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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

BOLO MANZAPE

BOLO MANZAPE
Manzape bolo gostoso
Que eu comprava nas feiras
Cansei de comer tal bolo
Nas bancas das Ipueiras
Palma e bolacha fogosa
Vendiam as cafezeiras.
*
É feito com massa puba
Esse bolo diferente,
E com mel de rapadura
Sendo o mel ainda quente,
Também leva cravo e coco
O gosto é surpreendente.
*
Depois do bolo batido
Como manda a tradição
Na folha da bananeira
Bota-se boa porção
E no forno é colocado
Para finalização.
*
COMO FAZER A PUBA?
Puba: massa de macaxeira, (mandioca, aipim) fermentada. A raiz bem lavada, descascada ou não, fica oito dias de molho até se desmanchar. Depois é passada e lavada na peneira, para tirar as fibras e se tiver, as cascas. Depois da massa assentada, bota-se num pano de saco para acabar de escorrer e ir secando aos poucos. No saco a massa vira uma bola.
COMO FAZER O MANZAPE?
Desmancha-se o bolão de puba, escalda-se com o mel de rapadura quente, põe o coco e depois é só temperar com cravo e canela. Em seguida abre-se a massa sobre a folha da bananeira, embrulha a mesma e põe no forno, e preferência no forno de lenha.
Texto de Dalinha Catunda
Foto de veronnicamiranda.com.br
Agradeço a dona Maria, minha amiga, as informações sobre estas receitas.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

AS CASINHAS DE IPUEIRAS

AS CASINHAS DE IPUEIRAS
*
Em Ipueiras nasci
Nesta terra me criei
Recordo e sinto saudades
De cada passo que dei
Da saudade nasce o verso
Pra cantar meu universo
E louvar a minha grei.
*
Em frente à rodoviária
Da minha terra natal
Vejo mimosas casinhas
Ouso dizer sem igual
Uma porta, uma janela,
Arquitetura singela,
Longe de ser atual.
*
Estreitas e coloridas
Bem elevadas do chão
Assim são estas casinhas
Típicas do meu sertão.
Um cenário do passado
Que vejo bem preservado
Pra minha satisfação.
*
É casa de gente simples,
Q’ inda senta na calçada
Esperando o aracati
O vento da refrescada
Que chegando como açoite
Abana a boca da noite
E corre na madrugada.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

domingo, 24 de novembro de 2013

NA CADÊNCIA DA PARCELA

NA CADÊNCIA DA PARCELA
DALINHA CATUNDA
Não sou mais menina
Porém sou guerreira
Às vezes faceira,
Talvez libertina
Não é minha sina
Viver sem paixão
É meu coração
Abrigo de amores
Sem medo de dores
Acolho emoção.

FRED MONTEIRO
Pois eu sou menino
Só penso besteira
E a vida inteira
perdi o meu tino
Cumpri meu destino
Me apaixonando
A cara quebrando
Mais velho hoj’estou
Meu tempo passou
E assim vou finando.

JESUS DE RITINHA DE MIÚDO
Também sou menino
Igual ao Monteiro
Inquieto, arteiro
Seguindo o destino
Homem nordestino
Criança crescida
De alma atrevida
Em plena alegria
Fazendo poesia
De bem com a vida!
*
Quero agradecer a participação de Fred e Jesus, confrades que atuam no Besta Fubana, espaço aberto para livre interação dos poetas.  

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Dalinha Catunda e Orlando Santana


Dalinha Catunda e Orlando Santana
.
Só gosto de versejar
Quando sinto inspiração
Pois assim falo co’a alma
E também co’o coração
O verso sem sentimento
Falta nele o condimento
Que tempera a paixão.
.
Há poetas que costuram
Os versos em boa linha
Como os que eu tenho lido
Da poetisa Dalinha.
Esta tece versos bons
Pois já nasceu com os dons
Das musas da poesia.
Orlando Santana
.
Concordo com o poeta,
Esta é minha opinião:
Os versos sem sentimentos
Não tocam meu coração.
Eu gosto da poesia,
Que tem sabor e magia,
E acende a minha emoção.
.
Obrigada pelos versos
Agradeço a louvaminha,
O seu versejar me agrada
Seguimos a mesma linha,
E volte quando quiser,
Pra cantar com esta mulher
Que com os versos se alinha.
Dalinha Catunda
Ilustração de Dalinha Catunda