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sábado, 31 de março de 2012

AQUI É ATA


 AQUI É ATA!
.
Uma das frutas que gosto,
E agrada meu paladar
Ô frutinha saborosa!
Eu como sem abusar.
É conhecida por ata
Que no pé agente cata
Bem antes de madurar.
.
Se você diz que é pinha,
Eu bem sei que pode ser.
Chamar de fruta-do-conde
Também não vou rebater.
Mas aqui no meu sertão
Dá que faz lama no chão
E é ata, se quer saber.
.
Texto e foto de Dalinha Catunda

quinta-feira, 29 de março de 2012

SERTÃO DE ROUPA NOVA


 Na foto o pé de muçambê dentro do açude,
No sítio Cantinho da Dalinha em Ipueiras - Ce

SERTÃO DE ROUPA NOVA
I
Os açudes estão cheios
A natureza faz festa.
A flora sorvendo chuvas
O seu verdor manifesta.
Flores bordam a campina,
E a natureza se anima
Ao fulgor que a chuva empresta.
II
É o sertão de roupa nova,
É a caatinga reflorida.
Reaparecem as flores
O verde traz nova vida.
É o brotar da esperança
É a chegada da bonança
É a caatinga colorida.
III
A chuva faz seu milagre,
Quando molha meu rincão.
A vida brota em cores
Com a umidade do chão.
A paisagem é tão bela
Abrolha nova aquarela,
Colorindo meu sertão.
.
Texto e foto de Dalinha Catunda.

quinta-feira, 22 de março de 2012

DALINHA NO GAZETA DE NOTÍCIAS


 Também estou na região do Cariri escrevendo no Gazeta de Notícias, quer saber mais? click no link a seguir
http://jornalistaluizjose.blogspot.com.br/2012/03/gazeta-de-noticias_5169.html 

SINA DE MARIA

FLOR DE MUÇAMBÊ


Estou iniciando um novo espaço no blog, Cantinho da Dalinha onde postarei, de minha autoria, textos em verso falando sobre mulheres.
A postagem terá como título: SINA DE MARIA, pois o personagem central, levará sempre o nome Maria.
 São histórias que ouvi, vi ou vivenciei ao longo de minha vida e serão ilustradas com flores ou rosas fotografadas por mim.
Espero que os leitores gostem também deste meu projeto.

SINA DE MARIA -I
*
Maria não foi rendeira
Não aprendeu a namorar.
Morava numa fazenda
Nem deu tempo de sonhar,
E logo que embonecou
O coronel lhe estreou,
E começou seu penar.
*
Virou menina falada
Lá pras bandas do sertão
E todo mundo dizia:
É comida do patrão!
A fofoca se espalhou
A patroa lhe expulsou
Foi a sua perdição.
*
Maria saiu sozinha,
Pegando a estrada a pé.
Sem ter lar e sem apoio
Perdida perdeu a fé
Desgraçada e sem amiga.
Restou-lhe ser rapariga,
Se vender num cabaré.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

segunda-feira, 19 de março de 2012

SÃO JOSÉ E A CHUVA


Dia 19 de março é o dia dedicado a São José.
O nordestino acredita que se chover neste dia o inverno será bom trazendo grande fartura.
Viva São José!!!

SÃO JOSÉ E A CHUVA
*
Tomara que chova hoje,
Em meu querido rincão
Quero fartura de milho,
Pras bandas do meu sertão.
Apostando em São José
O santo que tenho fé.
Vou fazer minha oração.
*
Meu querido São José,
Mande chuva de verdade
Pra nascer milho na roça,
De mim tenha piedade!
 Quero pular a fogueira,
Comer milho e macaxeira,
Quero matar a saudade.
*
Texto de Dalinha Catunda
Xilo de Hamurabi Batista

quinta-feira, 15 de março de 2012

O SUMIÇO DO VAQUEIRO



O SUMIÇO DO VAQUEIRO
*
Quando o vaqueiro partiu
Minha dor doeu no peito
Com saudades do sujeito
Que minha vida floriu
Minha alegria sumiu,
E nesta situação
Olhando pro seu gibão
Eu renego meu destino
Pois meu maior desatino
Foi perder minha paixão.
*
Tão garboso ele passava
Bem em frente ao meu portão
Com uma rosa na mão,
Que beijava e me jogava.
Eu toda prosa ficava
Com aquele moço Trigueiro
Que rondava meu terreiro
E me chamava de flor,
Por merecer meu amor
Entreguei-me ao tal vaqueiro.
*
Uma viagem esticada
Ele foi e não voltou.
Meu coração palpitou,
E chorei desesperada.
Olhos grudados na estrada,
E aperto no coração
Murchava a flor do sertão
Que hoje se chama saudade
Perdeu a felicidade
Ao perder sua paixão.
*
Nem vaqueiro nem boiada,
Só saudade e solidão
Passando pela estrada
Que corta o meu sertão.
Não tem aceno de mão,
Nem levantar de chapéu,
Pois hoje mora no céu
Aquele viril vaqueiro,
Que tocava o tempo inteiro
Boiadas de déu em déu.
*
Texto: Dalinha Catunda

