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segunda-feira, 31 de março de 2008

A Magia das Chuvas


A Magia das Chuvas

Quando as torres do nascente
No céu começam a subir,
O nordestino se alegra,
Fica feliz a sorrir.
É sinal que a chuva esperada
Não vai demorar a cair.

Quando o céu escurece,
O povo agradecido,
Aumenta as suas preces.
De oração em oração
Vê a chuva molhar o chão
Que de umidade carece.

É água pra todo lado,
É muito sapo a coaxar,
Vegetação vestindo verde,
É o inverno a chegar.
É a esperança brotando,
No chão do meu Ceará.

O agricultor com a enxada
Cantarola pelo caminho.
A rolinha acasalada
Na árvore ajeita seu ninho.
O gado pasta com gosto,
Gorjeiam os passarinhos.

É tempo de alegria,
É tempo de plantação,
Mais um pouco na panela,
Fartura de milho e feijão
É inverno e vida nova,
Chegando ao meu sertão.

Só sabe, mesmo, da alegria,
Da água molhando o chão,
Quem, como eu, já morou
Lá pras bandas do sertão,
E viu a seca inclemente
Queimando o seu torrão.


Poema de Dalinha Catunda publicado no jornal "O Povo" em 12-04-2008.
Foto do jornal o"O Povo"

3 comentários:

CHICO PARNAIBANO disse...

Oi Dalinha,

Tá muito bonito pra se ler de uma só vez.
Vou ler de pouquin no decorrer da semana.

CHICO PARNAIBANO
-Porque é bom ser do IPÚ

Oliver Pickwick disse...

Mais nordestino, impossível! Os versos estão impregnados do legítimo mandacaru.
Vida longa ao povo nordestino, esta boa gente cortês, exemplo de resistência e criatividade.
Beijos!

Anônimo disse...

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lolikneri havaqatsu