O PINTO ENJEITADO
Eu vi Renato chegando
Trazendo um pinto na mão,
E dizendo que o bichinho
Precisava de ração,
Porém quando olhei de lado
Que vi o pinto pelado
Quase solto um palavrão.
*
Disse-me que todo galo
Já foi pinto no passado
Alisando sua penugem
Olhava para o meu lado
Eu morrendo de gastura
Diante da criatura,
E vendo o pinto alisado.
*
Se galo um dia foi pinto,
Isto não quero saber,
Só vou botar a mão nele,
Se o bicho desenvolver
Por isso leve seu pinto
Pelo que vejo e pressinto
Este aí não vai crescer.
*
Renato contrariado,
Saiu sacudindo pinto
E mesmo bem desgostoso
Adentrou outro recinto
O pinto mesmo encolhido
Por outra foi acolhido
Mesmo não sendo distinto.
*
Texto e ilustração de Dalinha Catunda
4 comentários:
rssssss..Adoro te ler e esses teus cordéis com duplo sentido, lindos! beijos,chica
O pinto enjeitado
Eu o vi na capoeira
No poleiro sossegado
A olhar para a ratoeira
Seu pescoço pelado
Canta logo pela manhã
Não gosta de ser contrariado
Pelo coaxar da rã!
Ele canta à hora certa
Para ninguém se atrasar
As galinhas ficam alerta
Os seus ovos a chocar!
Boa noite para você,
amiga Dalinna,
um abraço
Eduardo.
Olá Chica,
Cheguei domingo do Ceará, logo, logo estarei lhe visitando. Obrigada pelo comentário e o carinho de sempre.
Beeeeijos!!!!
Olá Eduardo,
É sempre muito bom, ter o amigo por aqui, deixando seus versos e marcando presença.
Meu abraço,
Dalinha
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