O
QUE FAZ A CARESTIA DA CARNE?
*
Fui
com marido ao açougue
Lá
cheguei a me zangar
Pois
vendo o preço da carne
Começou
a resmungar
Desse
preço compro não
Como
é bife do “oião”
E
danou-se a reclamar.
*
Ele
cheio de argumento
Falava
e dizia assim:
A
gente come feijão,
E
farofa de “toicim,”
Deixe
logo de ora pois
Também
tem baião de dois
E
isso tá bom pra mim.
*
Eu
saí batendo pé
Sem
querer me conformar
Zangada
que nem o cão
Esse
cabra vai pagar
Eu
fiz como ele queria
Contudo
a minha alegria
Ele
conseguiu quebrar.
*
Quanto
chegou a noitinha
Que
a gente foi se deitar
Virei
de costas pra ele
E
ele a me cutucar
Querendo
carne comer
Eu
disse: Tu vais morrer
Mas
carne não vou te dar.
*
Durante
o dia eu sonhei
Com
costela e costeleta
Ele
querendo poupar
Já
deu uma de ranheta
Quando
apertou a vontade
Deixei
ele na saudade
Dispensei
sua baioneta.
*
Foto
e versos de Dalinha Catunda
Cad. 25 da ABLC
Idealizadora e gestora do blog Cordel de Saia
Um comentário:
ahahahah. Queres carne? Pois... de graça não levas ( ou comes ) não.
.
Abraço
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