Em Nome do Jatobá
Em Tempos de Meio Ambiente nada melhor me ocorre do que falar do meu velho e querido Jatobá. Rio de minha infância, de minha mocidade e de minha eternidade, pois mesmo quando eu estiver em outro plano minhas palavras permanecerão a enaltecer esse rio que ficou tatuado em meu coração.
O Jatobá rio que serpenteia a cidade de Ipueiras mora nos versos de Costa Matos, de Kideniro Teixeira, de Maurício Moreira, nos versos de Jeremias, nos contos de Frota Neto, nas crônicas de Bérgson Frota, Marcondes Rosa e no coração de cada um, que deu bundacanasca, jogou cangapé e feliz timbungou em suas águas.
Hoje o Jatobá, inspiração de poetas e escritores da terra, mais do que nunca carece da palavra dos que tem voz ativa. Pois o Jatobá dos “álacres banhos” da alegria da criançada se restringe a meras lembranças. A poluição, o desmatamento, a retirada insensata da areia vem degradando nosso rio que hoje não é mais nem sombra do que fora passado.,
Ainda temos oiticicas, ingazeiras, carnaubeiras, pau-d’arco, babaçu, angico, jurema, sabiá e muitas outras árvores que margeiam o rio, e ainda podem ser salvas. Cabe a cada um de nós fazer o que tiver a nosso alcance para que não se destrua o que restou de nossa fauna e flora. Combater as caçadas, esporte apreciado por muitos, e preserva a natureza para o bem de nosso futuro.
Em Tempos de Meio Ambiente nada melhor me ocorre do que falar do meu velho e querido Jatobá. Rio de minha infância, de minha mocidade e de minha eternidade, pois mesmo quando eu estiver em outro plano minhas palavras permanecerão a enaltecer esse rio que ficou tatuado em meu coração.
O Jatobá rio que serpenteia a cidade de Ipueiras mora nos versos de Costa Matos, de Kideniro Teixeira, de Maurício Moreira, nos versos de Jeremias, nos contos de Frota Neto, nas crônicas de Bérgson Frota, Marcondes Rosa e no coração de cada um, que deu bundacanasca, jogou cangapé e feliz timbungou em suas águas.
Hoje o Jatobá, inspiração de poetas e escritores da terra, mais do que nunca carece da palavra dos que tem voz ativa. Pois o Jatobá dos “álacres banhos” da alegria da criançada se restringe a meras lembranças. A poluição, o desmatamento, a retirada insensata da areia vem degradando nosso rio que hoje não é mais nem sombra do que fora passado.,
Ainda temos oiticicas, ingazeiras, carnaubeiras, pau-d’arco, babaçu, angico, jurema, sabiá e muitas outras árvores que margeiam o rio, e ainda podem ser salvas. Cabe a cada um de nós fazer o que tiver a nosso alcance para que não se destrua o que restou de nossa fauna e flora. Combater as caçadas, esporte apreciado por muitos, e preserva a natureza para o bem de nosso futuro.
Jatobá Pede Socorro
Eu sou um pobre Rio,
Chamado Jatobá.
Aquele, que na infância,
Costumava lhe banhar.
Veja o meu estado.
Repare como estou.
Com águas tão poluídas,
Perdi o meu esplendor.
Já fui um dia um rio,
De águas claras e transparentes,
Onde peixes de muitas espécies,
Nadavam alegremente.
Já matei a fome de muitos,
Que pescavam em meu leito.
Acho que em minha vida,
Sempre fui um bom sujeito.
Já fui água corrente.
Também água de cacimba.
Por tudo que fui um dia,
Mereço uma melhor sina.
Preservem as minhas margens,
Para que eu possa viver contente.
Com poluição e desmatamento,
Serei apenas um rio doente.
Jatobá
Jatobá ainda menina,
Em tuas águas me banhei.
Sentada às tuas margens,
Mocinha eu namorei.
Quando o rio dava enchentes,
Dá saudades de lembrar.
Dos galhos da oiticica,
Pulava no Jatobá.
Menino pulava da ponte,
Fazendo pirueta no ar.
Caindo de braços abertos,
No fundo do Jatobá.
Jatobá quantas saudades,
Vaga dentro do meu ser.
Quantas vezes tu lavastes,
A seiva do meu prazer.
À sombra de tuas árvores,
Deitava-me a desfrutar,
O sopro de um vento lascivo,
Gostoso a me acariciar.
Aquilo era um paraíso,
Perdeu quem não esteve lá.
Lavando o corpo e a alma,
Nas águas do Jatobá.
S.O.S JATOBÁ
Esta é uma lenda antiga,
Que corre no meu lugar.
Gira de boca em boca,
mas vale a pena lembrar:
Quem nasce em Ipueiras,
E bebe do Jatobá,
Pode dar voltas no mundo.
Mas sempre retornará.
Meu barquinho de papel,
Jogado na correnteza,
Aos meus olhos de menina,
Não havia maior beleza.
Menino pescava de litro,
Outras vezes de landuá,
Escondido atrás das moitas,
Ficava a me espiar.
Nunca perco a esperança,
Nem deixo de me encantar.
Com tudo que me fez feliz,
E pra todo o sempre fará.
Tomar banho lá na volta.
Tomar banho no Angelim.
Nas crôas do seu Esmeraldo,
Ou nas crôas do Matim.
Tudo isso é sonho distante,
E eu peço a população.
Não deixe que o Jatobá,
Seja apenas recordação.
Não matem nosso rio,
Com tanta poluição.
Não privem nossos filhos,
de viver a mesma emoção.
4 comentários:
Muito bom. Gostei da referência à "bundacanasca" que, na água, alguns chamam também de "cangapé". Nossa cultura é muito bacana. Parabéns,Dalinha. Certos termos têm que ser sempre lembrados para não caírem no esquecimento.
Parabéns pela matéria sobre o rio Jatobá, que antes rio, se hoje não tão seguro, amanhã será.
Parabéns pela poesia publicada no O Povo,rica de sentimento e consciência ecológica, bem como em estilo.
Bérgson Frota
Maravilha! Parabéns,Dalinha. Linda poesia sobre o rio Jatobá. Quem sabe se um dia irei até lá? Bjs,
Clarisa Schmidt
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