Foto do meu sítio em Ipueiras-Ceará
SERTÃO VERDE*
O sabiasal florou,
A jurema enverdeceu,
Com a chuva na caatinga,
O verde reapareceu
A campina verdejante
É deveras deslumbrante
Mostrando seu apogeu.
*
À noite os vagalumes
Brilham na escuridão
O coaxar de sapos
Ecoa na imensidão
Canta sapo, rã e jia,
Demonstrando alegria
De ver chuva no sertão.
*
Na beira do açude
É grande a animação,
A jaçanã e o socó
Estão sempre de plantão.
A garça fica rondando
E o campina voando
Junto com o azulão.
*
Quando a caatinga brota,
Brota o encanto também
O canto do galo bem cedo
Me enleva, me leva além.
A alegria é constante
Na campina verdejante
Onde a chuva só faz bem.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda
16 comentários:
Olá amigos,
Estou aqui em Ipueiras-Ce onde a chuva é sinônimo apenas de alegria.
Lamentando,e muito! a tragédia do Sudeste.
Meu abraço carinhoso a todos,
Dalnha
Um belo sitio Dalinha. A chuva no sertão sempre é bem vinda. O Nordestino para ao ver a mata verde e frondosa, muita água nos rios, riachos e açudes. Os animais também vibram de alegria. A natureza é mesmo um encanto.
Grande abraço.
Dalinha,
Mais um belo e sensível poema teu, direto do sertão, para a selva de concreto deste paulistano que mal se lembra qual foi a última vez que viu um sapo.
bjos
Cesar
Caríssima, Dalinha...
Li o belo "Sertão Verde". Fiquei muito maravilhado. Ao mesmo, creio que, nesse dia em que ando agunstiado, que a maioria jovem não quer se ater(?) aos sertões verdes que nos cercam. O mundo os tranforma em "modelos" de um desfile de vaiades, em que não há lugar para olhar as belezas do mundo. Resolvi pedir auxílio as tuas musas pra escrever um cordel nesse dia, espero goste:
Quem dera juventude
Tanto tempo adiante
Que se passa logo
Não dura um instante
Fosse ver o sertão
de Padre Cícero Romão
De um verde deslumbrante
Mas a juventude caiu
Na mesa dos coronéis
Hoje é descascada
Pelos dedos e anéis
Dos quem não amam
A terra onde andam
E a ela são infiéis
Outrora era semiárido
O terreiro pra brincar
Via-se o céu limpo
Ouvia-se o canto sabiá
Banhava-se no açude
Um sereno amiúde
E chuva pra tudo vicejar
Quero guardar em mim
Todo o meu sertão
Seja em verso no papel
E dentro de meu coração
Pra a juventude lembrar
E memória não faltar
Sobre a vida deste chão.
Valdemar Neto Terceiro
Ipu, 23/01/011
Beijos, Dalinha...
Dalinha: O Sertão deve ser um belo sitio, gostei do teu poema mais uma homenagem a chuva, que ai fazer crecer as coisas, mas para a zona do Rio causou uma tragedia, tenho rezado todos os dias pelos que partiram e por todos os que sofrem esta tragédia.
Beijos
Santa Cruz
Que maravilha Dalinha, é bonito apreciar esta paisagem nordestina tão verdinha.
Abração.
Oi, Dalinha! Como está lindo o seu poema!Amo a natureza e hoje sinto muita falta de um sitio para finais de semana.Meus pais e meus sogros já foram proprietarios rurais, mas com a morte deles tudo se desfez, deixando apenas saudades. bjos!
Lindo Dalinha e a chuva aí é alegria...Precisam dela! beijos,e estou em férias, por isso, passando menos e não postando as lindas interações(a conexÃO É TRIIIIIIIIIII LEEEEEEEEEEENTA!!!)
BEIJOS,CHICA
Dalinha, o que é mais lindo em você é este seu amor pela sua terra, e seus ecos pelo sertão.
Agora... sobre 'sapos', amiga... quero ver só de longe, ou então saber deles apenas nos seus versos.
beijos.
