A JUREMA É PRA CARVÃO
*
Estaca não me ofereça,
Que não tenho precisão.
Quando cerquei meu roçado
Eu cerquei foi com mourão!
E pra você não pular
Na cerca mandei
plantar
Muita urtiga e
cansanção.
*
Aqui na minha fazenda
Tem angico e imburana,
Não me falta sabiá,
Só não quero é pé de cana...
Não venha com: ora poxa!
Porque sua jurema roxa
Aqui não é soberana.
*
Para falar a verdade
E acabar a discussão,
A tal da jurema roxa
Só serve para carvão.
Eu não tenho fogareiro,
E só uso marmeleiro!
É a lenha meu fogão.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda.
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