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segunda-feira, 28 de maio de 2018

Meu verso é como semente/Que brota em cima do chão.


DÃO DE JAIME
Nasci nos anos sessenta
A dezassete de agosto
Pra conquistar o meu posto
Nunca andei de marcha lenta
Meu verso é como pimenta
É quente que nem vulcão
Se compara ao furacão
Tem a força duma enchente
MEU VERSO É COMO A SEMENTE
QUE BROTA EM CIMA DO CHÃO
*
DALINHA CATUNDA
Nasci nos anos cinquenta
Fui criada com angu
Agora digo pra tu
E bem no talo da venta
Quando meu mingau esquenta
Bato até em fanfarrão
Que xinga e coça o culhão
Sem tirar nada da mente
MEU VERSO É COMO A SEMENTE
QUE BROTA EM CIMA DO CHÃO
*
DÃO DE JAIME
Eu nasci pra ser assim
Esse dom foi deus quem deu
Até hoje não nasceu
Poeta pra dar em mim
Se nasceu já levou fim
Foi pra outra dimensão
O meu signo é de leão
Meu veneno é de serpente
MEU VERSO É COMO A SEMENTE
QUE BROTA EM CIMA DO CHÃO
*
DALINHA CATUNDA
O meu verso é feito flor
Que tem cheiro e tem espinho
Cantador no meu caminho
Eu peço, faço o favor!
Me chame de meu amor
Não me faça raiva não
Pois eu sou de escorpião
Quando brigo boto é quente
MEU VERSO É COMO A SEMENTE
QUE BROTA EM CIMA DO CHÃO.
*
Versos de Dalinha Catunda e Dão de Jaime
Mote de Dão de Jaime



Um comentário:

" R y k @ r d o " disse...

Maravilhoso, divino, fabulosa forma de fazer poesia. Amei-.--
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Pensamentos Vadios
.
Deixando cumprimentos.