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quarta-feira, 25 de abril de 2012

JATOBÁ, UM RIO DE SAUDADES


JATOBÁ, UM RIO DE SAUDADES
*
Quem te viu e quem te vê
Oh meu velho Jatobá.
O rio da minha infância
Vivida no Ceará.
Agora tão poluído,
E se não for acudido
De ti não sei que será...
*
Já não se vê as meninas
Correndo pra se banhar,
Menino bobo espreitando
Somente para espiar.
E o canto das lavadeiras
Não se escuta em Ipueiras
Meu rio vai se acabar...
+
Se não se acabar de vez,
Vai mudando de feição,
Pois recebendo esgotos,
Abriga a poluição.
Com isso perde a cidade
Que vai viver de saudade
Com o rio no coração.
*
Centenárias oiticicas,
Ladeavam tuas beiras,
Não vejo mais o angico,
Nem as velhas ingazeiras.
Ainda posso encontrar
Mas se muito procurar
As lindas carnaubeiras.
*
Os machados e queimadas.
Causam a destruição.
O homem inconsequente,
Utiliza sua mão
Para acabar com a riqueza,
Encantos da natureza,
Agora em degradação.
*
O RIO DE FRED MONTEIRO
E eu, o que vou dizer
do velho Capibaribe
que corta minha cidade
se encontra com o Beberibe
pra formar o oceano
(orgulho pernambucano)
quem sabe até o Caribe?

O meu rio já foi limpo
alimentou muita gente
e quando eu era criança
mesmo inocentemente
tomei banho em suas águas
hoje eu choro minha mágoas
de um rio hoje doente

Mas tenho ainda esperança
de pintar uma aquarela
Volte o rio ao que foi antes
um rio de margens belas
e estou voltando a morar
no bairro mais singular
que é o Poço da Panela

Uma reserva de verde
que no Recife não há
o Poço é pura história
e eu quero ficar por lá
vendo o meu rio correr
o destino reverter
e a vida retomar
26 de abril de 2012 07:28
*
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4 comentários:

chica disse...

Lindo,Dalinha e que bom ainda ter lugares pra tomar banho assim...beijos,chica

Fred Monteiro da Cruz disse...

E eu, o que vou dizer
do velho Capibaribe
que corta minha cidade
se encontra com o Beberibe
pra formar o oceano
(orgulho pernambucano)
quem sabe até o Caribe?

O meu rio já foi limpo
alimentou muita gente
e quando eu era criança
mesmo inocentemente
tomei banho em suas águas
hoje eu choro minha mágoas
de um rio hoje doente

Mas tenho ainda esperança
que o Capibaribe retorne
a ser o que já foi antes
um rio de margens belas
e estou voltando a morar
no bairro mais singular
que é o Poço da Panela

Uma reserva de verde
que no Recife não há
o Poço é pura história
e eu quero ficar por lá
vendo o meu rio correr
o destino reverter
e a vida retomar

Fred Monteiro da Cruz disse...

Dalinha, mudei a terceira estrofe, porque tinha um verso solto. Desculpe a pressa, é que eu escrevo direto na área de comentários e nunca leio o rascunho, hehehe

Fred Monteiro da Cruz disse...

Então fica valendo agora a versão que segue:


E eu, o que vou dizer
do velho Capibaribe
que corta minha cidade
se encontra com o Beberibe
pra formar o oceano
(orgulho pernambucano)
quem sabe até o Caribe?

O meu rio já foi limpo
alimentou muita gente
e quando eu era criança
mesmo inocentemente
tomei banho em suas águas
hoje eu choro minha mágoas
de um rio hoje doente

Mas tenho ainda esperança
de pintar uma aquarela
Volte o rio ao que foi antes
um rio de margens belas
e estou voltando a morar
no bairro mais singular
que é o Poço da Panela

Uma reserva de verde
que no Recife não há
o Poço é pura história
e eu quero ficar por lá
vendo o meu rio correr
o destino reverter
e a vida retomar