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terça-feira, 31 de julho de 2012

DE OLHO NO MENSALÃO


DE OLHO NO MENSALÃO
*
Agosto mês de desgosto,
Outubro mês de eleição,
Será que nossa nação
Nos dará mesmo este gosto?
 Ter o supremo disposto
Pra julgar o mensalão,
Combatendo a corrupção,
Que nosso país destrói
E a honestidade rói
Infectando o cidadão.
Dalinha Catunda
*
este tema é coisa séria
e Dalinha lança um mote
uma luz no seu archote
da justiça, coisa etérea
pois a gangue deletéria
que inventou o mensalão
agora vem à questão
que não vai virar pilhéria
vamos sangrar na artéria
pela moral da nação !

Fred Monteiro
*

Pela moral da nação,
Pela ética do país
Por tudo que sempre quis
Abomino o mensalão
Esta corruta facção
Que agora será julgada
Porém se não der em nada,
Este caso virar pizza
Mando rezar uma missa
Pela moral enterrada.
Dalinha Catunda 
começa hoje sem rosto
um mês que nos mete medo
pois é cruel, sem segredo
este longo mês de agosto
e pra quem não quer desgosto
é bom se acautelar
de cuidados se cercar
preparar o matulão
pois no tal do mensalão
muita gente vai dançar
e vai lançar moda em cuba
e vai pra cuba lançar
Fred Monteiro 

Vou ver gente se tremendo,
Vou ver gente amarelando,
Até mesmo se cagando!
Assistir eu recomendo,
Pois perder eu não pretendo,
O falado julgamento
Quero ver cada argumento
De defesa e acusação
Quero ver se esta nação
Tem mesmo discernimento.
Dalinha Catunda
 
Ilustração: NANI – CHARGE ONLINE

A TERRA DE SACO CHEIO


A TERRA DE SACO CHEIO”
Airton Soares, cabra que não sossega o facho, mal acaba de lançar um livro já vai lançando outro, desta feita ele lançou “A TERRA DE SACO CHEIO”, e não é que o professor achou de me dedicar este livro! Quanta honra! Olhe só o que ele disse:
“À
Dalinha Catunda
Cordelista de primeira
E estudiosa profunda
Da cultura brasileira".

 Pois não é que este ipuense arretado ainda achou pouco e fechou a primeira crônica com meu poema, O SACO E A CESTA e só pra encardir ele botou na contracapa o mesmo poema.
Peeeense como fiquei feliz! Estou mostrando os dentes até agora.
Arre égua... Será que mereço tanto?
Espie aqui o meu poema:
O SACO E O CESTA
*
A terra de saco cheio
Sofre e pede clemência.
Vamos pensar direito,
Por a mão na consciência
Pois o que estamos fazendo
É burrice é imprudência.
*
Saudades dos cestos e cestas
Também do velho surrão...
Feitos de palhas e cipós
Um trabalho do artesão,
Que ganhava seu dinheiro
Sem causar poluição.

domingo, 29 de julho de 2012

MEU CANTO CRESCENTE

Boca da noite no meu sítio em Ipueiras-CE
MEU CANTO CRESCENTE
*
Sou lua nova crescendo
Do Jeitinho que eu queria
Assim vou resplandecendo
Nos braços da poesia.
*
Minha cantiga de amor
Eu canto na lua cheia
Porque tenho meu barqueiro
Que me chama de sereia
Com ele cato conchinhas
Que o mar sacode na areia.
*
Em noite de plenilúnio
Eu dispenso meu colchão.
No alpendre, numa rede,
 Eu me deito em meu sertão
Pra ver a lua surgindo
De prata à noite tingindo
Com seu mágico clarão.
*
Eu sou uma retirante
E da minha terra amante.
Foi numa lua minguante
Que deixei o meu rincão.
Caminhei léguas a fio
Senti sede senti frio
Mas venci o desafio,
E voltei pro meu sertão.
*
A lua é sua madrinha
Me disse mamãe um dia
Confirmou a minha tia
E acreditar me convinha,
Pois quem se chama Dalinha,
E foi no sertão parida,
É pra lua prometida
Reza a lenda do lugar.
Eu que não vou contestar!
Gosto de ser iludida.
Texto e foto de Dalinha Catunda
 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

PELEJANDO COM DALINHA


PELEJANDO COM DALINHA
*
Digo com todo respeito
de poeta pra poeta
pelejando com Dalinha
vou cumprindo minha meta
Ela tem rima na veia
na verdade não falseia
faz da vida grande reta
Fred Monteiro
 Eu topo qualquer parada
Junto com Fred Monteiro,
Com ele sou afinada
E canto em qualquer terreiro.
Quando nele baixa o santo
E vai brotando seu canto
Eu encaro o mandingueiro.
Dalinha Catunda
Quando eu canto com Dalinha
é rima pra todo lado
a viola fica rindo
nas primas dando trinado
nas dobradas dos bordões
uns dois ou três violões
preenchem com seu rendado.
Fred Monteiro
 Eu quando canto com Fred,
Festeja meu coração,
As rimas já vão saltando
Sai bem fácil a oração
Com ele canto dobrado
Feito pássaro afinado,
Patativa do sertão.
Dalinha Catunda

