SOU FILHA DO REI
*
Nasci na terra da luz
Pegando sol na moleira
Tomando banho de açude
Pulando da ribanceira
Brincando de tibungar
Nos rios do meu lugar
Na meninice brejeira.
*
Em noite de lua cheia,
Sob o luar do sertão
Serenatas escutei
Nos acordes da paixão
Presente de namorados,
Poéticos, apaixonados,
Escravos do coração.
*
Feliz eu era e sabia
Nas terras de Alencar
No leque da carnaúba
Ouvia o vento cantar
Assobiando bonito
No entre palmas o agito
Formando um grácil bailar.
*
Nasce detrás de um serrote,
O rei sol na minha terra,
Mas na boquinha da noite
Quanta beleza ele encerra
Com a sua vermelhidão
Tinge de rubro o sertão
E se esconde atrás da serra.
*
No sertão do Ceará
Eu nasci e me criei.
Já andei por muitos reinos
Mas lá sou filha do rei!
No condado de Ipueiras
Depois de romper barreiras
Meu palacete montei.
*
Fotos do por-do-sol no meu sítio em Ipueiras Ceará.
Texto e fotos de Dalinha Catunda
6 comentários:
Amei amiga, esta sua poesia, você como sempre arrasando. E acredito que daí de nossa Ipueiras, do seu alpendre e deitada nesta rede, a inspiração corre solta, coisa que já tem e muita, mas estando aí com certeza aflora muito mais. Espero estando na terrinha no começo de janeiro 2012, ficar pelo menos uns 3 dias aí mesmo no seu sítio. Bjos no seu coração e até breve.
Lindo ser filha do Rei assim...Lindas fotos.Obrigado pela interação que já está lá!beijos,tudo de bom,chica
Terezinha,
Obrigada pelo comentário, não sei ir a Brasilia sem ficar em sua casa. E com certeza todas as vezes que eu for a Brasilia vou ficar ao seu lado.
Você sabe que terei muito prazer em recebê-la você não é visita, é amiga e do coração.
Beijos
Dalinha
Olá Chica,
É sempre um prazer passar no sementinhas e deixar minha contribuição. Só não passo por lá quando não posso mesmo. E prazer maior e ter sua constante visita.
Beijos,
Dalinha
Lourdinhasamiga
Muito obrigado pela tua visita, que adorei!!! Há quanto tempo não ias por lá... Mas, foste, que é o mais importante.
Mais um belíssimo poema sobre o teu sertão do Ceará. Tomara poder lá ir; um dia destes (antes do forno crematório... rsrsrs) quem sabe se consigo.
Na nossa Travessa publiquei ontem uma coisa sob o título de CASTANHAS E JAVALI, reflexo do passeio transmontano que a Raquel e eu fizemos. Oxalá não seja indigesto...
Qjs
Ferreiramigo,
Estou em falta com muita gente, de repente o tempo ficou curtinho diante de tantos afazeres.
Mas estou tentando pôr minhas visitas em dia, adoro meus companheiros de Portugal.
Um abraço,
Dalinha
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