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terça-feira, 30 de novembro de 2010

O CAJU E A CASTANHA

O CAJU E A CASTANHA

*
Outubro é mês de caju
Em meu querido sertão.
Quando a safra é boa,
Dá tanto que cai no chão.
Totalmente seduzida
Eu sou só contemplação.
*
Vermelho e amarelo,
Alaranjado também.
Comprido, arredondado
De todo formato tem.
E transformado em suco,
É gostoso e faz bem.
*
Dele é feito o doce,
Mel, vinho e cajuína,
Produtos apreciados,
Na região nordestina.
Tudo que vem do caju
Na verdade me fascina.
*
O Caju é o pedúnculo.
A castanha é o fruto.
Não sei de qual gosto mais
Só sei que dos dois desfruto.
Sou doidinha por castanha,
Por caju e seus produtos.
*
Na folia do caju
Eu nasci e me criei.
Em flandres assei castanha,
Com seu leite me queimei.
Aventuras de menina,
Que arrebatada provei.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda
Visite também: http://www.cordeldesaia.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NO BALANÇO DA REDE


Foto de redes no alpendre do meu sítio em Ipueiras-Ce

NO BALANÇO DA REDE

*
Você esqueceu minha rede
Veio outro e se deitou.
Esqueceu q´eu tinha sede,
Veio outro e chamegou.
*
A rede estava armada,
Mas você se desarmou.
Eu querendo ser amada
Veio outro e me embalou.
*
No vai e vem da rede
Faz zuada o armador.
Embalando a magia,
Nos acordes do amor.
*
Deixei de ninar saudades
Voltei a embalar paixão.
Na rede da felicidade.
Balança meu coração.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
Visite também: http://www.cordeldesaia.blogspot.com/

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

AGRADECENDO AOS AMIGOS


AOS AMIGOS 
 

Aos amigos que aqui passaram,
Seus comentários deixando.
Agradeço de todo coração,
E a todos estou ofertando,
Esse ramalhete cor de rosa
De flor bela e tão cheirosa

Que de espirradeira chamamos.

Texto e imagem de Dalinha Catunda
Visite também: www.cordeldedsaia.blogspot.com

domingo, 21 de novembro de 2010

ROUBADA MAS NÃO CALADA

ROUBADA MAS NÃO CALADA

1

Amigos eu viajei,

Sem dar explicação.

Fui a minha terra

Defender o meu quinhão,

Pois lá chegou o progresso.

Causando devastação.

2

É estrada pra todo lado,

Cortando serra e sertão

E nas terras que são minhas,

O governo meteu a mão,

Sou mais uma brasileira,

Atacada por ladrão.

3

Pela frente fui roubada,

Pelo governo estadual.

Já na parte dos fundos,

Foi mesmo o municipal.

Só me faltou ser roubada

Na esfera federal.

4

Não fujo nunca da luta

Essa é minha posição.

Vou brigar até o fim,

Em minha jurisdição.

Essa corja só me cala,

Com bala no coração.

5

Foi-se o tempo do cangaço,

E dos coronéis também.

Mas ficaram os políticos,

Onde poucos são do bem.

Passam por cima da mãe

Pra conseguir o que tem.

6

Se eles não respeitam a lei

A eles não vou respeitar.

Sou mulher e sou valente,

E quem quiser me afrontar

Tenho voz e tenho espaço

Pros desmandos propagar.

7

Não se invade espaço,

Sem desapropriação.

Ganhar na marra no grito

Desculpe-me cidadão,

É coisa de cafajeste,

De golpista e de ladrão.

8

O que eu disse assino

Medo eu não tenho não.

Aqui quem está falando,

É Dalinha Aragão,

Catunda das Ipueiras,

Roubada em seu rincão.


*
Foto na janela da casa grande no meu sítio em Ipueiras-Ce
Texto Dalinha Catunda