MEU BAIÃO-DE-DOIS
*
Chegando ao meu Ceará
Fui logo para o fogão.
Peguei feijão de corda
Cozinhei para o baião.
Peguei pimenta de cheiro
Ali mesmo no canteiro
Da mulher do seu João.
*
Peguei nata, peguei queijo,
De alho peguei uns dentes.
Da pimentinha de cheiro,
Já fui tirando as sementes,
E catei logo o arroz,
Organizando depois
Os outros ingredientes.
*
Quando o feijão ficou pronto
Com o arroz misturei
Botei um pouco de sal
Botei mais água e provei.
Com a cebola na mão,
O tomate e o pimentão,
O baião eu temperei.
*
Pra ver se já estava seco
Pra ver se já estava seco
Meti a colher no centro.
Peguei o queijo de coalho,
Joguei uns pedaços dentro.
O queijo se derretia
Minha gula aparecia
Com o cheiro do coentro.
*
Após esta maratona
Ficou pronto o meu baião
Comida mais cobiçada
Pras bandas do meu sertão.
Repito: baião-de-dois,
Não é só feijão com arroz,
Tem segredo e tradição!
Texto e foto de Dalinha Catunda
4 comentários:
Está longe de ser penas feijão com arroz.. É muito mais e ainda, a ordem de colocar os ingredientes, parece fazer diferença.Adorei a receita!!Lindo aqui! beijos,chica
A sua energia é entusiasmante, Dalinha!
Bj
Minha querida amiga.
Pela imagem parece ser gostoso. Como eu gostava de provar teu Baião-de Dois. Também gostei da receita, mas deve haver por aí um segredo. Deve ser das tuas mãos.
Beijinhos Dalinha.
Victor Gil
Nossa Senhora, e ainda mostras esta delícia: primeiro derramas lágrimas justas pelo rio poluído, depois nos brinda com esta riqueza de comida...
Tá bom, amiga, volto pro meu Porto de água na boca...
beijão
Tais
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