Williana Brito |
Dalinha Catunda |
CONTEMPLAÇÃO
COM
DALINHA CATUNDA E WILLIANA BRITO
*
Contemplar a natureza
O azul do céu apreciar,
Numa montanha cismar,
Mirando tanta riqueza
Farto os olhos de beleza
Não fujo a contemplação
Se enleva meu coração
Na hora do sol se pôr
Tudo
isso chamo primor
Não
vejo outra tradução.
*
Williana Brito
Sentir a brisa altaneira
Fazer dançar toda a mata;
Ver a lua cor de prata,
Ouvir uma cachoeira,
Tomar banho de biqueira
Sentindo os pingos na mão;
Ver chuva no meu sertão
Expurgar tristeza e dor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Dalinha
Catunda
O canto da passarada,
Festejando o amanhecer
É coisa que adoro ver
E que me deixa encantada,
Ver a campina orvalhada
E o brilho do sol no chão,
Iluminando o sertão
Nas manhãs do interior,
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Williana Brito
Comer um fruto docinho
Tirado do pé na hora
Poder contemplar a aurora
Ver o mato bem verdinho
Ver mãe ninando o filhinho
Entoando uma canção
Irmão abraçando irmão
Num jardim cheio de flor
Tudo isso chamo primor
Não vejo outra tradução.
*
Mote
de Dalinha Catunda
Tudo
isso chamo primor
Não
vejo outra tradução.
*
Maria de Lourdes Aragão Catunda – Dalinha Catunda
Nasceu na cidade de Ipueiras sertão do Ceará onde também nasceram os
poetas, Costa Matos e Gerardo Melo Mourão, sendo cria do mesmo barro não se
intimidou ao cantar sua terra e trafegar pelo mundo da poesia. Faz recitais,
escreve em blogues, jornais e membro da ABLC – Academia Brasileira de
Literatura de Cordel ocupando a cadeira 25. É membro correspondente da AILCA –
Academia Ipuense de Letras, Ciências e artes. Contato: dalinhaac@gmail.com
*
Williana Brito Matos é membro da
Academia dos Cordelistas do Crato e ocupa a cadeira 14, cujo patrono é Juvenal
Galeno. Nasceu no Crato, é filha de Seu Alcides (in memorian) e Dona Evinha,
esposa de Hercio e mãe de Felipe. Docente do IFCE campus Crato, utiliza o cordel
como ferramenta importante no processo de construção do conhecimento. Tem na
avó, Dona Pequena, a referência de mulher forte e doce, meiga e verdadeira,
terna e altaneira, a um só tempo. Fincou raiz na terrinha onde enterrou o
umbigo, de onde só sai para estudar e sempre retorna, cheinha de saudade.
Contatos: socorro.crato @gmail.com
4 comentários:
Muito lindo.Parabéns às duas e beijos,chica
No Cantinho da Dalinha
encontrar Williana
a cordelista bacana,
as duas numa duplinha,
cada décima bem certinha
passou-me tanta emoção
digo com convicção:
Que versos cheios de cor
TUDO ISSO CHAMO PRIMOR
NÃO VEJO OUTRA TRADUÇÃO.
Bastinha Job
Querida Chica,
Beijos e obrigada por ser figura permanente neste blog.
Olá Bastinha,
É sempre um prazer ter estas mulheres queridas e competentes do Crato por aqui.
Beijos
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