O CAJU E A CASTANHA
*
Outubro é mês de caju
Em meu querido sertão.
Quando a safra é boa,
Dá tanto que cai no chão.
Totalmente seduzida
Eu sou só contemplação.
*
Vermelho e amarelo,
Alaranjado também.
Comprido, arredondado
De todo formato tem.
E transformado em suco,
É gostoso e faz bem.
*
Dele é feito o doce,
Mel, vinho e cajuína,
Produtos apreciados,
Na região nordestina.
Tudo que vem do caju
Na verdade me fascina.
*
O Caju é o pedúnculo.
A castanha é o fruto.
Não sei de qual gosto mais
Só sei que dos dois desfruto.
Sou doidinha por castanha,
Por caju e seus produtos.
*
Na folia do caju
Eu nasci e me criei.
Em flandres assei castanha,
Com seu leite me queimei.
Aventuras de menina,
Que arrebatada provei.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda
Visite também: http://www.cordeldesaia.blogspot.com/
O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
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terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
NO BALANÇO DA REDE
NO BALANÇO DA REDE
*
Você esqueceu minha rede
Veio outro e se deitou.
Esqueceu q´eu tinha sede,
Veio outro e chamegou.
*
A rede estava armada,
Mas você se desarmou.
Eu querendo ser amada
Veio outro e me embalou.
*
No vai e vem da rede
Faz zuada o armador.
Embalando a magia,
Nos acordes do amor.
*
Deixei de ninar saudades
Voltei a embalar paixão.
Na rede da felicidade.
Balança meu coração.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
Visite também: http://www.cordeldesaia.blogspot.com/
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
AGRADECENDO AOS AMIGOS
AOS AMIGOS
Aos amigos que aqui passaram,
Seus comentários deixando.
Agradeço de todo coração,
E a todos estou ofertando,
Esse ramalhete cor de rosa
De flor bela e tão cheirosa
Que de espirradeira chamamos.
Texto e imagem de Dalinha Catunda
Visite também: www.cordeldedsaia.blogspot.com
domingo, 21 de novembro de 2010
ROUBADA MAS NÃO CALADA
ROUBADA MAS NÃO CALADA
1
Amigos eu viajei,
Sem dar explicação.
Fui a minha terra
Defender o meu quinhão,
Pois lá chegou o progresso.
Causando devastação.
2
É estrada pra todo lado,
Cortando serra e sertão
E nas terras que são minhas,
O governo meteu a mão,
Sou mais uma brasileira,
Atacada por ladrão.
3
Pela frente fui roubada,
Pelo governo estadual.
Já na parte dos fundos,
Foi mesmo o municipal.
Só me faltou ser roubada
Na esfera federal.
4
Não fujo nunca da luta
Essa é minha posição.
Vou brigar até o fim,
Em minha jurisdição.
Essa corja só me cala,
Com bala no coração.
5
Foi-se o tempo do cangaço,
E dos coronéis também.
Mas ficaram os políticos,
Onde poucos são do bem.
Passam por cima da mãe
Pra conseguir o que tem.
6
Se eles não respeitam a lei
A eles não vou respeitar.
Sou mulher e sou valente,
E quem quiser me afrontar
Tenho voz e tenho espaço
Pros desmandos propagar.
7
Não se invade espaço,
Sem desapropriação.
Ganhar na marra no grito
Desculpe-me cidadão,
É coisa de cafajeste,
De golpista e de ladrão.
8
O que eu disse assino
Medo eu não tenho não.
Aqui quem está falando,
É Dalinha Aragão,
Catunda das Ipueiras,
Roubada em seu rincão.
*
Foto na janela da casa grande no meu sítio em Ipueiras-Ce
Texto Dalinha Catunda
1
Amigos eu viajei,
Sem dar explicação.
Fui a minha terra
Defender o meu quinhão,
Pois lá chegou o progresso.
Causando devastação.
2
É estrada pra todo lado,
Cortando serra e sertão
E nas terras que são minhas,
O governo meteu a mão,
Sou mais uma brasileira,
Atacada por ladrão.
3
Pela frente fui roubada,
Pelo governo estadual.
Já na parte dos fundos,
Foi mesmo o municipal.
Só me faltou ser roubada
Na esfera federal.
4
Não fujo nunca da luta
Essa é minha posição.
Vou brigar até o fim,
Em minha jurisdição.
Essa corja só me cala,
Com bala no coração.
5
Foi-se o tempo do cangaço,
E dos coronéis também.
Mas ficaram os políticos,
Onde poucos são do bem.
Passam por cima da mãe
Pra conseguir o que tem.
6
Se eles não respeitam a lei
A eles não vou respeitar.
Sou mulher e sou valente,
E quem quiser me afrontar
Tenho voz e tenho espaço
Pros desmandos propagar.
7
Não se invade espaço,
Sem desapropriação.
Ganhar na marra no grito
Desculpe-me cidadão,
É coisa de cafajeste,
De golpista e de ladrão.
8
O que eu disse assino
Medo eu não tenho não.
Aqui quem está falando,
É Dalinha Aragão,
Catunda das Ipueiras,
Roubada em seu rincão.
*
Foto na janela da casa grande no meu sítio em Ipueiras-Ce
Texto Dalinha Catunda
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