Tais Luso
Dalinha, é um prazer imenso poder ler seus versos SERTÃO VERDE, onde ainda apreciamos a bela imagem do seu recanto na natureza do Sertão,
PARABÉNS, e agradecida com seu contato,
Efigenia Coutinho
Olá Dalinha tudo bem?
Estive afastado das atividades do blog por motivos de força maior, mas não poderia deixar de passar aqui para agradecer por seu carinho, visita e comentário. Acredite, são essas atitudes dos amigos que me dão forças para continuar por aqui. bjs saúde e paz!
Olá, Dalinha!
Entrei para conhecer seu blog e seu perfil e desejar-lhe um óptimo 2011. Lindo lugar esse onde você mora que a inspira a fazer belas rimas molhadas de emoção...
Queria também deixar um pensamento talvez tolo, mas interessante para quem gosta de questionar o legado dos nossos antepassados:
Há pouco mais de um mês que celebrámos o Natal e... sabia que o Natal não existe? Curioso, não é?
Pois: o Natal foi inventado pela Igreja para “cristianizar” as festas pagãs em honra dos deuses solares, Mitra e outros, que se celebravam, por todo o império romano, ao redor do solstício de Inverno, como início do renascimento para uma vida nova, a da Primavera. Teve o seu aparecimento no s. IV, na Igreja Ocidental (25 de Dezembro – calendário Gregoriano) e no s. V na Oriental (7 de Janeiro – calendário Juliano). A narrativa do nascimento de Jesus de Mateus, ampliada por Lucas (nada sendo referido nem em Marcos nem em João), uma e outra são puras invenções sem qualquer credibilidade histórica nem qualquer verosimilhança (No inverno, os pastores não dormem ao relento...) Portanto, o Menino Jesus do catecismo não existiu. Muito menos o Deus Menino! E o mundo inteiro festeja algo de inexistente... Dá que pensar, não dá? (Ver mais no meu blog “Em nome da Ciência”, onde escrevo às segundas-feiras, e cujo acesso é: http://ohomemperdeuosseusmitos.blogspot.com)
Agora, associando-me ao luto de nossos irmãos brasileiros e fazendo votos para que semelhantes tragédias não voltem a acontecer aí no país irmão, uma outra ideia: apesar das catástrofes que vão acontecendo pelo mundo, com muita probabilidade provocadas pelas alterações climáticas e ambientais devidas à acção do Homem, o mesmo Homem, através dos seus governos subjugados aos interesses económico-financeiros de alguns (5% da população mundial, isto é, os que detêm 95% da riqueza produzida à face da Terra), não vai pôr-lhe cobro; preferirá assistir a novas catástrofes em que, como de costume, os mais fracos e pobres são os que irão continuar a sofrer. Inutilmente! Há que lutar para mudar estes sistemas e estes modelos não só políticos mas também económico-financeiros. Como? – Ver no meu blog, sempre com novidades às segundas-feiras, “Ideias-Novas” cujo acesso é: http://ummundolideradopormulheres.blogspot.com
Francisco Domingues
Amei, pois é a cara do presente! No ceará, muita chuva graças à Deus. E canto dos passarinhos, o coxoa dos sapinhos... hummmm... tão gosto ouvir.
DALINHA... ORGULHO-ME DE PODER PATICIPAR DO SEU BLOG E ACOMPANHAR ESEE VASTO MUNDO DA CULTURA POPULAR QUE VOÇÊ POSSUI, SOU SEU ADMIRADOR E FIEL LEITOR. TAMBÉM COMO VOÇÊ ME ARRISCO, MODESTIAMENTE, A CRIAR ALGUNS VESSOS E RIMAS, E GOSTARIA QUE VOÇÊ FOSSE MEU PARCEIRO NO SEU BLOG, JÁ SOU DO SEU. ÊIS O END: (www.jataovaqueiro.blogspot.com)
UM ABRAÇO. JATÃO
Olá Dalinha!
Encantada com seus poemas e com a delicadeza e sensibilidade que vc tem ao nos mostrar o sertão.
Permita-me estar sempre por aqui para deleitar-me em seus versos maravilhosos.
Parabéns!
Bjs
Lelê
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