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terça-feira, 17 de novembro de 2009

A FEIRA DE SÃO CRISTOVÃO


Secretária de cultura do município Jandira Feghali, Marcus Lucenna e Dalinha Catunda



A FEIRA DE SÃO CRISTOVÃO
(Um pedacinho do Nordeste na cidade Maravilhosa)

O Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a denominada feira de São Cristovão ou Feira dos Paraiba, como é popularmente conhecida, hoje tem como gestor Marcus Lucenna.

Marcus Lucenna este cantador e cordelista nordestino, oriundo de Mossoró-RN, não só vestiu a camisa dessa nação nordestina, como botou o chapéu, arregaçou as mangas e muito tem suado para que a feira, acima de tudo, seja um reduto deste povo sofrido, que chega ao Rio de Janeiro para trabalhar e tem a feira como seu lazer preferido.

É lá que o saudoso nordestino, mata as saudades de sua terra. Ouvindo um forró pé-de-serra, comendo queijo assado na brasa, comendo baião-de-dois, comprando rapadura, olhando a rede dependurada, tomando uma cachacinha e tirando o gosto com iscas de carne seca.

No centro da feira, cantadores fazem seus repentes versejando sobre o ambiente e pessoas que transitam por lá. Um conjunto de forró está lá, sempre avivando as saudades dos que carregam sua terra no coração. Em frente ao palco, independente da idade, os freqüentadores dançam em pleno dia mesmo com o sol a pino.

Um carrinho de madeira, transformado em estante, abriga os cordéis de toda parte do país. Os mais vendidos são os que falam de Lampião, o Rei do Cangaço, e os que citam o cantor Luiz Gonzaga, o nosso Rei do Baião.

Sem pretensão de entrevistar, apenas num papo informal, estive sexta-feira, 13/11/ 09com Marcus Lucenna que gentilmente respondeu minhas indagações sobre os passos da feira.

Disse-me que:
A feira além de abrigar os nordestinos recebe grande numero de turistas brasileiros e estrangeiros. Que hoje a feira prima pela higiene.

Numa gestão democrática ele tanto tem trazido o forró pé-de-serra, como o forró eletrônico. Pois há os que se encantam com o sanfoneiro Dominguinhos e os que adoram a banda Calcinha Preta.

Como cordelista e membro da ABLC Academia Brasileira de Literatura de Cordel prestigiando sua classe, andou organizando uma interessante exposição de cordel.

E entre tantos assuntos, confidenciou-me que está preparando uma grande homenagem para Luiz Gonzaga de dez (10) a treze (13) de dezembro, talvez a maior delas. E já estou convidada. Dia 13 de dezembro é dia de Santa Luzia, dia que nasceu o Gonzagão.

Para gerenciar uma feira, como a Feira de São Cristovão o cabra tem de ser macho mesmo e desassombrado, e assim é Marcus Lucenna, que tem sido uma voz nordestina a serviço do seu povo, além de gerenciar a feira ainda comanda o programa “Nação Nordeste” de segunda à sexta das 20h às 21h na Rádio Metropolitana 1.090 AM. Um programa que traz o sotaque e a cultura nordestina.

Eu vejo em Marcus Lucenna esse orgulho de ser nordestino, que eu também carrego comigo e gostaria que todos os nordestinos tivessem.

Mais uma vez encantei-me com a feira de São Cristovão, fico feliz em ver meu companheiro da ABLC gerenciando nosso reduto e quero agradecê-lo pela simpatia e disponibilidade com que ele me recebeu e aplaudi-lo por ser essa voz incansável clamando pelo Nordeste.

Texto e fotos de Dalinha Catunda

8 comentários:

Victor Gil disse...

Querida Dalinha.
Ui que inveja! Linda está a festa pá, como diria Chico Buarque. Pelo que vejo poesia cordelista, aí é festa mesmo. Queria que aqui fosse assim também, mas este povo é um bocado pessimista.
Beijos minha boa amiga.
victor Gil

chica disse...

Deve ter sido muito legal mesmo essa festa! beijos,tudo de bom,chica

Tereza Mourão disse...

Amiga, parabens por mais esta conquista, vc realmente vai longe divulgando a cultura nordestina, e sabe fazer como ninguém. Não conheço a feira de São Cristovão, há muito tempo não vou ao RJ, mas com certeza brevemente, se Deus quiser irei a cidade maravilhosa e um dos roteiros principais será esta feira. Abraços e que Deus continue te iluminando sempre.

José Leite disse...

Dalinha:

Aqui a festa é rija. Viva a festa forever and ever...

João Alberto disse...

Uma feira muito bacana Dalinha.
Dançar um forrozinho, tomar uma pinga, ouvir poesias e saborear as mais diversas comidas típicas do nordeste é divino.
Beijo no coração.

Alvaro Oliveira disse...

olá amiga dalinha

passei para marcar minha presença,
dado não conseguir ler o post.
lhe desejo um bom fim de semana

beijos

Alvaro

SAM disse...

Dalinha....este comentário é de Edison rsrs.


Ouvir os cantadores repentistas na feira é o reflexo de todo o sonho e cultura de um povo cujas raízes não se perdem e nem apodrecem, mas fazem nascer mais plantas e florecer de forma abundante.


Beijos nossos, Dalinha! Bom fim de semana!

Goldfinger disse...

Deve ter sido uma festa lindíssima e sobretudo preserva os hábitos e costumes populares. Pena que não tenha podido estar aí, mas sei que a minha amiga festejou plenamente por si e por mim.
Sou muito festeiro e sempre que posso estou nelas. Cá em Portugal, temos uma festa no Norte do país, mais propriamente em Viana do Castelo, a que chamam Festas da Senhora da Agonia.
É uma fets creio que secular e se me perguntar o que tem ela de novidade de ano para ano, eu talvez tenha dificuldade em responder-lhe. Pois é, mas nós cá em casa estamos lá todos os anos e parece-nos sempre diferente.

Minha querida amiga há quanto tempo não vinha aqui. Estou em falta eu sei e por isso lhe peço desculpa mas tenho-me afastado das visitas aos outros blogs.
Um pouco cansado de blogs não dos amigos.

Gostei de a ver por minha casa. É o tal sinal de que os amigos não se esquecem nunca.

Bjs.

António