Seguidores

terça-feira, 30 de novembro de 2021

A VELHA CARNAUBEIRA


 A VELHA CARNAUBEIRA

*
A velha carnaubeira,
Que se embala ao vento,
Batendo palmas revejo,
E viajo em pensamento.
.
Tua cantiga me traz
Saudades da minha rua,
Detrás de tua folhagem
Mais bela nascia a lua.
.
O teu fruto me atraia,
Chamando-me atenção.
Quando maduro caia,
Eu apanhava do chão.
.
Aquilo era feito uva
Pra menina do sertão,
Que degustava feliz,
Sabores da região.
.
No meu cavalo de pau,
Quantas vezes eu montava
Com talo da carnaúba
Habilmente eu fabricava.
.
Quero ver multiplicada,
Palmeiras no meu rincão
Como eu via antigamente
Ornamentando meu chão.
.
Escutei tua cantiga,
Teu fruto alegre comi
Pelas ruas da cidade
No meu cavalo corri.
.
Querida carnaubeira,
Companheira de infância.
Na cidade de Ipueiras
Alegraste uma criança.
.
Hoje ao ver-te solitária,
Sem perder tua beleza.
Só peço que te preservem.
Em nome da natureza.
.
Versos e foto de: Dalinha Catunda

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

DESESPERANÇA


 DESESPERANÇA

*
Entre encanto e desencanto
Vou vivendo minha vida
Às vezes bem animada
Outras vezes recolhida
Entre o concreto e a quimera
O improvável impera
Na esperança descabida.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com

SERTANEJANDO

SERTANEJANDO
*
Quando escancaro a porteira
Para entrar em meu rincão
A dona felicidade
Faz festa em meu coração
Uma brisa benfazeja
Invade essa sertaneja
Que não esquece o sertão.
*
Cada tarde é deslumbrante
Ver o ocaso acontecer
Por detrás da serra grande
Assisto o sol se esconder
Deixando um resto de luz
Crepúsculo que seduz
No dourado entardecer.
*
Tibungando em minhas águas
Eu vejo o sol desmaiar
Entre um mergulho e outro
Consigo me refrescar
E na boquinha da noite
O Aracati é açoite
Que chega com o luar.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
dalinhaac@gmail.com

 

A BAIANA DO ACARAJÉ


 

A BAIANA DO ACARAJÉ

*

25 de novembro

Dia de celebração

É dia que se festeja

Com ritos de tradição

Seguindo ofício e fé

A Baiana do Acarajé

Patrimônio da nação.

*

Versos de Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com

 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

DALINHA CATUNDA E AS PELEJAS VIRTUAIS


 

DALINHA CATUNDA E AS PELEJAS VIRTUAIS

A peleja virtual é o repente teclado que a cada dia ganha mais espaço nas redes sociais.

É uma peleja, pois segue a disputa entre dois poetas. Não é, exatamente, um repente porque temos mais tempo para pensar e responder como poeta de bancada que somos.

Vê-se com frequência a disputa de poetas através do Facebook. Muitas vezes os poetas de cordel preferem trocar versos via e-mail, messenger ou whatsApp, para depois apresentar o debate pronto.

Quando a peleja é concluída, ela é editada e postada nas redes sociais, dependendo da vontade da dupla vai para a gráfica para ser editado.

Acredito que, como mulher, sou pioneira nessa modalidade. Minha primeira Peleja Virtual, data de 10 de janeiro de 2011. Fiz em parceria com a poetisa Rosário Pinto que gostou da ideia e aceitou meu convite.

Daí pra frente abri um leque de pelejas com vários poetas, entre eles: Fred Monteiro, Rosário Pinto, Josenir Lacerda, Anilda Figueiredo, Bastinha Job, Lindicássia Nascimento, Compadre Lemos, Dideus Sales. Joames do Piauí, Hélio Crisanto, Alba Helena, Vânia Freitas, José Walter, Aldemá de Morais. Com outros tantos, tenho também a troca de versos sem síntese e sem intenção de editar.

Maria de Lourdes Aragão Catunda - Dalinha Catunda

dalinhaac@gmail.com