ESTIAGEM
*
Aqui não choveu
E tudo secou
Milho não vingou
Feijão se perdeu
O gado morreu
Rachou nosso chão
Fiz tanta oração,
Promessa também
Mas chuva não vem
Padece o sertão!
*
INVERNO
Pois aqui andou chovendo
A babugem já nasceu
O meu gadinho comeu
E a barriga vai enchendo.
O feijão andei colhendo,
E o milho vai escapando,
Já está embonecando!
Não será um grande inverno
Mas escapei do inferno
A fartura tá chegando.
*
Fotos e texto de Dalinha Catunda
Dois exemplos de décimas e duas faces do mesmo sertão
5 comentários:
Oi Dalinha,
passando para matar a saudade, a vida anda uma correria...rsrsrs...
Tenho acompanhado o noticiário sobre a seca no nordeste, aqui em Minas também sofremos com este problema em algumas regiões do Estado.
A a chuva chegue logo e renove a vida no sertão.
Um fraterno abraço.
Olá amiga querida...
Vim desejar-te um bom dia com muita alegria e paz. E saborear este post maravilhoso e me inebriar com a tua poesia.
Meu carinhoso abraço
Gracita
Oi, Dalinha! O meu sertão tá mais para o primeiro poema. bjos!
Amiga,
Lute pra preservar o seu verde e que a colheita seja farta o suficiente para compartir com a primeira fase do poema. Vamos orar para mudar a paisagem do primeiro poema. Mais que orar, buscar a consciência para reverter esse quadro. Vamos em frente. A nós cabe a chamada como vc fez.
bjão rosário
Amiga,
Lute pra preservar o seu verde e que a colheita seja farta o suficiente para compartir com a primeira fase do poema. Vamos orar para mudar a paisagem do primeiro poema. Mais que orar, buscar a consciência para reverter esse quadro. Vamos em frente. A nós cabe a chamada como vc fez.
bjão rosário
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