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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Cordel na Feira da Providência

Dalinha Catunda

CORDEL NA FEIRA DA PROVIDÊNCIA
*
Na Feira da Providência
Fazendo belo papel,
Um espaço especial.
Conseguiu nosso cordel,
Nosso folheto enxerido
Que por lá será vendido
Bem exposto em painel.
*
O cordel que sempre esteve,
Nas feiras do meu sertão,
Migrou com os nordestinos
Ganhou nome, ganhou chão,
E deve ao cabra da peste
Ter saído do Nordeste,
Para encantar a nação.
*
Vender cordel numa feira,
É tarefa emocionante,
Eu que escrevo meu cordel
E desta arte sou amante,
Fazer parte desta história
Na verdade é uma glória
Para esta retirante.
*
O cordel está na feira,
No rádio e televisão,
Virou tema de novela
Conquistou esta nação,
Já virou coisa de bamba
Pois em escola de samba,
Chega como inovação.
*
Navegando na internet
“Bateu asas do sertão”
É moda também tendência
É primor e evolução
Na Feira da Providência
Eu vou prestar reverência
Ao cordel, minha paixão
*
 A Feira da Providência começa dia 30 de novembro e vai até o dia 04 de dezembro. Será no Rio Centro no Rio de Janeiro

Texto e foto de Dalinha Catunda
Visite:
www.cordeldesaia.blogspot.com
www.rosarioecordel.blogspot.com

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

UM LUGAR NO CÉU

UM LUGAR NO CÉU
*
Maria era católica,
Porém resolveu mudar
Virando irmã Maria
Esqueceu santo e altar.
E o santo de Canindé,
Que ela tinha tanta fé
Resolveu pra mãe doar.
*
A medalhinha sagrada,
Que tinha nossa Senhora
Um presente da madrinha,
Que foi dado em boa hora.
Ela tirou do pescoço,
Causando grande alvoroço
Pois dizem que jogou fora.
*
O seu marido, coitado,
Já entrou em depressão,
Pois é devoto fiel,
E de São Sebastião!
Não pode beber cerveja,
Pois caso Maria veja
Já começa com sermão.
*
Devota bem fervorosa,
Da virgem da Conceição
Não perdia uma novena
Não faltava a procissão.
Pagava promessa a pé
Era tanta sua fé,
Que ajoelhava no chão.
*
Deixou de lado o véu,
Deixou de lado missal,
O terço também deixou
Numa mudança cabal.
Um lugar no céu deseja,
E querendo que assim seja,
Cumpre novo ritual.
*
Espero que esta devota,
Beata lá do sertão,
Que usava terço e rosário
Gostava da confissão,
Que tem no nome de Pia
O nome da virgem Maria,
Tenha mesmo salvação.
 *
 Texto e imagem de Dalinha Catunda
A ilustração, é Santuario de Fátima, em Nova Fátima, município de Ipueiras - Ceará,
Visite Também:
www.cordeldesaia.blogspot.com



quinta-feira, 17 de novembro de 2011

FORRÓ DE TERREIRO


FORRÓ DE TERREIRO
*
Foi num forró de terreiro,
Que um moreno brejeiro
Arrastou-me pra dançar,
Com ele acertei o passo,
Mas me perdi em seus braços
Ao começar a bailar.
*
Firmeza tinha nas mãos
Girava que nem pião,
Eu tonta a me embriagar.
Nos braços de tal moreno,
Nem liguei para o sereno,
Que caia sem parar.
*
Dos meus pés não tive dó
Era moreno e forró
Era magia e furor.
Com ele perdi o rumo
Juntos ganhamos o mundo
Dançando a dança do amor.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda
Visite:
www.rosarioecordel.blogspot.com

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Centenário de Crateús


A cidade de Crateús comemora seu centenário, nestes meus versos ambém quero prestar minha homenagem.
PARABÉNS CRATEÚS!!!!
*
NAS CALÇADAS DO BARROCÃO

Saudades de Crateús,
Que caloroso sertão!
Mágicas noites vividas
Ao som de um violão.
A juventude enlevada
As cadeiras espalhadas
Nas calçadas do Barrocão.

Entre uma água de coco,
Um beijo e uma paixão,
Kakin cantava Hey Jude,
Dos Beatles bela canção
Espalhando a felicidade
No auge da mocidade
Nas calçadas do Barrocão.

Rosina também cantava,
E dedilhava um violão.
E assim se alternavam
Os Bonfim e os Aragão
Na bonita cantoria
Contagiante e sadia
Nas calçadas do Barrocão.

Hoje o trem de passageiro,
Já não pára na estação.
Os amigos não estão lá
Mas mora em meu coração
Uma saudade gritante
Das noites interessantes
Nas calçadas do Barrocão.

