CORDEL E CUIDADOS
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Tem coisa que não entendo
E nunca vou entender
Cordel é literatura
Estou feia de saber
E para ser cordelista
E ter seu nome na lista
Cordel se deve escrever!
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Não chega a ser tão difícil
Rimar e metrificar.
Coerência na oração
Isso não pode faltar.
Sempre serei aprendiz,
Mas se melhorar eu quis,
Achei por bem estudar.
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Cordel vem da oralidade
E pode continuar
Com os novos aparatos
Que a mídia vem ofertar
Sendo falado ou cantado
Deve sim ser respeitado
Regras é bom adotar.
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Pé quebrado desabona
Qualquer cordel de verdade
Sem adotar elisões
Não existe qualidade
Rimar Pará com lugar
E plural com singular
Isso é inabilidade.
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Não quero ser antipática
Apenas quero ajudar
Quem quiser ser cordelista
Bom mesmo é se preparar
Cordel não é quantidade
E deve ter qualidade
Quero apenas alertar.
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Não sou dona da verdade
Gosto muito de aprender
Quantas vezes eu recorro
A quem pode me valer
Ensinando e aprendendo
Assim é que vou vivendo
E aprendiz sempre vou ser.
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Versos e foto de Dalinha Catunda
3 comentários:
Boa produção, parabéns.
Feliz dia da mulher, Cordelista Dalinha!
Muito obrigada, Glauber. Meu abraço.
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