A ARTE DE VOAR

A ARTE DE VOAR

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Sou pipa sou papagaio

Voo na imaginação

Os sonhos me deram asas

Tirei o meu pé do chão

O colorido da vida

Faz parte da minha lida

Trafego na imensidão.

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Cada sonho que desenho

Tramo pra realizar

Vou fiando meu destino

Gosto de me aventurar

De viver nunca me enfado

Por isso teço meu fado

Pra depois concretizar.

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Versos e arte de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC

dalinhaac@gmail.com.br

VIDA E MORTE

VIDA E MORTE

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LUIZ FERREIRA - LIMINHA

Essa aqui é a morada

De todos os ancestrais

Branco, preto, pobre ou rico

São do portão para trás

Poderoso e prepotente

Passou do portão pra frente,

Daqui não volta jamais...

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DALINHA CATUNDA

Amigo, eu sei que um dia

Eu também vou virar pó

Porém me prendi a vida

Dei laçada e apertei nó

Não quero virar presunto

E a cidade do pé junto

Quando eu for eu não vou só.

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LUIZ FERREIRA - LIMINHA

Minha Cara Poetisa

Eu também tô nesse pleito

Sei que vai chegar a hora

Vou partir com dor no peito

Duelarei com a morte

Somado a um pouco de sorte

Só vou se não tiver jeito...

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DALINHA CATUNDA

Pra não ir antes da hora

Eu luto com carabina

Faço trato com a morte

Para mudar minha sina

E se nada adiantar

Pra tentar aqui ficar

Ofereço até propina.

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O ANJO BOM DA BAHIA/HOJE É SANTA NO ALTAR

O ANJO BOM DA BAHIA

HOJE É SANTA NO ALTAR

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Foi fazendo caridade

Acolhendo cada irmão

Que seu nome correu chão

Irmã Dulce era bondade

Sua força de vontade

Era firme ao abraçar

Viveu para amenizar

Do pobre sua agonia

O ANJO BOM DA BAHIA

HOJE É SANTA NO ALTAR

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Mote e glosa de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC

dalinhaac@gmail.com

XODÓ NORDESTINO

XODÓ NORDESTINO

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Você gritou: Ô de casa!

Eu saí e dei bom dia

Me pediu um copo d’água

A desculpa eu conhecia

Saí quase no pinote

Fui pegar água no pote

Lhe servi com alegria.

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Você me olhava com gosto

E eu olhava pra você

Ali nascia um chamego

E nós dois dele a mercê

Eu no começo corava

Quando você me chamava

Minha flor de muçambê.

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Quando o fole da sanfona

Gemia nalgum lugar

Você trocava de roupa

Corria pra me pegar

E naquela brincadeira

No forró a noite inteira

Eu via o suor pingar.

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Teu copo grudado no meu

Meu corpo no teu grudado

O povo todo olhando

O nosso rodopiado

Não tinha naquele chão

Pras bandas do meu sertão

Um casal mais animado.

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Eu me arrumava todinha

Com meu vestido de chita

Aquela flor encarnada

Me deixava mais bonita

Você na sua paixão

Roubou pra recordação

Meu laço feito de fita.

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Era um xodó animado

Era um chamego ladino

Tinha cheiro no cangote

Coisa só de nordestino

Ao som de xote e baião

Embalamos a paixão

Era um chamego bem-vindo.

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Versos e fotos de Dalinha Catunda cad. 25 da ABLC

dalinhaac@gmail.com

CUIDE DE SEU IDOSO

CUIDE DO SEU IDOSO

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Quem tem o seu idoso

Consciência deve ter.

Cuidar dele com carinho,

É obrigação, é dever.

Ter zelo, ter paciência,

E também tomar ciência:

Todos vão envelhecer.

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Não maltrate um ancião

Que já não sabe o que faz

Mas que foi seu alicerce

E já foi muito capaz

Já lhe deu casa e comida

Mas antes lhe deu a vida

E merece enfim ter paz.

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Cada vez que a paciência,

Fugir do seu coração

Reze, reflita e pense,

Não faça judiação

Pois quem não morre envelhece

E quase sempre padece

Sofrendo de mão em mão.

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Não se esqueça de lembrar

De quem de você lembrou.

Nos verdes anos da vida

De você sempre cuidou.

Mesmo hoje sem memória

Faz parte da sua história,

Que o tempo não apagou.

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Versos e fotos de Dalinha Catunda