O Cantinho da Dalinha é também o canto do cordel. O picadeiro onde costumo entoar o meu canto em versos propagando a poesia popular. É o Canto de uma cearense que adora suas raízes, canto da mulher destemida que saiu das entranhas nordestinas e abriu uma janela para cantar sua aldeia para o mundo, Interagir com outros poetas cordelistas desfrutando deste mundo virtual. Sou Maria de Lourdes Aragão Catunda, a poeta de Ipueiras e do cordel, sou a Dalinha Catunda. dalinhaac@gmail.com
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segunda-feira, 22 de março de 2010
MINHA RUA
MINHA RUA
Rua 15 de novembro,
Numa casa simples nasci.
Ali os melhores anos
De minha existência vivi.
Casa grande com alcovas
E um longo corredor,
Cozinha e fogão de lenha,
E minha mãe no labor.
O cheirinho de alfazema,
A cada irmão que nascia.
Galinha o mês inteiro
No resguardo se comia.
Tantas noites nas calçadas,
Debulhando milho e feijão,
Ouvindo os velhos “causos”,
Contados em meu sertão.
As fogueiras que ardiam,
Nas festas de São João.
Na porta de cada casa
Muita comida e animação.
Rua de tantas lembranças
Reduto de minha alegria.
Entre o arco e a igreja
Minha velha casa se via.
Da minha rua eu sinto,
Uma saudade profunda.
Antiga 15 de novembro!
Agora... Raul Catunda.
Cada beco de minha terra,
Registrou minhas pegadas.
Sempre que posso, ponho,
Meus pés na terra amada.
Texto e foto de Dalinha Catunda
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7 comentários:
Linda poesia, recheada das recordações tão bonitas de vida! beijois e um lindo dia!chica
Olá Amiga Dalinha
Poema de belas recordações.
Essa lembrança que deixa saudade
na alma, mas que sempre é bom recordar. Lindo este poema que adorei ler.
Beijos
Alvaro
A grande Dalinha de sempre!!!. Agora em fase de grande produtividade. Parabéns amiga, é uma delícia ler seus versos e suas crônicas. Beijo
Querida amiga Dalinha.
Porque sumi do teu blog,
vou voltar com mais carinho,
visitar o teu cantinho,
para ler a tua escrita.
Tenho andado preguiçoso,
mas quero voltar a ler,
poemas que vais fazer,
de corda, cordel ou guita.
Ah! E gostei da tua rua.
Beijos minha amiga.
Victor Gil
Que bom poder saber aos poucos sobre a vida dos nossos amigos. Quando em versos, melhor ainda. Você me fez lembrar da minha infância, quando eu brincava em uma avenida, chamada quinze de novembro, que não tinha pavimentação asfáltica. Eu chegava a casa todo sujo de terra. E o quê pude notar no seu poema é o fato de termos tido uma história bem semelhante. "Recordar é viver", já dizia um poeta. Me sinto voltado ao meu passado, revivendo momentos muito felizes da minha em que passei ao lado dos meus saudosos pais.
Parabéns pelo poema!
Um abraço.
João
ola,Dalinha
lindo poema,,,,quem conhece o ceará ,,,,sabe como isso tem um grande valor.....Beijos Dorinha
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