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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

VELHA CARNAUBEIRA


Velha Carnaubeira

Minha velha carnaubeira,
Que se embala ao vento,
Batendo palmas te vejo,
E viajo em pensamento.

Tua cantiga me traz
Saudades da minha rua,
Detrás de tua folhagem
Mais bela nascia a lua.

Teu fruto me atraia,
Chamando-me atenção.
Quando maduro caia,
Caído, apanhava do chão.

Aquilo era feito uva
P’ra menina do sertão,
Que degustava feliz,
Os sabores da região.

No meu cavalo de pau,
Quantas vezes montava
Com o talo da carnaúba
Habilmente eu fabricava.

Hoje te vejo solitária,
Sem perder tua beleza.
Tomara que te preservem.
Para o bem da natureza.

Quero ver multiplicada,
Essa tua escassa família.
Que vem perdendo espaço
Enquanto perco alegria.

Escutei tua cantiga,
Teu fruto alegre comi
Pelas ruas da cidade
No meu cavalo corri.

Minha velha carnaubeira,
Companheira de infância.
Na cidade de Ipueiras
Alegraste uma criança.

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