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sexta-feira, 18 de maio de 2012

DUAS FACES DO MESMO SERTÃO


ESTIAGEM
*

Aqui não choveu
E tudo secou
Milho não vingou
Feijão se perdeu
O gado morreu
Rachou nosso chão
Fiz tanta oração,
Promessa também
Mas chuva não vem
Padece o sertão!
*
INVERNO  
Pois aqui andou chovendo

A babugem já nasceu

O meu gadinho comeu

E a barriga vai enchendo.

O feijão andei colhendo,

E o milho vai escapando,

Já está embonecando!

Não será um grande inverno

Mas escapei do inferno

A fartura tá chegando.
*
Fotos e texto de Dalinha Catunda
Dois exemplos de décimas e duas faces do mesmo sertão

5 comentários:

Licínio Filho disse...

Oi Dalinha,
passando para matar a saudade, a vida anda uma correria...rsrsrs...
Tenho acompanhado o noticiário sobre a seca no nordeste, aqui em Minas também sofremos com este problema em algumas regiões do Estado.
A a chuva chegue logo e renove a vida no sertão.
Um fraterno abraço.

Anônimo disse...

Olá amiga querida...
Vim desejar-te um bom dia com muita alegria e paz. E saborear este post maravilhoso e me inebriar com a tua poesia.
Meu carinhoso abraço
Gracita

Nelcima De Morais disse...

Oi, Dalinha! O meu sertão tá mais para o primeiro poema. bjos!

Rosário Pinto disse...

Amiga,
Lute pra preservar o seu verde e que a colheita seja farta o suficiente para compartir com a primeira fase do poema. Vamos orar para mudar a paisagem do primeiro poema. Mais que orar, buscar a consciência para reverter esse quadro. Vamos em frente. A nós cabe a chamada como vc fez.
bjão rosário

Rosário Pinto disse...

Amiga,
Lute pra preservar o seu verde e que a colheita seja farta o suficiente para compartir com a primeira fase do poema. Vamos orar para mudar a paisagem do primeiro poema. Mais que orar, buscar a consciência para reverter esse quadro. Vamos em frente. A nós cabe a chamada como vc fez.
bjão rosário