OUTRA PÁTRIA
Amar com fé e orgulho,
A terra em que nasci.
Aprendi inda na infância,
Nas poesias que li.
Ó minha pátria sagrada,
Cadê teus encantos mil?
Poluído e acinzentado,
Vislumbro teu céu de anil.
Teus rios, mares, florestas,
Sofrem sem preservação.
Na natureza sem festa
Impera a devastação.
Boa terra jamais nega,
A quem trabalha seu pão.
Por que fazer nosso pobre,
Parasita da nação.
Sonegando-lhe trabalho,
Humilhando o cidadão.
Que recebe bolsas, vales
Deixando orgulho no chão.
Quem não vive do trabalho,
Do suor, da sua mão,
Não pode ter amor próprio,
Nem orgulho da nação.
Como imitar a grandeza,
Dessa terra em que nasci.
Se o exemplo lá de cima
Na verdade inda não vi.
Por isso eu digo e repito,
Dirigentes da nação.
Primeiro dêem exemplo
Depois cobrem ao cidadão.
O que li de Bilac é,
Só passado vejo agora.
Minha pátria hoje é outra.
Tenho saudades d’outrora.
Amar com fé e orgulho,
A terra em que nasci.
Aprendi inda na infância,
Nas poesias que li.
Ó minha pátria sagrada,
Cadê teus encantos mil?
Poluído e acinzentado,
Vislumbro teu céu de anil.
Teus rios, mares, florestas,
Sofrem sem preservação.
Na natureza sem festa
Impera a devastação.
Boa terra jamais nega,
A quem trabalha seu pão.
Por que fazer nosso pobre,
Parasita da nação.
Sonegando-lhe trabalho,
Humilhando o cidadão.
Que recebe bolsas, vales
Deixando orgulho no chão.
Quem não vive do trabalho,
Do suor, da sua mão,
Não pode ter amor próprio,
Nem orgulho da nação.
Como imitar a grandeza,
Dessa terra em que nasci.
Se o exemplo lá de cima
Na verdade inda não vi.
Por isso eu digo e repito,
Dirigentes da nação.
Primeiro dêem exemplo
Depois cobrem ao cidadão.
O que li de Bilac é,
Só passado vejo agora.
Minha pátria hoje é outra.
Tenho saudades d’outrora.
*
Texto de Dalinha Catunda
Ilustração do brasilescola.com
Visite: www.cordeldesaia.blogspot.com
www.rosarioecordel.blogspot.com
19 comentários:
Maravilhoso, querida Dalinha!!
Descreveu muito bem o sentimento de tantos de nós, brasileiros!!
Parabéns!!
Beijos!!
Helinha!!!!!
Quanto tempo??? que bom que você voltou. Adoooorei!!!
Obrigada pelo comentário,
Beijos
Parabéns Dalinha! Voce retratou fielmente o sofrimento de nosso povo! É triste, mas infelizmente, é a verdade!
Beijo carinhoso na minha Poeta!
Caro Jorge,
Em primeiro lugar obrigada por prestigiar meu blog com suas visitas.
Sou uma mulher independente para expor minha opinão pois não sou ligada a nenhuma facção, (assim chamo os partidos) assim sendo, minha preocupação maior é com nosso povo que vai perdendo a dignidade ao aceitar esmolas e não lutar por seus direitos
Meu abraço carinhoso,
Dalinha
Crítica social com fundo musical...
Maravilha, Dalinha!
Felicidades para si e para o Brasil!
Dalinha, do seu jeito direto e sensivel você resume muito bem a situação de anestesia que esses programas populistas/oportunistas, deixam no cidadão. Está todo mundo anestesiado com tantos Bolsas Isso e Aquilo. Enquanto a anestesia não passa os corruPTos podem se locupletar com o dinheiro de todo mundo. Eles acham que dinheiro de todo mundo é dinheiro de ninguém. E usam sem nehuma cerimônia, nem respeito a palavra mágica: SOCIAL. Tudo que traz no slogam a palavra mágica, o povo engole com mais facilidade.
Parabéns,
Eduardo
AC, obrigada pelo comentário. Estou falando do meu olhar sem vendas e sem encanto, que não concorda com o pão e o circo que fazem a festa de outros olhares.
Bjs e felicidades também
Grande amiga,
Sempre atenta aos problemas e as mazelas de nossa política. A Nação é íntegra, mas... a política... Só Jesus na causa,
bjs,
Rosário Pinto
Olá Eduardo,
É por isso mesmo que se investe tão pouco na educação e temos tantos analfabetos,pois assim fica mais fácil botar cabresto no pescoço do povo e tocá-los como se toca uma boiada.
A justiça só serve para punir Manés e Severinos.
Nos falta lideranças e credibilidade.
Mas não vamos perder as esperanças.
Um abraço,
Dalinha
Rosário,
Obrigada por passar em meu cantinho e deixar seu comentário.
Só Deus mesmo amiga! e muitos já estão usando seu santo nome em vão.
Bjim
Olá amiga Dalinha, mais vez você da um show, colocando de modo vertical a independência e descaso nas políticas públicas. Porem gostaria de apresentar parte do texto de Clarice Zeitel, por se adequar bem ao tema.
“Há quem diga que ‘dos filhos deste solo és mãe gentil. ’, mas eu digo que não é gentil e muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil. A minha mãe não ‘tapa o sol com a peneira’. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade”.
Um grande abraço.
Olá, gostei do seu blog. Gostava que desse uma olhadinha no meu também.
Obrigada.
http://tatianalancasaraiva.blogspot.com/
Oi Dalinha,
como sempre, magnifica com as palavras.
Como disse um outro poeta:
"Ai essa terra ainda vai cumprir seu ideal..."
Abraço.
"Outra Pátria", mesmo..
Queremos a nossa Pátria Amada
de outrora...Cadê? Nos furtaram,
nos subtraíras, nos traíram...
Você foi nossa porta-voz, Dalinha,
na blogosfera. Muito bem!
Xêro
Batista,
É bom saber que muitos estão descontentes, amar nossa pátria, respeitar é uma coisa, acatar os desmandos é outra bem diferente.
Obrigada pelo texto de Clarice Zeitel muito bom mesmo.
Um abraço
Olá Tatiana,
Obrigada pela visita, passarei para conhecer seu blog,
Um abraço
Olá Licínio,
Meu tempo anda curtinho, mas vou aparecer no blog daquidepitangui.
Obrigada pelo carinho das palavras e vamos sonhar com tempos melhores para Musa dos nossos sonhos a nossa mãe gentil.
Um abraço
Lúcia querida,
Obrigada por prestigiar sempre meu cantinho e sempre com palavras carinhosas.
Mas precisamos da voz de cada um, igual o canto do galo: um canta, acorda o outro, mais outro e assim nasce a manhã. Precisamos uns acordar os outros nos cantos desta nação.
Bjim
Belo versejar. A realidade de nossa nação esta bem delineada em sua poesia, infelizmente, o nosso bravo povo brasileiro permanece acreditando nas falacias dos engravatados de Brasilia que continuam fomentando a miséria e falta de oportunidades em nossas terras, roubando de nossa gente o pouco de dignidade com a qual nos fazemos legítimos brasileiros. Lutando sempre! Parabéns e um grande beijo em seu coração, muito obrigado por sua honrada visita.
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