Ilustração de: Fernando Brito
A Lenda Da Cobra Grande
Contam que há muito tempo atrás, entre Ipu e Ipueiras, vivia uma velha senhora, possuidora de muitos bens e dona de grande maldade.Todos afirmavam que ela era muito ruim com os empregados, uma verdadeira cobra.
Certo dia ela caiu doente. Idade avançada e o tempo que não perdoa, entrevara a velha numa cama. Por um bom tempo ela ficou nesse morre-não-morre.
Filhos, netos, noras todos cobriam a velha senhora de atenção, até porque, sabiam que seu fim se aproximava.
Uma noite quando todos já haviam se recolhido, ouviu-se um grito, era um dos Netos que tivera uma espécie de pesadelo. No sonho sua avó aparecia aos gritos entre chamas sendo queimada numa grande fogueira.
Na manhã seguinte o rapazinho foi até a avó e pediu que ela se arrependesse de seus pecados, ela, mesmo a beira da morte falou para o Neto: __ deixe de besteira!!!.
Em pouco tempo a velha morreu, sem ao menos receber a extrema unção.
Depois de certo tempo, esse mesmo Neto saíra para caçar. Ouviu um barulho e bem rápido apontou a espingarda para atirar. Na sua mira uma cobra, quando quis apertar o gatilho, ouviu uma voz:da minha rama murcha ninguém puxa. Reconheceu naquela voz, a voz de sua avó, e teve certeza que a voz saíra daquela cobra que de cabeça erguida o observava atentamente.
A partir deste dia, ele passou a voltar ao mesmo lugar e trazer carne para a cobra. Um dia um quilo, outro dia dois, três, e ela não mais se satisfazia com o que ele trazia para sua alimentação. Aí, ele passou a trazer cabrito, bezerro e ela comendo e crescendo. Cresceu tanto, cresceu tanto, que apavorava a todos nas redondezas.
O pior é que matar, não podia, conforme a lenda, só uma coisa acabaria com a raça daquela cobra. O lodo do mar. E como fazer para levá-la até o mar? Resolveram que fariam uma grande jaula, colocariam a serpente dentro e atrelariam a jaula ao trem que passava naquelas imediações para acabar de vez com aquele tormento.
E assim foi feito. Numa jaula enorme com porta na entrada e na saída, eles colocaram uma criança devidamente treinada para atrair a cobra. A criança entrou e a cobra faminta foi atrás. Assim que a criança atravessou a jaula e saiu, eles fecharam a porta, quando a cobra grande acabou de entrar eles fecharam a outra. Concluindo essa difícil parte da tarefa, a missão seguinte foi despachar a cobra grande rumo ao mar para que seu lodo se encarregasse de dar fim naquele ser monstruoso em forma de cobra gigante.
Dalinha Catunda
Ipueiras-Ce
Contam que há muito tempo atrás, entre Ipu e Ipueiras, vivia uma velha senhora, possuidora de muitos bens e dona de grande maldade.Todos afirmavam que ela era muito ruim com os empregados, uma verdadeira cobra.
Certo dia ela caiu doente. Idade avançada e o tempo que não perdoa, entrevara a velha numa cama. Por um bom tempo ela ficou nesse morre-não-morre.
Filhos, netos, noras todos cobriam a velha senhora de atenção, até porque, sabiam que seu fim se aproximava.
Uma noite quando todos já haviam se recolhido, ouviu-se um grito, era um dos Netos que tivera uma espécie de pesadelo. No sonho sua avó aparecia aos gritos entre chamas sendo queimada numa grande fogueira.
Na manhã seguinte o rapazinho foi até a avó e pediu que ela se arrependesse de seus pecados, ela, mesmo a beira da morte falou para o Neto: __ deixe de besteira!!!.
Em pouco tempo a velha morreu, sem ao menos receber a extrema unção.
Depois de certo tempo, esse mesmo Neto saíra para caçar. Ouviu um barulho e bem rápido apontou a espingarda para atirar. Na sua mira uma cobra, quando quis apertar o gatilho, ouviu uma voz:da minha rama murcha ninguém puxa. Reconheceu naquela voz, a voz de sua avó, e teve certeza que a voz saíra daquela cobra que de cabeça erguida o observava atentamente.
A partir deste dia, ele passou a voltar ao mesmo lugar e trazer carne para a cobra. Um dia um quilo, outro dia dois, três, e ela não mais se satisfazia com o que ele trazia para sua alimentação. Aí, ele passou a trazer cabrito, bezerro e ela comendo e crescendo. Cresceu tanto, cresceu tanto, que apavorava a todos nas redondezas.
O pior é que matar, não podia, conforme a lenda, só uma coisa acabaria com a raça daquela cobra. O lodo do mar. E como fazer para levá-la até o mar? Resolveram que fariam uma grande jaula, colocariam a serpente dentro e atrelariam a jaula ao trem que passava naquelas imediações para acabar de vez com aquele tormento.
E assim foi feito. Numa jaula enorme com porta na entrada e na saída, eles colocaram uma criança devidamente treinada para atrair a cobra. A criança entrou e a cobra faminta foi atrás. Assim que a criança atravessou a jaula e saiu, eles fecharam a porta, quando a cobra grande acabou de entrar eles fecharam a outra. Concluindo essa difícil parte da tarefa, a missão seguinte foi despachar a cobra grande rumo ao mar para que seu lodo se encarregasse de dar fim naquele ser monstruoso em forma de cobra gigante.
Dalinha Catunda
Ipueiras-Ce
7 comentários:
São estes resgates que fazem as narrativas de Dalinha cativarem, não só pelo que conta mas como conta. A poetisa e escritora é uma rica fonte destes "causos".
Bérgson Frota
Essa é de dar medo, Dalinha. Mas a mensagem é edificante. Ser bom nos levará à salvação. Caso contrário, ficaremos penando, até na forma de cobra, assustando os pobres mortais ficantes.Meus cumprimentos por mais esta interessante lenda. E vamos colecionando...
eu so especialista de lendas de cobra e essa foi a mais sem graça...
gostei muito
legal leiam
meu nime e mayara eu goatei muito dessa lenda...ela e muito interesante...
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