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domingo, 2 de agosto de 2009

A CANTADA E A PICADURA


Foto:.quebarato.com.br

A CANTADA E A PICADURA

Foram noites e noites mal dormidas até finalmente encontrar uma solução.
Por mais que eu tentasse me esquivar, elas se repetiam, para o meu desespero, parecendo até pesadelo.

Realmente, não sei o que era pior, se a cantada ou a picadura.
O Ritual era sempre o mesmo. Uma cantada impertinente seguida de ataque corporal, que dava prazer a eles, mas que quase sempre deixava um rastro de sangue e marcas por todo meu corpo.

Andei conversando com uma amiga que já havia passado pela mesma situação, e ela me sugeriu fechar as portas e janelas, antes das 18: hrs, pois era geralmente, nesta hora, que eles costumam invadir as casas para fazer suas barbaridades. Até tentei... Mas sem resultado.

Cada vez que eles se apoderavam de mim e conseguiam o desejado escapando satisfeitos, uma coceira intensa tomava conta do meu corpo deixando-me toda empolada, para completar o martírio.

Pensei então, em resolver o caso do meu jeito. Continuar com aquele sofrimento, não tinha nenhum cabimento.

Botei a mão no bolso, entrei numa loja, comprei um mosquiteiro, pendurei no teto e cobri cuidadosamente toda a cama.

Só assim consegui livrar-me dos intrusos que insistiam em acabar com meu sossego noturno.

Agora, sim. Debaixo de um mosquiteiro, desse bendito véu, não tem cantiga de pernilongo, muriçoca, mosquito ou coisa do gênero, chateando meus ouvidos e se apoderando sem piedade do meu corpo com suas torpes picadas.

Texto: Dalinha Catunda

4 comentários:

Victor Gil disse...

Oi Dalinha
Querida amiga, que bom ter de volta você. Espero do fundo do coração, que, apesar de toda a bicharada, tenha tido umas excelentes férias. Realmente existem bichos que só se dominam quando estão atrás das grades. Já pensou, na próxima vez, contratar uma osga para comer todos os mosquitos e afins.
Benvinda ao nosso convívio, com as forças e o astral em cima.
Beijos amiga
Victor Gil

Ana Maria disse...

Oi amiga, que bom que já retornou.
Descansou bastante?
Senti sua falta.
Mas em se tratando desses pernilongos, hum! é calamidade, tira o sono de qualquer pessoa.
Agora como resolveu com o cortinado, tenha sonhos maravilhosos.
Beijinhos!

Maria Emília disse...

Me fez recordar 1953 quando cheguei a Angola e éramos obrigados a dormir com rede mosqueteira para não sermos comidos pelos mosquitos. Tinha um quê de romantismo. Nessa altura para mim era uma brincadeira meter-me dentro da rede.
Um beijinho,
Maria Emília

João Alberto disse...

Olá Dalinha,
Já passei por esse sofrimento e garanto que é ruim demais. Passar a noite em claro, batendo de um lado pro outro tentando espantar as malditas muriçocas, e sem obter êxito, é um verdadeiro tormento.
Abraços.