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quarta-feira, 25 de maio de 2011

MINHA CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha Canção do Exílio
*
Minha terra é Ipueiras,


Onde corre o Jatobá.

Fica ao pé da Ibiapaba,

Ao norte do Ceará.
*
Nossa gente tem histórias,

Gostosas de se escutar.

Não permita Deus que acabem,

Com as tradições do lugar.
*
Lendas de bala e botijas,

Ouvi dos antigos o contar.

História de Iara, mãe-d’água,

Feliz ainda hei de escutar.
*
Minha terra tem palmeiras,


Das lendas de Alencar.

É a nossa carnaubeira,

carnaíba, carandá.

No farfalhar do seu leque,

Ouvi o vento cantar.
*
Tomara Deus que eu não fique,


Ausente sempre de lá.

Ao sopro de um Aracati,

Desejo me refrescar.

E ouvir cantar a graúna,

Ao invés de um sabiá. 
.
Texto e foto de Dalinha Catunda


6 comentários:

Estela disse...

Oi Dalinha,
Que linda ficou sua poesia!
Beijocas.

RetroMomentos disse...

Adoro suas poesias! Parabéns pelo belo talento ;) Bjks

Angela Candian
http://www.retromomentos.blogspot.com/

João Ananias disse...

Que fascinante canção Dalinha. Parabéns!
Abraços.

Genny Xavier disse...

Querida poeta,

Que bela re-leitura esta tua "Canção do Exílio", Dalinha!...A intertextualidade dos seus versos encantaria Gonçalves de Magalhães, como encanta a todos que aqui chegam para ler teus escritos e rimas deliciosas.
Beijos,
Genny

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Oi, Dalinha, a gente se exila, por
razões diversas... quem "pode" faz uma "Canção do Exílio", eu apenas reclamei, no meu exílio.Você, fez uma bela canção.
Beijos

Rafael Castellar das Neves disse...

Ficou ótima!! Parabéns!!

[]s