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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

CENA NO AEROPORTO

CENA NO AEROPORTO
Era domingo, estava eu no aeroporto em mais uma de minhas muitas viagens ao Ceará. No caminho para a fila de embarque deparei-me com uma moça que com as mãos no rosto chorava copiosamente.  Olhei mais uma vez e segui...
 A fila andava... A minha frente um moço de semblante triste, aparentando a mesma idade da jovem, acompanhava-a com o olhar. De repente ela corre e soluçando se atira nos braços do rapaz. Ele carinhosamente aconchega a moça em seus braços retardando a separação. Despedem-se e ele segue para sala de espera.
O que assisti ali me aliviou tanto a alma! Nestes tempos de “ficantes” e amores descartáveis, onde se troca de par como quem troca de roupa, eu que ainda sou romântica, vendo aquela cena comovente, transportei-me ao passado e recordei: o cortejador, as velhas paixões, os antigos amores, o psiu, o flerte, as flores, a conquista, e as contagiantes serenatas. Que saudades!
Peguei o avião com aquela imagem na cabeça e na certeza que apesar da liberdade feminina, da insegurança do homem, do modernismo e da inconstância dos pares, as bonitas histórias de amor ainda sobrevivem neste planeta.
Texto de Dalinha Catunda
Foto www.esperança.com.br
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3 comentários:

Anônimo disse...

Toda forma de amor é valida, desde os ficantes até os morrentes de amor.
O amor é infinito enquanto dura. Não seja tão exigente e tão dura com os ficantes. O mundo não é só dos conservadores.

Eduardo

Anônimo disse...

Tomando emprestado do poeta:

E a gente vive junto
E a gente se dá bem
Não desejamos mal a quase ninguém

E a gente vai à luta
E conhece a dor
Consideramos justa
Toda forma de amor

Dalinha Catunda disse...

Olá Eduardo,
Concordo plenamente com você,toda forma de amor é válida, isso não impede que eu fique de boca aberta com uma cena que achei linda e resolvi retratar em minha prosa.
Quanto aos ficantes eu simplesmente admiro e aplaudo, pois feliz de quem se livra de preconceitos e medos para viver com liberdade os seus amores.
Dalinha