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quarta-feira, 31 de março de 2010

TEMPO DE PÁSCOA


Amigos, feliz páscoa para todos.

TEMPO DE PASCOA

Um coelhinho é engraçado,
Chocolate é bem gostoso.
Ver vitrines coloridas
Na verdade é prazeroso.

Porém não vejo sinal,
Do Cristo crucificado,
Num macabro ritual
Que ficou lá no passado.

Que venham as guloseimas,
Porém junto às orações.
Não esqueçamos jamais
Da nobreza nos corações.

O Tempo de páscoa é,
Tempo de ressurreição
Ressuscite os sentimentos
Dentro do seu coração.

Imagem da internet.

terça-feira, 30 de março de 2010

HOJE, ANIVERSÁRIO DE JEAN KLEBER


PARABÉNS! JEAN KLEBER,

Há amigos e amigos,
Assim podemos dizer.
Jean Kleber é um amigo,
Que todos gostam de ter.

Sincero, bem humorado,
Exemplo de boa pessoa.
Por isso dona Heloisa
Embarcou nessa canoa.

Vanessa e Ivanzinho,
São filhos abençoados,
Pai melhor, não teriam!
Nem mesmo encomendado.

Para mim é privilégio,
Privar desta amizade.
Jean, meus parabéns,
Saúde e felicidades.

São os votos desta amiga,
Que lhe traz no coração,
Que por você tem respeito,
Carinho e muita admiração.

Quem é Jean Kleber?
"Cearense, nascido em Fortaleza, no Ceará. Criado em Ipueiras, no mesmo estado até os oito anos.Foi universitário de agronomia em Fortaleza e em Recife. Formou-se em Pernambuco, onde obteve o título de Mestre em Microbiologia dos Solos pelo Instituto de Micologia da Universidade Federal de Pernambuco. Também obteve o Mestrado e o Doutorado em Fitopatologia pela Universidade de Brasília. Atualmente é professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da Universidade de Brasília."
Não bastasse tudo isso, é meu amigo!!!!

Foto Dalinha e Jean Kleber
Texto e foto de Dalinha Catunda

quinta-feira, 25 de março de 2010

DIA 27 DE MARÇO É O DIA DO CIRCO


O CIRCO CHEGOU!
*
A cidade se alegrava,
Era grande a animação.
Molecada se assanhava,
Cheia de satisfação.
Fazia um estardalhaço
Correndo atrás do palhaço
No meio da agitação.
*
Era o circo que chegava,
Mudando toda rotina,
Daquele meu povoado
Minha terra alencarina.
Lembro cheia de saudade
Circos na minha cidade
Nos meus tempos de menina.
*
No finalzinho da tarde,
O Palhaço se exibia,
Trepado em pernas de pau,
Não sei como não caía.
Atrás dele a criançada
Gritando se alvoroçada
Ao palhaço respondia:
*
“-Hoje tem espetáculo?
-Tem, sim senhor!
- Às sete horas da noite?
-Tem, sim senhor!
-Hoje tem marmelada?
-Tem, sim senhor
-As sete horas da noite?
-”Tem, sim senhor”
*
Assim de rua em rua
Girava pela cidade.
Trazendo ao interior,
Agito e felicidade.
Unindo a população,
Carente de animação
Carente de novidade.
*
O coro da meninada,
Eu via se propagar
O  palhaço caprichava,
No seu jeito de cantar.
“-Eu vou ali e volto já,
- “Vou comer maracujá”
Como é gostoso lembrar!
*
E entre um grito e outro
Ele indagava com fé:
“-E o palhaço o que é?
-Ele é ladrão de muié!”
Era tanta a alegria
Que o povo feliz sorria.
Seguindo o palhaço a pé.
*
“-Olha a moça na Janela
-Olha a cara dela!”
Se repetia o palhaço
Com sua voz mais singela
Buscando assim simpatia
Do povo que assistia,
Seu canto em cada viela.
*
_E só quem gritar mais alto
Ingresso pro circo tem!
“-O que é que a velha tem?
-Carrapato no sedém!”
“-Vamos  arrochar negrada!”
E a molecada gritava
Fazendo graça também.
*
Não sei se minha saudade,
Também bate com a sua.
Não posso ver um palhaço
No circo ou mesmo na rua.
Que cantarolo baixinho
Com saudade e com carinho
Canto que se perpetua:
*
“Ô raio, o sol, suspende a lua

Olha o palhaço no meio da rua...”
*
Foto: especiais.profissaoreporter.globo.com/files/2...

segunda-feira, 22 de março de 2010

MINHA RUA


MINHA RUA

Rua 15 de novembro,
Numa casa simples nasci.
Ali os melhores anos
De minha existência vivi.

Casa grande com alcovas
E um longo corredor,
Cozinha e fogão de lenha,
E minha mãe no labor.

O cheirinho de alfazema,
A cada irmão que nascia.
Galinha o mês inteiro
No resguardo se comia.