 Documentário ousa na montagem. “A pessoa vale pelo que é: pouco mais que ...
divirta-se.correioweb.com.br










quarta-feira, 14 de março de 2012

SAUDADE É POESIA


Hoje é o dia nacional da poesia, junto com Anízio Santos poeta de Campina Grande, canto a saudade, uma das palavras preferidas dos poetas.

ANIZIO SANTOS E DALINHA CATUNDA
CANTAM A SAUDADE
*
Até os poetas sofrem/
Quando se fala em saudade/
Este mal que nos invade/
E às vezes dela é refém/
Quando se perde um alguém/
Quanto mais um sertanejo/
Que longe dos seus ensejos/
Deixou na terra querida/
Grande amor de sua vida/
Os seus planos e desejos./
Anizio Santos
Campina Grande
*
A saudade quando bate,
Bem forte dentro do peito
É choro molhando o leito.
Naquele bate e rebate
Todo forte se abate
Cheio de lamentação,
E vai perdendo a razão,
E se acabando na dor
Chorando por um amor,
Que machuca o coração.
*
Dalinha Catunda
Rio de Janeiro
Foto:datasacomemorar.blogspot.com

terça-feira, 13 de março de 2012

SEM MEDO DE MONTAR



SEM MEDO DE MONTAR
*

Andei montando um cavalo,
Pras bandas do meu sertão.

Sua fama percorria

Toda aquela região.

Em cavalo não confio,

Porém sendo desafio,

Encaro a situação.
*
Ele me olhou de soslaio
Porém não me intimidou.

Passei a perna por cima,

A sela me acomodou

Eu gostei da montaria,

Ele bravo se exibia,

Só que não me derrubou.
*
Pra ver sua reação,
Eu enfiei o chicote.

Ele então me chacoalhou,

E disparou no pinote

Numa aventura assassina,

Segurei na sua crina

Me enroscando em seu cangote.
*
Horas me faltava céu.
Horas me faltava chão.

Hora nenhuma faltou,

Foi mesmo disposição.

Porém ele parecia,

Que aos poucos esmorecia,

Penando em minha mão.
*
Se o bruto ficou domado,
Isto não posso dizer.

Só sei que segue meu rastro

Isto posso perceber,

Escuto seu relinchar

Porém só volto a montar

Atendendo o meu querer.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

segunda-feira, 12 de março de 2012

Meu pai, Espedito Catunda de Pinho, lúcido e vivíssimo!
EITA PAU PEREIRA!!!!
*
Eita pau! Papai dizia,
Quando eu fazia besteira:
-Esta menina levada
Vai entrar no pau pereira!
Batia, sim, sem ter dó,
E descia mesmo o cipó,
Nesta morena brejeira.
*
Que meu velho era brabo
Todo mundo já sabia.
Eu menina bem levada
Sempre desobedecia
Meu pai não me alisava,
 E o quando eu aprontava,
O pau pereira comia.
*
Foto e texto de Dalinha Catunda


domingo, 11 de março de 2012

Anilda Figueiredo e Luciano Carneiro

SALVE A PRESIDENTA DO CORDEL
ACC- Academia dos Cordelistas do Crato acaba eleger nova direção para comandar essa entidade que muito tem contribuído para o crescimento e brilho do cordel.
A cada dois anos a ACC, com seu estatuto democrático, elege um acadêmico para desempenhar a função de presidente dinamizando assim a próspera Academia dos Cordelistas do Crato.
O cordel de Saia, blog que vem incentivando a mulher poeta, a mulher cordelista a mulher na cultura popular, hoje parabeniza e aplaude a nova presidenta, Anilda Figueiredo, mulher dinâmica, bem humorada que certamente fará bonito papel na Academia dos cordelistas do Crato.
Parabéns a ACC pela nova Aquisição e parabéns a Anilda Figueiredo pelo cargo de grande relevância.
Texto de Dalinha Catunda
Foto de Quéops Arsênio