Sei que esta mesma saudade
Que mora em meu coração,
Também reside no peito
De quem teve esta emoção,
E certamente faz jus
As noites de Crateús
Nas calçadas do Barrocão.

Se eu fosse falar em todos
Encheria um vagão.
Que não mais passa na linha
Mas lotou meu coração.
Quem diz isso é Dalinha,
Que sua cadeira tinha
Nas calçadas do Barrocão.
*
Texto de Dalinha Catunda
Foto do blog: http://juniorbonfim.blogspot.com/
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

"REPUBLICA DOS RATOS"



“REPUBLICA DOS RATOS”
*
Pobre do nosso país
Que triste situação
Não sei onde irá parar
Com tanta corrupção
O povo anda cansado
Deste Brasil saqueado
Desta corja de ladrão.
*
Eu vejo a TV senado,
E presto bem atenção,
Naquelas excelências
Que ocupam o tal salão
E digo: mal empregado
O povo tá é lascado
Com este monte de ladrão.
*
E cai um ministro e dois,
É triste a situação,
Caem três e caem quatro,
E outros tantos cairão,
O quinto já se mandou,
E o próximo se lascou,
A prova tá no avião.
*
Neste reino da propina,
Meu querido cidadão,
Excelência é sinônimo,
De gatuno e de ladrão.
Nosso povo acomodado
Dará um novo reinado
A esta corja de ladrão.
*
Ilustração:geografiam.wordpress.com
Texto: Dalinha Catunda 
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CORDEL NA FEIRA DE SÃO CRISTOVÃO

Da erquerda para direita: Ivamberto, Rosário, Gonçalo, Dalinha, Mena, Fernando
Da esquerda para Direita: Chico Salles, Fernando, Sepalo
João Batista, Fernando, Dalinha
Da esquerda para direita: Ivamberto, Rosário, Dalinha, Santa Maria


Sangue Novo e Espaço Inaugurado
*
O projeto de um espaço na Feira de São Cristovão, Feira de Tradições Nordestinas, reivindicado pela ABLC, Academia Brasileira de Literatura de Cordel, adormecia em promessas e questionamentos. Ganhou sangue novo com a atuação dos acadêmicos: Sepalo Campelo e João Batista que se empenharam em brigar por este projeto desacreditado por muitos.

O Benemérito Fernando Assumpção responsável pela elaboração dos projetos da ABLC, vendo quão importante seria esta conquista para a divulgação e o crescimento do cordel, abraçou esta causa e fez malabarismos, não medindo esforços para pagar as dívidas e nos proporcionar um bonito evento onde os que acreditavam, ou não, estiveram presentes batendo palmas e se fartando com os comes e bebes que nos foi proporcionado.
O evento contou com a presença do presidente e boa parte dos acadêmicos da ABLC,

O Blog Cordel de Saia, representados pelas acadêmicas: Dalinha Catunda e Rosário Pinto, apoiadoras e incentivadoras do projeto, além de dar suporte para o benemérito e projetista Fernando Assumpção lá estiveram cobrindo o evento.
*
ww.cordeldesaia.blogspot.com
Texto e fotos de Dalinha Catunda 
Visite também:www.condeldesaia.blogspot.com

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

ACREDITE QUEM QUISER


ACREDITE QUEM QUISER

Sou guerreira, sou valente,
E sonhadora também.
Não perco meu sono à-toa,
Me amo como ninguém.

Ás vezes sou doce e meiga,
Feito flor recém-nascida.
Mas tenho os meus rompantes,
De mulherzinha atrevida.

Se às vezes engulo e calo,
Grossuras que alguém diz.
É só pra escarrar mais tarde,
Diante de tal nariz.

Não pense que tenho medo,
De enfrentar o que vier.
Eu sou pau de dar em doido,
Acredite quem quiser.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

terça-feira, 1 de novembro de 2011

EM TEMPOS DE CAJU NO CEARÀ


NA FARRA DO CAJU

Estive no Ceará por todo mês de outubro e me deliciei com castanhas e cajus, sabores que me remetem ao passado feliz em minha terra.
Encantada vi meninos brincando, subindo nos cajueiros, saboreando caju e pondo nódoa nas roupas como eu fazia antigamente.
Não tive saudades do passado, pois me misturei à molecada nesta empreitada feliz.

FARTURA DE CAJU
*
Era tempo de caju
No sertão do Ceará,
Menino assando castanha
Foi só o que vi por lá.
*
Na copa do cajueiro
Eu vi menino subir
Pegar o caju na mão
Sem ter medo de cair.
*
E tinha caju no pé,
E tinha caju no chão,
Era grande a fartura
De caju no meu sertão.
*
Menino se lambuzava
Sem ter preocupação,
Chupando caju no pé
Limpando mãos no calção.
*
Caju com seus derivados
Tem na mesa nordestina,
E provar destes sabores
É prazer, é minha sina.
*
Texto e fotos de Dalinha Catunda