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quinta-feira, 2 de maio de 2013

BARRO DO AGRESTE


BARRO DO AGRESTE
*
O barro tem sua história
E atravessa gerações
Inda hoje é encontrado
Porém em decorações
Ou nas feiras nordestinas
Que seguem velhas rotinas
Preservando as tradições.
*
Quem no nordeste nasceu
Quem no interior morou
Bebeu água de cacimba
Do caneco não escapou
Era gente sem fricote
Que bebia água de pote
E não nega que tomou.
*
Tomei água de quartinha
Penico cheguei a usar
Nossa louça era lavada
Dentro de um alguidar
O café era torrado
Em um caco apropriado
Costume do meu lugar.
*
Recordo a velha tacha
Nos banhos do meu rincão
Uma vasilha de barro
Que colocada no chão
Pro banho da meninada
De água era abarrotada
Puxada do cacimbão.
*
Era a panela de barro
Que cozinhava feijão,
Nela hoje inda se faz
Peixe cozido e pirão
Procuro na minha mente
E trago para o presente
Costumes do meu sertão.
*
Eu também fui modelada
Neste barro nordestino
Onde enterrei meu umbigo
Plantando assim meu destino
Viver distante do agreste
Sendo barro do Nordeste
Confesso não me imagino.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

7 comentários:

Paulo Francisco disse...

Fincada na terra e crescendo olhando pro céu.
Um beijo grande

Eu Nos e os Sinos disse...

Poesia é assim
en
can
ta
men
to
puro.
Bjks

Cantinho de Poesia disse...

Encantada com suas poesias...

www.curtindoumpouquinhodepoesia.blogspot.com disse...

Encantada com suas poesias...

Dalinha Catunda disse...

Olá Paulo,
Obrigada pela visita acompanhada de palavras tão bonitas.
Meu abraço.

Dalinha Catunda disse...

Eu, nos e os sinos,
Pois é, com pequenas palavras se diz muito.
Meu abraço.

Dalinha Catunda disse...

Profª Fatuca,
É um prazer receber sua visita.
Passei em seu Cantinho de Poesia e gostei!!!
Meu abraço