Tantas noites nas calçadas,
Debulhando milho e feijão,
Ouvindo os velhos “causos”,
Contados em meu sertão.

As fogueiras que ardiam,
Nas festas de São João.
Na porta de cada casa
Muita comida e animação.

Rua de tantas lembranças
Reduto de minha alegria.
Entre o arco e a igreja
Minha velha casa se via.

Da minha rua eu sinto,
Uma saudade profunda.
Antiga 15 de novembro!
Agora... Raul Catunda.

Cada beco de minha terra,
Registrou minhas pegadas.
Sempre que posso, ponho,
Meus pés na terra amada.

Texto e foto de Dalinha Catunda

sexta-feira, 19 de março de 2010

LAVOURA PERDIDA



Lavoura Perdida

Você foi roçado plantado,
que não cheguei a colher.
A produção estimada,
não chegou a acontecer.

Plantei sonhos, muitos sonhos!
Vi germinar a paixão.
Crendo em seus incentivos,
só colhi desilusão.

Ainda pago parcelas,
deste empréstimo fraudulento.
Seu aval sem validade,
estiou meus sentimentos.

Texto: Dalinha Catunda
Imagem: 2.bp.blogspot.com/

segunda-feira, 15 de março de 2010

ACOR DA PAIXÃO



A COR DA PAIXÃO

Tomei banho, fiquei cheirosa,
Parecia até uma rosa.
Suave em seu nascer.
Deitei-me a beira do lago,
Imaginei seus afagos,
Arrepiei-me de prazer.

A água que o vento embalava,
Refrescava minha alma,
E em sonhos traziam você,
Que dentro de tanto encanto,
Sem poder fugir ao canto,
Amou-me sem se conter.

Quando a tarde esmorecia,
O escarlate que havia,
Tingia o meu coração.
Sonhava de olhos fechados,
Acordei com um céu encarnado,
Da cor da minha paixão.

TEXTO: Dalinha Catunda
FOTO:br.olhares.com/por_do_sol_romantico_foto14237...

sábado, 13 de março de 2010

APAGÃO NO RIO DE JANEIRO


Texto Dalinha Catunda. Foto guiadicasnet

O APAGÃO

O Brasil há muito tempo,
Tem sua cota de apagão.
E o povo que atura tudo,
Aceita sempre a situação.
Mete o rabo entre as pernas
E não cobra uma solução.

Pagar a minha energia,
Mas que dever, é sagrado.
Aí de mim se não pagar!
Meu relógio será lacrado.
Deveres eu tenho muito,
Mas direitos são negados.

Cerci, ampla e light
Tudo é uma coisa só.
Dou uma pela outra,
Não sei qual é a pior,
Na cidade ou no campo,
De mim elas não têm dó.

sexta-feira, 12 de março de 2010

ATO DERRADEIRO


Texto Dalinha Catunda
Imagem: bloglog.globo.com/.../Image/camarim(2).jpg

ATO DERRADEIRO

Vou abrir minha janela
Deixar todas as mazelas
Dentro deste camarim.

Vou botar meu bloco na rua
Essa história de ser sua
Há muito chegou ao fim.

Esta onda de sofredora
Fica bem para emissora
Que transmite folhetim.

Uma pobre desencantada,
Chorando desesperada,
Imagine!
Não é papel para mim.

terça-feira, 9 de março de 2010

UMA CADEIRA CATIVA PARA GERARDO MELLO MOURÂO


Gerardo Mello Mourão, Frota Neto e Dalinha Catunda
Texto e foto de Dalinha

UMA CADEIRA CATIVA PARA GERARDO MELLO MOURÃO

Parece que foi ontem... Mas já se foram três anos.
Em nove de março de 2007, Ipueiras ficava orfã de seu mais polêmico e ilustre filho: Gerardo Mello Mourão.

“Gerardo foi: Jornalista, poeta e escritor. Era membro da Academia Brasileira de Filosofia, da Academia Brasileira de Hagiologia e do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura do Brasil. Era um dos escritores mais respeitados no exterior”

Infelizmente, Gerardo, ainda não foi devidamente reconhecido em Ipueiras, cidade que ele carregou com carinho, na cabeça, no coração e em seus escritos.
Foi grande falando de sua aldeia, mas sua aldeia não crescera o suficiente para reconhecer a magnitude deste ícone ipueirense.

Eu não conheci Gerardo de ouvir falar. Freqüentei sua casa e conversávamos, não como o mestre e a sua aprendiz, falávamos como dois retirantes nordestinos querendo palestrar.
Eu ficava encantada com sua grande cultura e sua ainda maior, simplicidade.

Tive a grata satisfação em receber Gerardo Mello Mourão, num evento cultural realizado em minha chácara na cidade de Ipueiras.
Entre amigos, parentes e políticos, o poeta saboreava comidas típicas como: baião-de-dois, paçoca de pilão, intercalados por uma cachacinha da terra. Era clara sua satisfação.

