A Passagem do Rei em Ipueiras
Era um dia de domingo, dia de trem vindo de Fortaleza para Crateús. A estação como de costume estava repleta de ipueirenses que antigamente tinham como lazer apreciar a passagem do trem.
Nesse dia o trem atrasara, para a felicidade e sorte dos ipueirenses que testemunharam a passagem de um Rei em nossa cidade.
Era um dia de domingo, dia de trem vindo de Fortaleza para Crateús. A estação como de costume estava repleta de ipueirenses que antigamente tinham como lazer apreciar a passagem do trem.
Nesse dia o trem atrasara, para a felicidade e sorte dos ipueirenses que testemunharam a passagem de um Rei em nossa cidade.
E foi naquele dezenove de junho de 1966, que enquanto todos esperavam o trem, apontava na estrada que vem do Ipu, causando grande admiração, uma Rural Wills, coisa rara no interior.
Para surpresa dos que ali se encontravam desce da rural o já famoso Luis Gonzaga, nosso eterno Rei do Baião e seus tocadores.
Demonstrando fome, encosta na Banca de Dona Maria Capoeira e pede para que ela lhe prepare bastante orelha de porco, apelidando assim, um saboroso bolo de milho vendido pela cafezeira.
Depois da fome saciada em meio aos curiosos que se acotovelavam para vê-lo, puxou o dinheiro para pagar a conta, mas Zequinha Bento, que o reconhecera, já havia pagado a despesa. E pediu para o rei cantasse um pouco pois era seu fã.
A resposta do velho lua, foi que só cantaria se ele vendesse dez livretos, com o título de: “O Sanfoneiro do Riacho da Brígida” escrito pelo jornalista, Sinval Sá, contando a vida do famoso ícone nordestino.
Demonstrando fome, encosta na Banca de Dona Maria Capoeira e pede para que ela lhe prepare bastante orelha de porco, apelidando assim, um saboroso bolo de milho vendido pela cafezeira.
Depois da fome saciada em meio aos curiosos que se acotovelavam para vê-lo, puxou o dinheiro para pagar a conta, mas Zequinha Bento, que o reconhecera, já havia pagado a despesa. E pediu para o rei cantasse um pouco pois era seu fã.
A resposta do velho lua, foi que só cantaria se ele vendesse dez livretos, com o título de: “O Sanfoneiro do Riacho da Brígida” escrito pelo jornalista, Sinval Sá, contando a vida do famoso ícone nordestino.
Bento conseguiu vender somente cinco, mas o rei não se fez de rogado.
Subiu com seus companheiros num banco de madeira que havia na estação, arrastou a sanfona velha e cantou para delírio daquela platéia feliz, preciosidades de seu repertório como: O Xote Das Meninas, Asa Branca, A Volta Da Asa Branca e Ô Veio Macho.
Antes de cantar o Gonzagão observou a platéia e se dirigiu a um dos componentes do conjunto em voz alta:---Toím, Tu já reparou que aqui de “nego” só eu e tu?
Infelizmente não presenciei esse importante acontecimento que ficou marcado em nossa história, apenas ouvi mais de uma vez os relatos de meu avô Gonçalo Ximenes Aragão que era chefe da estação ferroviária de Ipueiras, a famosa RVC que os gaiatos traduziam como:Rapariga Velha Cansada.
Além do meu avô, credito retalhos desse episódio a Tadeu fontenele e Zequinha Bento personagens da mesma história.
Subiu com seus companheiros num banco de madeira que havia na estação, arrastou a sanfona velha e cantou para delírio daquela platéia feliz, preciosidades de seu repertório como: O Xote Das Meninas, Asa Branca, A Volta Da Asa Branca e Ô Veio Macho.
Antes de cantar o Gonzagão observou a platéia e se dirigiu a um dos componentes do conjunto em voz alta:---Toím, Tu já reparou que aqui de “nego” só eu e tu?
Infelizmente não presenciei esse importante acontecimento que ficou marcado em nossa história, apenas ouvi mais de uma vez os relatos de meu avô Gonçalo Ximenes Aragão que era chefe da estação ferroviária de Ipueiras, a famosa RVC que os gaiatos traduziam como:Rapariga Velha Cansada.
Além do meu avô, credito retalhos desse episódio a Tadeu fontenele e Zequinha Bento personagens da mesma história.
3 comentários:
eu amo escutar historias que falam de Ipueiras e de pessoas que ali vivem ou viveram
eu amo as pessoas de Ipueiras
eu amo Ipueiras
acho que meu coraçao pertence tanto a Nova Russas quanto a Ipueiras
thesko
lausanne -Suiça
Bela homenagem à lembrança do grande cantor e poeta nordestino Luís Gonzaga.
Bérgson Frota
Luís Gonzaga é um nome sempre a ser lembrado e homenageado, gostei do texto e espero que enriqueça a já tão bela biografia deste grande bardo sertanejo. Parabéns pela lembrança.
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