Fico imaginando um dia
se eu consigo encontrar
um terreiro de fazenda
pra meus versos declamar
viola apertando o peito
e eu cantador sem jeito
quase a ponto de chorar.
Fred Monteiro

Quando este dia chegar
Vai ser grande a alegria
Você cantando Ciranda
Mostrando sua poesia
Eu lá dançando e sorrindo
E meu amigo aplaudindo,
Gostando da cantoria.
 Dalinha Catunda

Com Dalinha na peleja
não tem erro nem mistério
eu canto até em igreja
na cadeia ou cemitério
não enjeito nenhum verso
danço até "repórteresso"
canto rindo e canto sério
Fred Monteiro 

Tendo Fred como par
Eu canto até em empório!
Eu canto em casa e na rua,
Em bodega e escritório
Canto na terra e no mar
Eu canto sem me cansar,
Isto é publico e notório.
Dalinha Catunda 
Quando eu esquento o quengo
a rima vem de mansinho
ela chega sem tropeço
vai vindo devagarinho
se a memória ficar turva
eu tento fazer a curva
e voltar pro meu caminho.
Fred monteiro 
 Quando chega a inspiração
Da fonte vai pra moleira,
Começo a digitação
E pego a rima primeira.
É rima entrando e saindo
Componho me divertindo
Foi assim a vida inteira.
Dalinha Catunda

Vale a pena pelejar
com poeta inteligente
que no verso popular
canta feliz ou dolente
deixando a gente seguro
de não cair num monturo
de versinho inconsequente.
Fred Monteiro

Quando tiro pra cantar,
Canto de noite e de dia.
Eu canto de manhazinha
E na hora da Ave-Maria.
Cantando faço oração
Nela peço inspiração
A Deus pai que é o meu guia.
Dalinha Catunda 

Ô minha amiga Dalinha
pode ficar à vontade
querendo cantar comigo
ou no campo ou na cidade
com mote fácil e difícil
faço qualquer sacrifício
não perco oportunidade
Fred Monteiro 

Com você fico a vontade
Fico mesmo numa boa.
Este barco não naufraga
 Não afunda esta canoa.
Eu encaro qualquer mote
De navio ou num bote
Dou meu jeito e faço loa.
Dalinha Catunda
Dalinha Catunda é
Poeta de musa cheia.
Fred Monteiro é bardo
Trago aqui uma colcheia
Versejando em sextilha
Pra coisa não ficar feia
Rosário Pinto

Na roda eu canto de tudo
mas quero rimar na trilha
pra não ficar pé-quebrado
numa quadra ou na sextilha
mas estrofe pra valer
e um cordel bom conceber
é escrito na setilha
15-Fred Monteiro
Eu quando entro numa roda,
Já garanto o movimento
Pois faz parte dos meus versos
As doses de atrevimento
Sou mulher que não se acanha
Bem dotada de artimanha,
Para seu conhecimento.
16-Dalinha Catunda
 
  Ilustração de Dalinha Catunda

terça-feira, 24 de julho de 2012

O QUE VOCÊ MAIS DETESTA?

O QUE VOCÊ MAIS DETESTA?
*
Sou Mulher de riso fácil
Dotada de bom humor
Podendo espalhar carinho
Jamais me prendo a rancor,
Mas detesto grosseria
Tenho nojo de histeria
E seja lá de quem for!
Dalinha Catunda 
Pois eu detesto também
é coisa que me apoquenta
grosseria é coisa feia
e arde que nem pimenta
quando entra pelo ouvido
pela vista ou pela venta !
Fred Monteiro 

Só que minha educação
Depende da do freguês,
Pois se ele falar  besteira
Não me calo falo três,
Caso venha a replicar
Eu mando ele se calar
E xingo mais uma vez.
Dalinha Catunda
Eu estou com a Dalinha
não engulo desaforo
eu brigo na prosa e verso
mas também brigo no Foro
então não mexa comigo
que brabo eu sou um perigo
cale a boca e engula o choro !

Fred Monteiro 
Se for pra brigar eu brigo
Só basta me provocar.
Se comigo falar alto
Vai escutar meu berrar.
Eu não gosto de intriga,
Mas entrando numa briga
Só doido vai separar.
Dalinha Catunda
 Foto do acervo Dalinha Catunda