Na hora da saída, após os agradecimentos, Gerardo chamou-me reservadamente e disse-me: “Dalinha, estou indo e carregando a cadeira que sentei” E assim o fez.

Logo que voltei ao Rio de Janeiro, ele telefonou-me: “Dalinha, Venha visitar-me e ver sua cadeira”.
Fui. Qual não foi minha surpresa ao ser reapresentada a minha pobre cadeira, matuta, feita de pau e couro. Estava toda envernizada, enfeitadas com tachas, ocupando um lugar de respeito em sua sala de visitas.

Hoje queria registrar minhas saudades e o prazer indizível que foi participar de um naco da vida de Gerardo Mello Mourão que certamente terá cadeira cativa em meu coração.

segunda-feira, 8 de março de 2010

RAINHA DO CANGAÇO




Maria Gomes de Oliveira, primeira mulher a fazer parte de um grupo de cangaceiros.
Inconformada com a vida medíocre que levava e apaixonada por Virgulino Lampião, deixou a vida pacata para seguir se amor bandido.


RAINHA DO CANGAÇO
.
Maria Déa Nasceu
No dia oito de março,
E não sendo igual às outras,
Resolveu sem embaraço,
Juntar-se com Lampião,
Para viver no cangaço.
.
Virou Maria Bonita,
Parceira de Lampião
Deixou a vida pacata
Para viver a paixão
Entregou a Virgulino
Sem medo seu coração.
.
E correu pelas caatingas
Fazendo vadiação.
Era mulher corajosa,
Que usava arma na mão.
Foi rainha do cangaço,
Seu rei era lampião.
.
Em meio à violência,
Teve fim aquele amor.
Lampião foi alvejado
Num combate de horror,
Tantos tiros pipocaram
Que o chão mudou de cor.
.
Maria vendo a desgraça,
Correu para socorrer.
Mas também foi baleada
E terminou por morrer,
Nos braços de lampião
Seu eterno bem-querer.
*
O Capitão e seu bando
Tiveram triste final
Todos foram degolados
Num macabro ritual
E com Maria Bonita,
Não deixou de ser igual.
.
Salve Maria Bonita,
E sua cumplicidade.
Uma mulher de atitude
Buscando felicidade.
Amou muito e foi amada,
No mundo da crueldade. 
.
Versos de Dalinha Catunda.

quinta-feira, 4 de março de 2010

BLOG CORDEL DE SAIA


Foto do acervo do blog. Dalinha, Rosário e Madrinha Mena

BLOG CORDEL DE SAIA

Amigos,

Hoje fujo um pouquinho da rotina, para fazer um comunicado.
Eu, Dalinha Catunda, uni-me a Maria Rosário e criamos o blog: www.cordeldesaia.blogspot.com

Tanto Rosário com eu, somos membros da ABLC, Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Assim sendo, resolvemos abrir este espaço, que inicialmente parece bem feminista, mas na realidade a proposta é agregar democraticamente cordelistas de ambos o sexo.

No Cordel de Saia postaremos notícias sobre cordel, divulgaremos companheiros, curiosidade e faremos entrevistas com cordelistas e amantes dessa literatura Popular.

Gostaria de pedir a vocês que prestigiam o Cantinho da Dalinha, que dessem uma passadinha por lá e se não for pedir muito, que deixem seus comentários.

Um abraço a todos,
Dalinha Catunda

segunda-feira, 1 de março de 2010

CIDADE QUE ME SEDUZ


PARABÉNS AO RIO DE JANEIRO PELOS 445 ANOS DE VIDA.

CIDADE QUE ME SEDUZ

Cidade tão magnífica,
Teus atrativos são tantos.
Tua formosura natural
Inspira todos os cantos.
Da boca dos trovadores
Receberás os louvores,
Tu és fonte de encantos.

No alto do corcovado
Magnânimo nas alturas,
Com seu amplo abraço,
Em forma de escultura,
Destaca-se o criador
Nosso Cristo Redentor
Rei de todas as criaturas.

No cimo do Pão de Açúcar,
Encanta qualquer olhar
O Bondinho que trafega,
Passando pra lá e pra cá
Levando ledos turistas
Mostrando a bela vista,
Que é mesmo espetacular.

O Futebol nem se fala...
É um espetáculo a parte.
O desempenho da torcida
Traz um cenário de arte.
Só sei que é mesmo bonito
Ver a torcida e seu grito
Ecoando por toda parte.

Terra de gente bonita,
Da beleza bronzeada.
Terra bem hospitaleira,
Terra de gente animada.
Terra do bom Carnaval
O Rio é um cartão postal
Que me deixa arrebatada.

A violência que existe,
Não é privilégio carioca.
Em toda grande cidade,
A violência faz sua toca.
Vivo há muito nesta cidade,
E com muita felicidade
Aqui fiz minha maloca.

Texto: Dalinha Catunda
Foto: fotos-gratis-do-brasil.blogspot.com