coisa também,
Sem tino pra ir além
É só “coiso” o tempo inteiro!
*
 Foto e versos de Dalinha Catunda

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O Brasil está lascado, Coitado do brasileiro



O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Já é tempo de eleição
E eu assisto no jornal
O programa eleitoral
Candidato e falação
É uma esculhambação
Ocupando o picadeiro
Nunca vi maior salseiro
Entre o sujo e o mal lavado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Ficha suja não podia
Concorrer em eleição
Gritaram seu nome em vão
Porém o povo sabia
Que o tal partido iludia
O eleitor companheiro
Nunca se viu prisioneiro
Em urna sendo indicado  
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Uma faca apareceu
No meio da multidão
Não sei de quem foi a mão
Que aquela mão má ergueu
E o vitimado cresceu
Comovendo o povo inteiro
Chegando a ser o primeiro
Mesmo sem ser preparado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Vi arrotando arrogância
E sendo contraditório
Em seu interrogatório
Usava de discrepância
Pela sua ignorância
Pelo seu jeito coiceiro
Não é mesmo um cirandeiro
É jumento batizado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
A mulher bate nos peitos
E clama por igualdade
Mas some na realidade
E só volta em novos preitos
Falando em nossos direitos
Esnobando ex-companheiro
Escondida no palheiro
Não vem para o nosso lado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Contudo ao que me parece
Embora eu goste da vice
São Paulo é só mesmice
E acusação aparece
Tem gente fazendo prece
E despachando em terreiro
Pois dinheiro aventureiro
Em caixa dois foi citado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Eu não caprichei na glosa
E nem quis explicitar
Pois nem sei em quem votar
A disputa é desditosa
Sem pátria vitoriosa
Nada é alvissareiro
Estamos sem paradeiro
No mote dou meu recado:
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Versos de Dalinha Catunda