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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

SÃO TANTOS “COISOS”..


SÃO TANTOS “COISOS”...
*
Não vou sair pra coisar
No dia dessa eleição
Pois é tanto “coiso” ruim
Que cheguei à conclusão
Que na hora de  “coisar”
Para errado não votar
Vou mesmo de anulação.
*
Se tem um “coiso” com arma,
Tem um “coiso” cangaceiro,
Temos o “coiso” laranja,
No lugar do prisioneiro.
Temos a coisa também,
Sem tino pra ir além
É só “coiso” o tempo inteiro!
*
 Foto e versos de Dalinha Catunda

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

O Brasil está lascado, Coitado do brasileiro



O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Já é tempo de eleição
E eu assisto no jornal
O programa eleitoral
Candidato e falação
É uma esculhambação
Ocupando o picadeiro
Nunca vi maior salseiro
Entre o sujo e o mal lavado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Ficha suja não podia
Concorrer em eleição
Gritaram seu nome em vão
Porém o povo sabia
Que o tal partido iludia
O eleitor companheiro
Nunca se viu prisioneiro
Em urna sendo indicado  
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Uma faca apareceu
No meio da multidão
Não sei de quem foi a mão
Que aquela mão má ergueu
E o vitimado cresceu
Comovendo o povo inteiro
Chegando a ser o primeiro
Mesmo sem ser preparado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Vi arrotando arrogância
E sendo contraditório
Em seu interrogatório
Usava de discrepância
Pela sua ignorância
Pelo seu jeito coiceiro
Não é mesmo um cirandeiro
É jumento batizado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
A mulher bate nos peitos
E clama por igualdade
Mas some na realidade
E só volta em novos preitos
Falando em nossos direitos
Esnobando ex-companheiro
Escondida no palheiro
Não vem para o nosso lado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Contudo ao que me parece
Embora eu goste da vice
São Paulo é só mesmice
E acusação aparece
Tem gente fazendo prece
E despachando em terreiro
Pois dinheiro aventureiro
Em caixa dois foi citado
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Eu não caprichei na glosa
E nem quis explicitar
Pois nem sei em quem votar
A disputa é desditosa
Sem pátria vitoriosa
Nada é alvissareiro
Estamos sem paradeiro
No mote dou meu recado:
O BRASIL ESTÁ LASCADO
COITADO DO BRASILEIRO.
*
Versos de Dalinha Catunda

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Coração Manhoso


CORAÇÃO MANHOSO
*
Meu coração nunca foi
Coiteiro de solidão
Nos braços de novo amor
Chorava a velha paixão
E trocava o que seria
Maus momentos de agonia
Por uma nova ilusão.
*
Não foi de me dar desgosto
Bate manhoso em meu peito
Cheio de cumplicidade
Desdenha de amor desfeito
E nunca me desabona
Sempre apoia sua dona
Na hora de novo preito.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda

terça-feira, 11 de setembro de 2018

VOO DE PRIMAVERA


VOO DE PRIMAVERA
*
Pela fresta da janela
Penetra a brisa ladina
Eriçando os meus pelos
Fresca noite setembrina
Que sopra nova quimera
Prenúncio de primavera
Surge em aura Libertina.
*
Os sonhos se fortalecem
Em meio à escuridão
Entre o cetim me revolvo
Dando asas ao coração
Vislumbro no meu anseio
O voo do pombo correio
Que não erra a direção.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda


domingo, 9 de setembro de 2018

MONTANDO VERSOS


MONTANDO VERSOS
*
BASTINHA JOB
Já fui boa amazona
Gostava de cavalgar
Tinha um cavalo baixeiro
Elegante no trotar
Hoje não monto mais nada
Vivo de crina abaixada
E nem me atrevo a trepar.
*
DALINHA CATUNDA
Eu aprendi a trepar
Não escorrego nem caio
Me trepo até em jumento
Carregado de balaio
Aprendi lá no sertão
Monto sem cair no chão
Sem precisar de ensaio.
*
BASTINHA JOB
Tenho certeza que caio
MINHA querida Dalinha
A velhice é atestado
Dessa invalidez só minha:
Nas pernas não me sustento
Não trepo nem em jumento
Nisso você é rainha!
*
DALINHA CATUNDA
A idade não me aporrinha
Cansaço inda não bateu
Eu não vou cruzar as pernas
Monto um baio que é só meu
Meu sonho não é quimera
Renasce na primavera
Meu gosto não pereceu.
*
Foto do acervo de Dalinha Catunda