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domingo, 2 de dezembro de 2012

CONTEMPLAÇÃO - Dalinha e Williana

Williana Brito
Dalinha Catunda













CONTEMPLAÇÃO

COM DALINHA CATUNDA E WILLIANA BRITO
*
Contemplar a natureza
O azul do céu apreciar,
Numa montanha cismar,
Mirando tanta riqueza
Farto os olhos de beleza
Não fujo a contemplação
Se enleva meu coração
Na hora do sol se pôr
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Williana Brito
Sentir a brisa altaneira
Fazer dançar toda a mata;
Ver a lua cor de prata,
Ouvir uma cachoeira,
Tomar banho de biqueira
Sentindo os pingos na mão;
Ver chuva no meu sertão
Expurgar tristeza e dor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
 *
Dalinha Catunda
O canto da passarada,
Festejando o amanhecer
É coisa que adoro ver
E que me deixa encantada,
Ver a campina orvalhada
E o brilho do sol no chão,
Iluminando o sertão
Nas manhãs do interior,
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
 *
 Williana Brito
Comer um fruto docinho
Tirado do pé na hora
Poder contemplar a aurora
Ver o mato bem verdinho
Ver mãe ninando o filhinho
Entoando uma canção
Irmão abraçando irmão
Num jardim cheio de flor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
 Mote de Dalinha Catunda
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Dalinha Catunda
Nasceu na cidade de Ipueiras sertão do Ceará onde também nasceram os poetas, Costa Matos e Gerardo Melo Mourão, sendo cria do mesmo barro não se intimidou ao cantar sua terra e trafegar pelo mundo da poesia. Faz recitais, escreve em blogues, jornais e membro da ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel ocupando a cadeira 25. É membro correspondente da AILCA – Academia Ipuense de Letras, Ciências e artes. Contato: dalinhaac@gmail.com
*
Williana Brito Matos é membro da Academia dos Cordelistas do Crato e ocupa a cadeira 14, cujo patrono é Juvenal Galeno. Nasceu no Crato, é filha de Seu Alcides (in memorian) e Dona Evinha, esposa de Hercio e mãe de Felipe. Docente do IFCE campus Crato, utiliza o cordel como ferramenta importante no processo de construção do conhecimento. Tem na avó, Dona Pequena, a referência de mulher forte e doce, meiga e verdadeira, terna e altaneira, a um só tempo. Fincou raiz na terrinha onde enterrou o umbigo, de onde só sai para estudar e sempre retorna, cheinha de saudade. Contatos: socorro.crato @gmail.com

4 comentários:

chica disse...

Muito lindo.Parabéns às duas e beijos,chica

Anônimo disse...

No Cantinho da Dalinha
encontrar Williana
a cordelista bacana,
as duas numa duplinha,
cada décima bem certinha
passou-me tanta emoção
digo com convicção:
Que versos cheios de cor
TUDO ISSO CHAMO PRIMOR
NÃO VEJO OUTRA TRADUÇÃO.

Bastinha Job

Dalinha Catunda disse...

Querida Chica,
Beijos e obrigada por ser figura permanente neste blog.

Dalinha Catunda disse...

Olá Bastinha,
É sempre um prazer ter estas mulheres queridas e competentes do Crato por aqui.
Beijos